tag:blogger.com,1999:blog-49884747917313604142024-03-13T11:11:39.994-03:00A vida é uma corridaEste é um blog criado para comentar um pouco sobre o que vejo e aprendo nos treinos e nas provas, e dividir minha experiência, ainda curta, mas que segue firme. Bom, agora, nesta reorganização do blog, pensando melhor, já corro há pelo menos 10 anos...andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.comBlogger191125tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-33913890825992848302023-10-27T16:16:00.001-03:002023-10-27T16:16:32.020-03:00Histórias não relacionadas à corrida: Dias de Sol<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh90rknUK0FiW_KJNADnaGlELLiezxCJz4NCOWrDhTWqJAxu9MPO1726Q7MuInkftO_dLcobTWtBiQoTB3wZSYvye1jTIhcFHgbblA4WwDQuSwlx5mdvxFdgp4fFcgTZQy38rBlEAD-VnlI__Lj2YFEJBvanroUwnLJhdyQLqw9RYEkWyydTvQV5Z6yFX8/s3107/foto%20profi%20trabalho%20digno%20s%C3%A9ria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2638" data-original-width="3107" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh90rknUK0FiW_KJNADnaGlELLiezxCJz4NCOWrDhTWqJAxu9MPO1726Q7MuInkftO_dLcobTWtBiQoTB3wZSYvye1jTIhcFHgbblA4WwDQuSwlx5mdvxFdgp4fFcgTZQy38rBlEAD-VnlI__Lj2YFEJBvanroUwnLJhdyQLqw9RYEkWyydTvQV5Z6yFX8/s320/foto%20profi%20trabalho%20digno%20s%C3%A9ria.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mês passado eu assisti, no salão pleno
do Tribunal Superior do Trabalho, como parte das atividades do Seminário de
Trabalho Decente, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao filme Pureza.
Brasileiro, de Renato Baratieri, tem como tema de fundo a escravidão na área
rural. É uma história real, tão real que alguns atores são trabalhadores
libertos. Libertos porque não há outra palavra para descrever ao que eram
submetidos até então: escravidão. Nada moderna ou contemporânea. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A história da Pureza e do seu
filho Abel não se passa no início do século 20. É do início do século 21, quando,
segundo Domenico de Masi, estaríamos usufruindo do nosso ócio criativo,
deixando as máquinas realizarem o trabalho pesado e enfadonho, e nós nos
dedicaríamos às artes, às conversas, à natureza, tendo, naturalmente renda
distribuída adequadamente. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não vou dar muito spoiler porque
recomendo fortemente que todo mundo assista ao filme. Tem que ver. Tem que ver
e sentir,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sofrer,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lamentar,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>se revoltar, e não entender como ainda estamos nesse ponto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E como a vida é como ela é, na mesma tarde eu fui a um salão de beleza no shopping em Brasília fazer minha
mão, e comecei a conversar com a Sol, a manicure, neste caso porque eu que sou
assim mesmo. Gosto de ouvir as histórias e a dela era a seguinte: morava no
interior do Maranhão, e, aos 15 anos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma
conhecida de sua mãe foi morar no Pará e “se ofereceu” para levar a Sol com
ela, para ir para uma escola melhor e fazer companhia para a sua filha, de
idade próxima.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Embora tensa em se separar da
filha, acabou concordando, com esperança de um futuro melhor. E é assim que as
histórias de escravidão dita contemporânea começam. O que aconteceu a seguir
foi o clichê medonho: chegando lá, a única promessa cumprida foi manter Sol na
escola. No resto do tempo, ela limpava a casa, lavava as roupas todas – à mão,
fazia comida para a família, e, se não ficasse tudo a contento, levava umas
bofetadas no rosto, tanto da “amiga” da mãe quanto do marido dela. Ele, segundo
Sol me contou, tinha uma amante e chegava de madrugada, quando Sol tinha que
esquentar o jantar para ele, obedecendo às ordens da sua...patroa? madrinha?
Exploradora? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sol entregou seu documento de
identidade à dona da casa já na viagem, e claro que ficou retido. A mãe de Sol ligava
para a casa da “amiga”, de um orelhão (jovens, pesquisem), para falar com a
filha, e a dona da casa ficava ao lado para ouvir o que ela dizia, já tendo
avisado previamente que se reclamasse das condições ia apanhar. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ela me contou tudo isso para me
dizer que como lavava muita roupa na mão, com uns produtos ruins, adquiriu uma
dermatite de contato, e por isso logo que pôde, na vida já adulta, comprou uma máquina de lavar
roupa para si. O maior luxo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eu perguntei como ela se livrou
dessa situação. Afinal, ela era adolescente, em uma cidade estranha, sem
dinheiro, sem documento, sem dignidade. Foi assim: depois de uns dois
anos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ela começou a namorar um rapaz um
pouco mais velho, e contou para ele o que se passava, como era sua vida. Ele
ficou chocado e horrorizado, e queria que ela saísse da casa, e ela não tinha
coragem porque, como tantos e tantas, não tinha para onde ir, não tinha nenhum
dinheiro, nunca recebeu nada, não tinha prática de vida fora de casa, então não
via muita saída. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um dia, na saída da escola, ela
demorou a sair e a dona da casa praticamente a arrastou, e bateu nela, e o namorado
da Sol viu. No dia seguinte, ele foi encontrá-la na escola e já levou
diretamente para a casa dele, onde Sol foi acolhida pela sua família, que disse
que não a deixaria voltar para aquela casa. Ela estava muito assustada, e
vivendo no seu limite do pavor e do medo do desconhecido, achava sinceramente que
queria voltar para lá, para não sofrer consequências e não ficar ainda pior. A
Sol não se reconhecia fora daquele ambiente, e tinha medo, vergonha, e nenhuma
perspectiva, tudo junto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas o namorado dela e a família dele
não tinham medo, e foram à polícia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como a história, pelo que
entendi, faz uns trinta anos, o que aconteceu foi que a polícia chamou a dona
da casa e disse que se ela não desse dinheiro e o documento de volta para a Sol
em 24 horas, seria presa e processada. O namorado, fofo, queria casar com a
Sol, mas ela só enxergava nisso mais um aprisionamento, e preferiu voltar para
casa, para sua mãe, que desconfiava que algo estava errado, mas não sabia nem a
cidade em que a filha estava. Porque é assim mesmo que as coisas
acontecem, embora pareça muito absurdo (porque é). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma escrava doméstica, uma
mucama, escravidão com suposto afeto – que nesse caso nem isso tinha. Não
concorda? Qual outro nome se dá? Na verdade, embora eu seja fã da linguagem,
tenho que ter em mente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que não importa o
nome que se dê, continua sendo o que é: submissão a condições análogas às de
escravidão. Não tinha documento, não tinha liberdade de locomoção – a dona ou o
marido iam buscar na escola todos os dias, trabalhava sem horário nem limite de
jornada ou duração semanal, sem folga, sem receber. Sofreu até castigo físico.
Encaixa bem no conceito, eu acho. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ela foi salva pelo afeto de outra
pessoa, um afeto consciente da situação de exploração. Um afeto com
solidariedade e compaixão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mesmo
sofrendo por ela não querer casar com ele, Sol me disse que o (ex)namorado
entendeu que ela quisesse primeiro ser livre de verdade, e voltar para sua
cidade. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estabelecida em uma nova vida, ela
me contou que, anos depois, morando no Rio, uma pessoa se ofereceu para levar
sua filha, então com 12 anos, para São Paulo, com a mesma conversa. Ou seja, no
início deste século, ela viu alguém tentando replicar sua situação. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Trabalho escravo no campo, na
cidade, no âmbito doméstico. No doméstico com ainda mais invisibilidade. Eu
fiquei ouvindo e pensando no meu lugar de privilégio, que não pode servir para
retirar o olhar apurado sobre quem está em volta. Obrigada por compartilhar sua
história, Sol. Não, eu não comentei com ela que tinha assistido ao filme. Foi
realmente uma coincidência – ou não – eu ouvir a história dela no mesmo dia. À
luta, meu povo, por quem não consegue. Ser livre é o mínimo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-85490394282239111792023-08-18T10:15:00.002-03:002023-08-18T12:57:02.866-03:00Ficar velha x envelhecer - nós e Madonna<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Então é isso, a Madonna está
diferente. Sim, ela também. Todo mundo mudou nos últimos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>trinta, vinte anos da sua vida. A não ser
minha madrinha, que continua exatamente igual (impressionante). O negócio é que
as mulheres (porque sim, estamos mesmo é falando de mulheres) mudam pela ação
do tempo, algumas, naturalmente (ou nem tanto, porque privação do sono e subnutrição
antecipam tudo, assim como o fumo), e outras mudam pela ação da tecnologia. Mas
já vimos que é impossível, pelo menos até agora, que você, mulher, com 60 anos,
continue se parecendo com você de 30 anos, aquela você cheia de colágeno, alvo
de suas próprias críticas quando se via no espelho e nas fotos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que é possível é você parecer ter
um pouco menos de 60 anos, parecendo ser você mesma, o que estão chamando de “envelhecer
bem” (por enquanto), ou parecer outra pessoa, com uma idade um pouco
indefinida, mas com certeza bem menos de sessenta anos, retirando aquilo que torna
alguém uma pessoa de 60 anos: rugas nos olhos, na testa, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na boca, flacidez. E quem faz essa escolha tem
que se (re)conhecer novamente, porque elegeu prioridade. E é problema dela, ou
pelo menos deveria ser. O bom e velho “ela está bem para a idade” tem muitos
rótulos, e pode, ou não, ser um elogio para quem ouve. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas a patrulha de “regras de envelhecimento”
ataca todas as opções: as mudanças pela tecnologia, nas duas formas: sutil (“deve
ter gasto uma fortuna e está quase igual”) ou mais efetiva (“não aceita a idade”),
e também a, digamos, escolha, de “assumir” a idade que tem (“se largou”). Até
pintar ou não o cabelo virou problema de todo mundo. Para nós, não tem bom. Lembrando
que este debate se dá em um espaço de altíssimo privilégio, porque a grande
maioria das mulheres não tem a opção de envelhecer de forma, digamos, reduzida
ou alterada, pela tecnologia. Ela só segue vivendo, torcendo para chegar à
velhice e com saúde, porque ainda é a melhor opção, no geral. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E quando alguém diz que
determinada mulher não aceita a idade que tem, claramente está falando
unicamente da parte estética, especialmente do rosto. Porque em se tratando de itens
do pacote de envelhecimento, alguns não estão abertos à recusa, como a
menopausa. Ela é bem democrática, vem para todas em algum momento. Mas, claro,
os efeitos da menopausa podem variar muito, entre as que fazem reposição
hormonal e as que não fazem, mas mesmo dentro dos dois grupos já temos
diferentes reações. Porque vejam só, que surpresa: não somos todas iguais. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E o tal pacote envelhecimento tem
itens nada desprezíveis, que evitam os sofrimentos que já tivemos na juventude:
autoconhecimento e amadurecimento, que, bem aproveitados, trazem mudanças
(positivas) no estilo de vida, nas relações com outras pessoas, melhora na autoestima,
mais possibilidades de escolhas de prioridade, e isso pode também se refletir no
seu aspecto físico. Eu gosto bem mais de quem eu sou hoje do que de quem eu era
no século passado (isso, eu sou do século e do milênio passados). Mas, seguimos
não podendo ter tudo. Esforço-me hoje o dobro para tentar ter pelo menos mais da
metade do resultado em se tratando de rendimento esportivo e dieta, por exemplo.
Mas a consciência de que isso é muito importante para eu chegar à velhice
efetiva com alegria e saúde me move, além de ficar bem no momento presente. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que quero trazer para hoje é essa
diferença entre envelhecimento e estar velha, para fins de convenções sociais
que se estabeleceram. Todo o patrulhamento (que é feito em boa parte por
mulheres em cima de mulheres, o que é uma pena para o movimento feminista), assim
como as críticas decorrentes, giram em torno do processo em si. A mulher não
aceitar, não se conformar, com a perda da juventude epidérmica, digamos assim,
e tentar retardar o processo de envelhecimento com procedimentos de diversos
tipos, dos mais invasivos à utilização de terapias alternativas, passando, sim,
pela escolha do corte e da cor dos cabelos, é algo que perturba tremendamente um
coletivo, o que talvez se deva a um entendimento ancestral de que não somos as
únicas donas dos nossos corpos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas isso é no processo, até
finalmente chegar aquele momento: a senhorinha de mais de 80 anos (e já vou
falar desse negócio da idade em si), usando vestido considerado como de idosa
(padrões estabelecidos), cabelo bem branquinho, de preferência usando óculos, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sapatos fechados com um salto quadrado baixo. Essa
senhorinha não sofre críticas, ela é fofa. Pelo menos ela não precisa mais
fazer tricô nem estar meio surda para ser adorável, como o imaginário coletivo já
entendeu. Mas ela é “a senhora” que é perdoada por ser...velha. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ela pode finalmente ser idosa como
quiser. E talvez seja uma Miss Marple, gênio na solução de crimes cruéis, mas
ela está esteticamente “adequada” à idade que tem, e não perturba mais aquele
coletivo (menos a Jane Fonda). Ela não “tenta” parecer mais jovem, ela é quem
ela é, e respeitada. Mas vinte e cinco anos antes, trinta anos antes, entre 50
e 60 anos de idade, o que era “adequado” em relação à sua aparência, afinal?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando eu era criança, minhas
avós pareciam velhinhas para mim. Antes eu achava que era porque eu era pequena
e toda criança acha um adulto muito velho. Mas não penso mais assim. Claro que
eu achava meu pai meio velho quando eu tinha uns 10 anos, e ele não tinha nem
40 anos. Mas como ele era com quarenta anos? Calça meio alta na cintura e curta
na perna, cinto feio, camisa estranha, óculos com armação grossa, já bem careca
atrás. E minha avó, que só usava calça comprida no inverno, de lã, e no resto
do ano só usava saia e vestido, porque mulheres não usavam calça comprida na
época dela?! E a saia, como imaginam, era daquele jeitinho, com meia calça bege
(então, chamada cor da pele – a dela). O ápice da sua velhice foi quando ela deixou
de pintar os cabelos. Com uns 65 anos, eu acho. E eu a via como uma pessoa
muito, muito idosa. Ela morreu com 71 anos, eu tinha 15, e parecia que ela era
jurássica, do tipo que jantou com Eva e Adão (há uma lenda de que eu teria
perguntado isso a ela). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Minha mãe tem 72 anos, e meu filho
de 13 não a acha velhinha, e não admite que digam isso dela. Vovó é vovó, do
jeitinho dela, mais velha, claro, mas incrível, independente, rápida, que ganha
na canastra e no jogo de memória, viajando o mundo todo, e que pode fazer o que
quiser. E meu filho me acha jovem, realmente jovem, e que minha aparência é de
ainda mais jovem (oba para mim). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas olhando fotos, quando tinha minha
idade atual, minha mãe parecia ter dez anos a mais do que eu agora. A impressão
que tenho é de que aos 45 anos minha mãe parecia ter 60, e aos 60, parecia ter
no máximo 55, ela meio que voltou no tempo. E não foi só ela, as mães das
minhas amigas, e as minhas tias, também. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando dizem que os 40 são os
novos 30 e assim por diante, agora eu entendo o sentido. Minha mãe nunca usou
biquini porque quando inventaram ela já estava casada – ela casou com 19 anos,
e aí achou que estava velha para usar um “duas peças”. Eu comecei a correr com quase
30 anos de idade. Por outro lado, minha mãe se aposentou antes dos 50 anos de
idade – regras da época – e fez outra faculdade, e voltou a dar aulas na nova
área por mais um bom tempo. Aos 65, ela estava tão ativa quanto eu, vinte e
cinco anos mais jovem. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O que eu quero dizer é que está
tudo bem bagunçado, porque podemos escolher como queremos viver agora, no envelhecer,
para ter a melhor velhice real possível, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com boa parte da plateia admirando quem ainda
se propõe a novos desafios profissionais, esportivos, de lazer, desde que isso
não desafie as regras <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– em constante mutação
-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre como nossos rostos devem estar
nesse processo, para não parecermos jovens demais nem velhas demais, alteradas
demais, mas nem “largadas” demais. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Incrível. Ficou mais fácil ter 80
do que 60. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E a Madonna, então? Ah, Madonna
sempre fez o que quis, a vida toda, pagou um preço alto algumas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vezes (e não sabemos nem da metade), inventou
o pop como é hoje, permitiu que surgissem e pudessem ser quem são, Miley Cyrus,
Taylor Swift, Anitta, e exatamente por isso, por desafiar convenções de mais de
uma época, ela inspirou e tem uma legião de fãs há mais de 30 anos, incomodando
muita gente ao mesmo tempo. Era só o que faltava agora alguém pautar como ela
deve cuidar do seu próprio rosto. Isso violaria seu próprio código de conduta,
então apenas deixem Madonna ser Madonna. Aproveitando essa liberação, vamos
combinar que, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se cada um e cada uma cuidar
do seu próprio rosto e da sua saúde, dá para todo mundo ser feliz e ainda sobra
tempo para uma corridinha, um café e um vinho, porque equilíbrio é tudo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-25431393049789827102023-06-13T18:02:00.005-03:002023-06-13T21:47:04.973-03:00Desculpa qualquer coisa<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVV78Xzc56ymA07j49QSPGhJhdG8jC7QSUrqOtuoqMGLxEkStTjghBMBkepydacnpwy4XD4qeDOKVV5WcJe01pmOyvEvnFbYB1zaeByQblQPrS5swp-1x9OAsWcI-lx34WF_3nYPgdlppzAkdafVKoLhPvzwo6YdJBxuqNvJ2r16D6cgQSkVzyvayW/s1599/Imagem%20do%20WhatsApp%20de%202023-06-13%20%C3%A0(s)%2017.42.26.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="899" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVV78Xzc56ymA07j49QSPGhJhdG8jC7QSUrqOtuoqMGLxEkStTjghBMBkepydacnpwy4XD4qeDOKVV5WcJe01pmOyvEvnFbYB1zaeByQblQPrS5swp-1x9OAsWcI-lx34WF_3nYPgdlppzAkdafVKoLhPvzwo6YdJBxuqNvJ2r16D6cgQSkVzyvayW/s320/Imagem%20do%20WhatsApp%20de%202023-06-13%20%C3%A0(s)%2017.42.26.jpg" width="180" /></a></div><br /> <p></p><p style="text-align: justify;">Voltei a treinar musculação em uma academia, paga, com outros humanos. Desde 2020 eu estava treinando na academia do prédio, que eu estava considerando suficiente para as circunstâncias, considerando que eu tenho uma consultoria de treino específico, com planilha todos os meses, que tem a opção "treino em casa". Mas não, não é a mesma coisa do que treinar em academia, por mais que eu tenha tentado me enganar nesse tempo - embora em 2020 e 2021 tenha sido uma decisão não frequentar espaços públicos que fossem por mera conveniência e não necessidade.</p><p style="text-align: justify;">E eu gosto de fazer musculação, sou daquelas estranhas que nunca enjoou, em mais de 25 anos puxando ferro. Gosto de fazer força, gosto dos equipamentos, e sei da importância de um treino de força real e bem feito para a minha autonomia, longevidade, saúde, disposição, e sim, estética. Nada em mim é de graça. Quando eu engordo é minha responsabilidade, quando eu emagreço, quando eu fico mais ou menos forte, também. Tenho alguma facilidade para adquirir massa muscular, mas faço por merecer o que vem depois. </p><p style="text-align: justify;">E quem gosta de fazer musculação não vai se acostumar com esses exercícios tão limitados de academia de prédio, ou ainda, de casa. Eu tenho colchonete, halteres, caneleira, kettlelbel, de vários kg, elásticos, faixas, tudo o que se possa imaginar e que ocupe pouco espaço. Jane Fonda. E sou disciplinada, ou seja, eu mantenho facilmente uma rotina de exercícios. Mas, de novo, não é a mesma coisa, e eu estava ficando desanimada pela limitação de peso que eu podia pegar sem medo de me machucar, porque era tudo sozinha de verdade, de modo que a evolução não é igual, e preciso fazer cada vez mais esforço para alcançar os mesmos resultados (hello, hormônios!). </p><p style="text-align: justify;">E nessa de fazer aula de remo indoor (vide post anterior), passei a fazer também musculação na academia, ai que saudades que eu estava, que delícia que é. Mas eu devo parecer uma pessoa bem desagradável lá, e não queria passar essa impressão, mas também não quero mudar. hahahaha. Espero que não me achem metida ou nojentinha, só fechada mesmo, porque, mais do que nunca na vida, eu só vou lá para fazer meu treino. Sem falar com ninguém. Até fotos eu tenho vergonha de tirar, tinha muito mais carão quando era só eu no prédio. E sim, tento ir em horários mais vazios, de princesa, porque meu trabalho também pode ocupar horários diferentes. </p><p style="text-align: justify;">Nunca fui de fazer amizade na academia, nem quando fazia aulas coletivas, com professor, sala cheia, risadas, música alta. Eu via meninas saindo e indo tomar um suco, contando novidades na chegada, e eu nem sabia o nome das pessoas. Salvo quando fiz aulas de bike indoor, numa turma em que já conhecia todo mundo porque eram também da corrida, eu sou a pessoa que chega, dá bom dia, treina, e vai embora. </p><p style="text-align: justify;">Depois que me mudei para Itajaí, também ficou mais difícil correr com a turma da assessoria em BC. eu já ia pouco, pelos horários, agora praticamente inviabilizou. E correr já sou tão acostumada a ir sozinha, é gostosinho...</p><p style="text-align: justify;">Só que agora fico pensando que talvez eu esteja pior, porque perdi traquejo social na pandemia. Mais alguém? </p><p style="text-align: justify;">Pela covid propriamente dita, sou uma abençoada, perdi pouco comparado ao que tantas pessoas e famílias perderam. Embora positivada duas vezes de certeza (desconfio de uma terceira não testada), não tive sintomas graves, pelo contrário, fiquei pior nas 24 horas pós (primeira) dose da vacina Janssen do que de covid. Mas tive sequelas desse negócio medonho. Perdi parte do olfato (que não voltou), muito cabelo (especialmente na primeira vez, mas ele voltou, com ajuda externa), parte da memória (essa estou procurando até hoje, agora já acho que está juntando com a idade), fôlego - capacidade respiratória (que também não sei se é ainda covid ou redução de treino, ou os dois).</p><p style="text-align: justify;">Nem todas as perdas foram ruins, no meu caso. Perdi a vergonha de me arriscar em algo novo e criei diversos cursos meus de direito do trabalho online e escrevi meu livro em 2021. </p><p style="text-align: justify;">Mas o que eu mais percebo diferença é no traquejo social. Eu me transformei numa pessoa que tem que reunir muita determinação para sair de casa para algum lugar com pessoas e que envolve conversar. Assistir curso, missa, dar aula, beleza. E vejam, não é medo de multidão, se for para ir a um show lotado e na chuva, eu vou, feliz da vida, mas em uma festa com muita gente para socializar, se eu for, procuro um lugar com música alta para dançar e quando alguém falar comigo eu poder gritar "hem?", e a pessoa desistir de mim.</p><p style="text-align: justify;">Recusei convites gentilmente, outros eu aceitei sem convicção, para depois me arrepender amargamente, até que no dia do evento eu não conseguia nem me imaginar a caminho do local. Cheguei a ter dor de cabeça, dor de barriga (de verdade), mas também aceitar compromisso e depois perceber que tinha que preparar aula, estudar, escrever sentença. Ou eu fui conduzindo tudo para tornar inviável minha ida. </p><p style="text-align: justify;">Mas aí, você que me conhece, diz: como assim, mas você fala para caramba! Sim, eu falo. Como uma boa Limongi, eu falo muito. Meu pai também falava pacas, mas era mais devagar, então parecia que falava menos. Os Limongi falam muito, um por cima do outro, loucamente. Mas é o seguinte: eu falo muito COM QUEM eu conheço, ou PARA QUEM eu NÃO conheço. Aula, palestra, ou pequenos grupos. Com quem eu não conheço, eu sou simpática, sorridente, educada (obrigada, mãe), e contida. </p><p style="text-align: justify;">Algo que me dá um nervoso tremendo é ver alguém que eu deveria (re)conhecer, e não lembro de onde, muito menos o nome (aquela memória subtraída, sabem?). E em locais como academia, eu cumprimento, falo do tempo, mas não sei dar andamento a uma conversa. Outro dia uma pessoa olhou minha tattoo e falou: então você corre? e eu: sim. cri cri cri. Eu não era desse jeito, eu emendava tópicos. Perdi o jeito. </p><p style="text-align: justify;">Engraçado que para o trabalho isso não acontece. Eu gosto de ir até a Vara do Trabalho. Acho que lá estão pessoas que eu já conheço me conhecem, e são poucos que vão. As audiências são de manhã, vai a linda que me serve café a manhã toda, o diretor de secretaria alternando com a assistente de direção, e às vezes a assistente de audiência. Pensando bem, não é muita gente para fins de socialização. Outro dia fui lá trabalhar à tarde, achei tudo tão cheio, tão barulhento o corredor, cumprimentei várias pessoas, saí correndo. </p><p style="text-align: justify;">Claro que dar aula presencial, falar com alunas, alunos, plateia de palestra, leitoras e leitores do meu livro, eu adoro, mas é a parte social da coisa toda que eu tenho que retomar, porque eu gostava também. Eu acho. </p><p style="text-align: justify;">Então tudo isso aqui é para dizer que estou me esforçando, e quando estou com pessoas queridas eu fico feliz, mas em algum tempo eu sinto uma certa angústia se for muita gente, não é pessoal com ninguém, não são vocês, sou eu, então desculpem qualquer coisa e não desistam de mim, eu vou voltar. Eu acho. </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-51526723781014895762023-05-28T14:39:00.000-03:002023-05-28T14:39:37.788-03:00Uma única coisa?<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXfw3t8Yb3WrNZgzUKKDNcwQAYh8LJ_rOKtFvhv94IoIY-TfBeOWXD1u6mKgkX04TaUPpLi00HoLr_KOvCXoumcZsnq0k5Bp6tPBDOt1jdc8alPcrbLcg4E-zCVm5-5EtoXHHbMa1tc7cpWzIweN2D0hfHYEkmp-sM6RYZaXWsqku9kb_-jpppgz2r/s2880/IMG_20230528_111955723.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2880" data-original-width="2160" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXfw3t8Yb3WrNZgzUKKDNcwQAYh8LJ_rOKtFvhv94IoIY-TfBeOWXD1u6mKgkX04TaUPpLi00HoLr_KOvCXoumcZsnq0k5Bp6tPBDOt1jdc8alPcrbLcg4E-zCVm5-5EtoXHHbMa1tc7cpWzIweN2D0hfHYEkmp-sM6RYZaXWsqku9kb_-jpppgz2r/s320/IMG_20230528_111955723.jpg" width="240" /></a></div><br /> <p></p><p style="text-align: justify;">No livro que escrevi sobre transição de carreira ("Mas para você é fácil: as dores e delícias de decidir mudar tendo 'a carreira perfeita'"), eu menciono uma obra chamada A Única Coisa, que trata, como podem imaginar, de se manter firme no foco daquilo que você se propôs a fazer. A ideia é não se distrair com outras atividades que te tirem do caminho rumo àquele objetivo, ou seja, que todas as suas escolhas sejam sempre pensando naquela meta final, para que aquela seja bem sucedida. </p><p style="text-align: justify;">E embora eu tenha entendido a mensagem, fiquei incomodada com aquilo de "uma" única coisa, e abordei isso no meu livro no aspecto profissional, em resumo com o seguinte: eu gosto de plano B. Como boa virginiana, gosto de controle, e ter na minha mente um plano B caso o plano A não funcione, me dá mais leveza inclusive para ir atrás do plano A, e é por isso que divirjo da conclusão de que se você tiver um plano B, não dará a devida importância ao A, porque tem para onde ir. Primeiro, não é o que acontece comigo. Segundo, e daí se for? (se quiser saber qual o meu, pode ler o livro...rs)</p><p style="text-align: justify;">E aí você está lendo e pensando: e onde entra a corrida nisso aí?</p><p style="text-align: justify;">A corrida foi o esporte que escolhi como minha "única coisa", no sentido de ser a ela minha dedicação maior. Eu faço musculação há quase trinta anos, e repito, sempre, que é essencial o treino de força, especialmente para mulheres, especialmente a partir dos quarenta anos, especialmente para mulheres corredoras com mais de quarenta anos. E apesar de eu pessoalmente gostar de musculação, de fazer força mesmo, a verdade é que não dá a alegria no final do treino, aquela que corredora sente. Não termino com um sorriso de quem liberou muitas endorfinas. Termino me sentindo forte ou tremendo da força que fiz, e satisfeita por estar trabalhando meu corpo rumo ao que desejo para o presente e o futuro. Mas felicidade mesmo...não né?</p><p style="text-align: justify;">Como quem já está aqui há mais tempo sabe, eu comecei a correr para me livrar do estresse do estudo para o concurso, nem sabendo que existia prova de rua, medalha, pace, índice, Boston...achei ótimo, mas eu ainda era uma nadadora que corria, e a natação sempre me deixou muito, muito feliz, em flow total, calma, achando que nenhum problema é tão ruim assim. Depois que tive o Arthur, a corrida voltou para me ajudar a perder os quilos da gestação, pela sua praticidade inclusive. Não precisa de ninguém, vale qualquer horário, a preparação é rápida (já notando a diferença para a natação, que é uma função danada). E aí eu viciei mesmo. Não se iludam, sem dieta não se emagrece, mas a corrida tem uma alta queima calórica, então ajuda, sim, se a pessoa não ficar achando depois que "merece" comer o triplo do que precisa, porque "hoje pode" (acho isso estranhíssimo, de hoje em hoje é que se vai ao fundo do poço).</p><p style="text-align: justify;">Enfim. Muito mais do que para emagrecer, a corrida virou o meu momento, e quem é mãe já entendeu. Para quem não é, explicação rápida: é muito difícil uma mãe ter um momento sozinha, e, pasmem, a maioria das mães que eu conheço valoriza muito um momento só para si, que não seja de banho e necessidades fisiológicas. Algumas têm vergonha de assumir esse desejo de solitude, acham que as torna mães não tão boas. Já eu acho que mãe tem que ter vida própria, afinal antes de ser mãe é uma pessoa, e que isso ajuda a não despejar nos filhos suas expectativas todinhas. Mas essa é realmente uma opinião, e respeito quem pensa e faz diferente. </p><p style="text-align: justify;">E assim como ao nadar, enquanto você corre, não há contato com outras pessoas, a gente não atende nenhuma demanda, e fica incrivelmente só com seus pensamentos e seu corpo. Dá para chamar de meditação ativa, de fuga da realidade, de antidepressivo natural...e pode não chamar de nada, porque não precisa ter nome. Quando o Arthur era pequeno, qualquer tempo já valia a pena: tenho trinta minutos? bora correr que está lindoooooo. Muitos malabarismos para que a rede de apoio assumisse durante um tempinho super bem aproveitado, e com a garantia do retorno de uma mulher com um sorriso no rosto, cansada e suada, e muitas vezes cheia de ideias, com nova visão de um problema anterior, ou simplesmente mais leve. O problema não some quando você corre, mas você pode passar a encará-lo sob outra perspectiva.</p><p style="text-align: justify;">O negócio é que realmente eu despejei muita responsabilidade na pobre da corrida. Fazendo fortalecimento e seguindo planilha (sou uma ótima cumpridora de planilhas do treinador. o que ele manda, eu faço), em geral eu fui bem, progredi, em velocidade e distâncias, e tive lesões em situações bem específicas nos primeiros anos: aquela canelite que iniciantes que se empolgam têm, e no meu caso, uma que evoluiu para uma fratura por estresse porque negligenciei a musculação para treinar forte para uma prova de corrida em Urubici. Não tive problemas nos joelhos, panturrilha, quadril, aquelas lesões comuns em corredores. Mas quem já leu este blog antes, já me viu reclamar da vida de lesionada, e o mau humor que traz. Tenho até dó dos outros. </p><p style="text-align: justify;">E eis que em 2021 surgiu essa lesão nova para mim, embora decorrente de uma condição que eu tenho, ou seja, era só questão de tempo: síndrome compartimental crônica, na região do tornozelo esquerdo. Tenho uma dor violenta numa região específica, próximo ao tibial, que pode "rodar" e vir para a frente, quando fica insuportável. Pode também evoluir para uma dormência no pé todo, uma delícia. Dependendo de como está a dor do dia, eu tenho que voltar para casa, mas cada vez mais estou conseguindo lidar com isso, então faço uns alongamentos, umas mandingas, mais a fisioterapia, liberação miofascial e exercícios. </p><p style="text-align: justify;">Achei essa explicação legal para todo mundo entender: "<span style="background-color: white; color: #19508d; font-family: Karla, sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;">trata-se de um aumento da pressão na musculatura e nos demais tecidos contidos em um espaço delimitado pelas fáscias (aos quais chamamos de compartimento). Na forma crônica, quando o esportista esta em repouso, a pressão do compartimento é normal e praticamente, nada se sente. Durante o esporte, no entanto, a pressão sobe, reduzindo o fluxo sanguíneo de nervos e músculos com consequente desenvolvimento de sintomas." (9</span><span style="color: #19508d; font-family: Karla, sans-serif;">https://adrianoleonardi.com.br/artigos/sindrome-compartimental/) </span></p><p style="text-align: justify;">Basicamente é como se o sangue não circulasse na região, travasse tudo. É bem louco porque logo depois de parar de correr, também para a dor, como se não tivesse acontecido. O tratamento recomendado é cirúrgico, que não estou a fim de fazer. Então eu venho administrando isso há dois anos, mas já percebi que alto volume piora o quadro, ou seja, uma nova maratona ficou um sonho cada vez mais distante. Até meia maratona, porque dificilmente eu passo de 15km em um treino sem que na semana seguinte, somando com as outras rodagens, eu não tenha dias ruins de verdade. </p><p style="text-align: justify;">Já fiquei bem triste com isso, já tive dias de muito desânimo. Às vezes ainda tenho. Sair de casa sem saber se o treino vai rolar é péssimo. Já voltei para casa depois de 2km, de 1km, de 500m. Imaginem a raiva da pessoa. E o pior é que atualmente as crises vêm depois de um período bom, de consistência e até melhora de rendimento. Então quando eu acho que "agora vai", tenho que dar mais uma parada, e cada recomeço é muito chato, depois de 15 anos na vida de corredora. </p><p style="text-align: justify;">E aí que vou chegar no ponto: não tem outra coisa que dê a mesma alegria. Pedalar não me diverte, fica pelo exercício mesmo, e só o elíptico, na academia, que me traz pelo menos o mesmo suor nojentinho. Nesses dias eu fico pensando que tenho que ter outro esporte. Eu, que sempre tive plano B, me vejo toda arrasada e, de quebra, claro que tenho que cuidar ainda mais da alimentação porque o gasto calórico fica reduzido. </p><p style="text-align: justify;">Aí alguém diz: faz beach tennis, todo mundo está fazendo. A filha de Bernadete não é todo mundo. Eu não sou boa com bola, não quero um esporte em que eu dependa de outra pessoa para treinar, e não quero ficar cheia de areia toda vez. Isso, fresca. Taekwondo, como o Arthur, até pensei, mas tem que decorar muitos movimentos, não estou pronta. E não sei se quero lutar. </p><p style="text-align: justify;">Segui só com o plano A em nova fase: relação de leveza com a corrida. Deu bom? ótimo. Não deu bom, mas deu algum treino? alegria de correr existe, e vamos de recomeço. Mas aí a vida ri da gente e vem com essa: estou com fascite plantar no pé...esquerdo. E dói, minha gente. Credo, como dói. Porque dói para andar. Então é um plus, já que eu adoro fazer tudo a pé: supermercado, correios, lojas, deslocamentos em geral. Aí parece sacanagem, porque para andar dói mais do que para correr, que já é medonho. Estou toda torta, e foi o fim. Deu. Não posso depender da corrida. </p><p style="text-align: justify;">Então, o que? Depois de passar na frente e ver as pessoas com cara de força várias vezes, resolvi testar o remo indoor. A academia fica a 30 metros da minha casa. Tem horário de aula, é verdade, mas também posso fazer sozinha, e os horários são variados. Tem a cadência do movimento constante que eu gosto, a possibilidade de alterar a forma de movimentar, diferentes tipos de treino (sim, quem diria?), e mexe com muitos músculos, como a natação, mas de uma forma totalmente diferente, e sem impacto, que é o que eu preciso agora. </p><p style="text-align: justify;">Minha intenção não é abandonar a corrida, pelo contrário, mas é tirar o peso que eu coloco nela para minha alegria interior, meu relaxamento, minha relação com meu corpo, meu humor. Só quem corre sabe, eu nem sei mais explicar para os outros hoje em dia, porque eu falo e a pessoa diz: mas você não é feliz no trabalho, em casa? Sou, isso é outra coisa, é o borogodó, é a faísca no olho, é "a minha coisa".</p><p style="text-align: justify;">Espero agora estar criando mais uma única coisa, como eu tenho na vida profissional. Como é indoor, não depende de estar um dia bom ou ruim, mas já estou querendo remar ao ar livre também, e no verão estarei arrasando no nosso caiaque na praia da Daniela, ah, se vou. </p><p style="text-align: justify;">Fisiologicamente, tenho fé que o remo ajude a manter meu condicionamento cardíaco-respiratório para eu não sofrer cada vez que retomo a corrida depois de uns dias parada. As pernas continuam sendo exigidas, e agora com essa delícia de puxar o remo e sentir as costas. O movimento é delicioso realmente, faz força, depois solta, e deixa "o barco" ir, sente o ritmo, a "voga", na linguagem do remo...</p><p style="text-align: justify;">Para terminar com mensagem de otimismo, essa é para quem acha que não gosta de exercício: tem alguma atividade aí, em algum lugar, te esperando. Eu não sou a pessoa que era boa na educação física, que sempre esteve se movimentando por aí, pelo contrário. Sou péssima em esportes em equipe (ninguém lembra de mim em nenhum esporte no colégio), fui gostar na vida adulta, e bem especificamente de algumas atividades. Mas eu sempre fiz alguma coisa, é verdade, mesmo sem gostar, enquanto esperava pela "minha coisa". O corpo agradece, e se você achar "a sua coisa", sua mente também vai adorar. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsnWO4a-T2MytHaTjqjRHCyM6xioQAMx1FPJdXjhAVBOZ8v1XazxIYkUQTlxTA5qtCcGlxUgFMzk8OqppwfZg5uhOLaXM9QH1_nyfoViHwU50Pwis65WkMcjDYRI76dvKCr8e6Em9gVjdmaQWsgxTvRjIog1yj8fNoDkaLGbPwIM1cgIqBBN6RCYMd/s1599/WhatsApp%20Image%202023-05-28%20at%2014.36.06.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="899" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsnWO4a-T2MytHaTjqjRHCyM6xioQAMx1FPJdXjhAVBOZ8v1XazxIYkUQTlxTA5qtCcGlxUgFMzk8OqppwfZg5uhOLaXM9QH1_nyfoViHwU50Pwis65WkMcjDYRI76dvKCr8e6Em9gVjdmaQWsgxTvRjIog1yj8fNoDkaLGbPwIM1cgIqBBN6RCYMd/s320/WhatsApp%20Image%202023-05-28%20at%2014.36.06.jpeg" width="180" /></a></div><br /><p>p.s. a foto é do remo indoor ao ar livre hahahahaha. É que só tenho essa foto, foi do dia em que levamos tudo para fora, foi ainda mais legal. </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-14783922177861819712022-03-18T22:31:00.002-03:002022-03-18T22:31:43.751-03:00Treinos em viagens<p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhUuzOqG19_bZaBf5rooUZUnmHYM7awYgt7ZkUgO0_Txt-WMhpfFW903HjB2lTWjL5cZrbD4hnFzyuNyY0urvycwbD0MyPM1Ic50xgrj3F_idkGvvwId9q0oRl1uvim3zBfQh7O2fNsNAkFashuopdldH6AuqzsiO2eviNvuGfbaQTHBUV4Kg8Z1Igz=s4530" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4530" data-original-width="3020" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhUuzOqG19_bZaBf5rooUZUnmHYM7awYgt7ZkUgO0_Txt-WMhpfFW903HjB2lTWjL5cZrbD4hnFzyuNyY0urvycwbD0MyPM1Ic50xgrj3F_idkGvvwId9q0oRl1uvim3zBfQh7O2fNsNAkFashuopdldH6AuqzsiO2eviNvuGfbaQTHBUV4Kg8Z1Igz=s320" width="213" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><br />Eu sei, tem gente que acha "nada a ver" treinar, fazer qualquer exercício programado, quando está viajando, especialmente para fora, naturalmente em uma viagem que não tem nada a ver com corrida (várias minhas já tiveram). "Credo, off é de tudo". <p></p><p style="text-align: justify;">Eu, francamente, com mais de 45 anos de idade, não posso me dar ao luxo de pensar nessa hipótese. Diferente dos 30, depois dos 40, um mês sem treino pode botar a perder vários meses de esforço. Porque é assim, injusto mesmo: você cumpre o proposto, pega peso, faz o fortalecimento, se esforça, por muito tempo, para ter o resultado (próximo ao) que você deseja. Depois, esforço para manter conquista. E eis que, fica off uns dias, e depois parece que tudo foi em vão. Não foi. Quase foi. E dá trabalho a retomada. Então, eu tenho mais preguiça da retomada difícil do que de fazer enquanto eu estou viajando. Mas sou eu. Se você não tem a minha idade, nem essa situação, volta facinho para o ponto de onde parou, eu te invejo, não se identifique para mim, e siga. Sua hora vai chegar. </p><p style="text-align: justify;">Lembro a vocês que em viagens normalmente a alimentação muda. Normalíssimo, aliás, é para isso que sou regrada na vida normal, para me permitir exceções. Não quero voltar triste da viagem porque não experimentei comida local, por exemplo. Faz parte da experiência da viagem, para mim, a comida, o momento das refeições, que geralmente é em clima de confraternização, e regado a vinho, para completar o momento. Não nego. E não, não dá para pensar nisso só na volta. E aí, sério, você não vai fazer exercício?</p><p style="text-align: justify;">Claro que se você vai viajar de quinta a domingo, num feriadão, se não encaixar um treino, o estrago é contornável. Mas eu já fiquei mais de 20 dias na Itália, e agora mais de 40 em Portugal. Tem que criar uma rotina mínima. </p><p style="text-align: justify;">"Mas como?". Vou dar aquela dica batida, que na viagem funciona muito: ande. Faça o máximo possível a pé. Além de tudo, é a melhor opção para conhecer a maioria dos lugares. Eu gosto de andar. Não gosto de caminhada como exercício, vejam bem. Quem corre, não caminha. Mas adoro andar cidades inteiras, e como eu vim sem bússola ao mundo, é o único jeito de eu aprender a me localizar sem gps do celular, andando, repetindo, até aprender o caminho ou a lógica do caminho. </p><p style="text-align: justify;">Mas faz tanta diferença? Olha, eu ando com relógio que marca os km do dia. E eu tive dias de 23, 24 km rodados. E sem correr. Só andando pela cidade, museus, indo para casa, para a aula. Claro que isso faz diferença. Por mais que a gente saiba que não é o exercício que emagrece, e sim a dieta, o gasto de energia ajuda pelo menos a não engordar (que, convenhamos, já é baita vantagem estando fora de casa passeando), e mantém o metabolismo no ritmo normal. E ainda ajuda na digestão ir embora a pé depois de um almoço incrível e gordinho. Fora que te mantém em movimento, e a disposição continua.</p><p style="text-align: justify;">Dentro da linha de andar, nunca corto caminho. E se tiver o caminho mais difícil, eu faço. Em Coimbra, eu estava próximo ao rio Montego, coisa linda da minha vida. E a universidade fica no topo de tudo na cidade, eram só 700m de distância de casa, mas em subida pura. Íngreme e infinita. Procurei caminho mais fácil? Não. Vi que tinha um ônibus elétrico que subia. Peguei? Não. Eu sabia que o mínimo a fazer para manter o movimento era subir todos os dias para a universidade. Em alguns dias, mais de uma vez. Subir ainda vale como fortalecimento além de cárdio, e senti os glúteos, o que dá uma alegria. </p><p style="text-align: justify;">O que sugiro é fazer uma análise do que você tem na sua viagem. Em Gramado, ficamos em um hotel afastado do centro. Tentei correr, não tinha calçada, era estrada, nada seguro, e desisti. No hotel tinha uma academia ótima, usei quase todos os dias. Em vez de corrida, fiz elíptico. E fiz muita musculação. Foi uma semana, não comprometeu resistência na corrida, e fortaleci como nunca. Consciência, então! Fiz isso também em Trancoso, mas lá acrescentei uma corrida na areia fofa. Sim, o ruim. O pior possível, porque era sempre por pouco tempo, a extensão de areia era pequena. o treino era curto. Treino curto tem que ser...duro. Forte. Pesado. </p><p style="text-align: justify;">É a outra dica: se não sabe como vai ser o treino, quanto tempo vai durar, na dúvida, faça o mais difícil. Para garantir. </p><p style="text-align: justify;">Claro que se seu exercício é correr, é uma mão na roda em várias viagens. Até para conhecer cidades, eu adoro. Me perco, mas adoro. Em Gramado não dava, adaptei, o hotel tinha uma academia melhor do que qualquer uma que eu poderia pagar, e Trancoso também. </p><p style="text-align: justify;">Mas em Coimbra não tinha academia. Correr salvou o período. E eram treinos curtos no geral, um frio do caramba (5, 6 graus), com vento, e tinha uma pista na beira do rio. Usei, mas era curta. Fui para o parque verde também em volta daquela parte do rio, delícia, lindo, e tinha ponte. Sobe ponte, desce ponte, sobe ponte de novo. Difícil, lembra? Para chegar em 8km de percurso eu dava várias voltas no parque e na pista, a cidade é pequena na parte possível de correr (não vou correr em rua histórica de pedra), então não pode ser moleza. Na pista, que era plana, eu fazia treino de velocidade. Masssss, atenção: o compromisso é de se movimentar na viagem. Não é de cumprir planilha, treino preparado. Porque senão é frustração na certa, são muitos imprevistos no período e não tem sentido perder eventos sociais por treino nessas ocasiões. O que era velocidade? algo além do conforto do dia. Sim, do dia. Tinha dias de conforto em pace 5'40, outros de 5'25, então eu via o conforto do dia, e acelerava além desse conforto por 1 minutos, 2 minutos, 400m, e fazia um treino intervalado, para estimular. Nada de estabelecer ritmo, velocidade, pace...na situação atual nem posso, com lesão crônica, treino bom é treino completamente feito.</p><p style="text-align: justify;">Graças a isso, em um domingo que fui treinar cedo, descobri que ia ter uma prova com largada no parque, claro que me inscrevi na louca na hora, e tive uma daquelas experiências memoráveis na vida de uma corredora, foram 10km, que eu não corria há tempos, subindo uma ponte (eu nunca conseguiria se não estivesse subindo meu morro para a universidade e treinando na cidade), vendo pontos turísticos, passando na frente do meu hotel, foi lindo demais. Prêmio para quem está na hora certa no lugar certo (a foto acima é da prova, sim, profissional, sonho, né?) </p><p style="text-align: justify;">Estabeleci o seguinte: tinha que treinar 4 vezes por semana. Três de corrida, necessariamente. E o resto? ahhhh, aí vem o resto: não tinha peso para levantar. Só o meu. Então é funcional. E os elásticos que levei. Claro que perdi massa magra. Não seria suficiente, mas muito melhor do que não fazer. Fiz os clássicos: TODOS OS DIAS eu fazia agachamento, e eu estava no segundo andar no hotel, que não tinha elevador, além da minha caminhada. Fazia flexão, tríceps na cadeira, muito básico e sem desculpas, né? Fazia avanço. Sem peso? Melhor do que nada. Panturrilha no degrau da escada, ponte para glúteos, e vários outros da Maíra Tavares, que eu pago consultoria, mas tem tanto exercício que ela explica no instagram, que para a situação, seria suficiente. Eu levo meus elásticos, as bands, para todos os lugares, não ocupam espaços e tenho vários exercícios com elas. </p><p style="text-align: justify;">Por último, tem que estabelecer quando vai fazer exercício. Não, não é quando der vontade (hahahahahaha), nem quando...der tempo. Como sempre, é compromisso. Eu já prefiro fazer de manhã, e em viagem mais ainda. Final do dia todo mundo combina alguma coisa, entre o fim dos passeios (ou aulas, no meu caso) e jantar, não dá tempo, e sem conhecer bem a cidade, eu não corro à noite. No caso, ainda estava frio. Fazer de manhã é começar o dia com a missão cumprida. </p><p style="text-align: justify;">Força de vontade? não, querides, que isso é unicórnio. Quando se tem o hábito dos exercícios, não fazer é que é estranho. O que tenho é disciplina para manter o hábito. Levo tênis e roupa adequada. Eu sabia que em Portugal estaria frio, levei calça, odeio correr de calça, mas corri de calça. Levei corta vento, faixa da cabeça, tudo. Eu fiz uma live sobre o livro O Poder do Hábito, está no instagram @evoluirdireitodotrabalho, e o negócio é ter a deixa para a ação e então virar hábito, e não só pela recompensa, porque em alguns casos ela demora e pode não ser suficiente para você persistir. A deixa é isso: levar tudo que é necessário, e deixar separado de véspera. Amanhã vou correr. Isso não é uma afirmação. É uma resolução, e eu deixava tudo pronto ao lado da cama, pertinho do aquecedor para a roupa estar quentinha de manhã. Eu acordava e não ficava pensando, eu só me vestia e aí, pronta, não tem como desistir. Quando chegava na calçada, vento gelado, pensava: que idiota. Mas agora já estava lá. E a gente nunca se arrepende de ir, só de não ter ido.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj1UwH_xq34Vgg2J93jFCWzMWzz75CUJNJULLLRLXaMHd-cweeqNquQD1oC97WRZeS0MNVIkzT5lJizjwBNgVkCUg-LZQCakuV3azQwAHGB0cvXBV9BasiAwBaURniFX27sDtByGV63XoPgqUI6uviKNPuV8pszInSxei2SWMC2U5tvJr7PJKwVJfHR=s1920" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj1UwH_xq34Vgg2J93jFCWzMWzz75CUJNJULLLRLXaMHd-cweeqNquQD1oC97WRZeS0MNVIkzT5lJizjwBNgVkCUg-LZQCakuV3azQwAHGB0cvXBV9BasiAwBaURniFX27sDtByGV63XoPgqUI6uviKNPuV8pszInSxei2SWMC2U5tvJr7PJKwVJfHR=s320" width="180" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">E depois fui para Madrid encontrar marido e filho. Lá fui aos Jardins de Eduardo II dar uma corridinha (foto acima). Fiz uma pesquisa, vi o que ficava mais perto do apartamento em que estávamos, era 1,5km, ótimo para já aquecer, um caminho gostoso com cara de city tour ainda, passava na frente do Parlamento, do Museu do Prado... E o parque é incrível, só eu da família que fui, duas vezes!! Na primeira fui bem conservadora no treino porque eu me perco em parques, mais do que em outros lugares, e fico meio em pânico se não vejo um portão de saída (sem comentários), depois eu entendi a lógica e segui corredores, porque havia muitos!! E alegria de corredor é ver outro corredor. Correr em Madri foi uma experiência deliciosa, e a pista era cheia de subidinhas, aclives, foram dois treinos puxados, bem como tem que ser, porque eu não tinha mais do que 40 minutos.</p><p style="text-align: justify;">Em Lisboa complicou. Fiquei longe de tudo. Não gosto de correr na rua, no meio das pessoas. Só para chegar a algum lugar. E o possível era a praça da Espanha, em reformas, com degraus dentro dela, ou seja, sobrava correr em volta, um percurso de quase 2km. Parecia desanimador, mas era só subida e descida, o que já deu aquela dificultada necessária. Mas era chato mesmo. Fui uma vez só. Como tinha academia no hotel, finalmente pude pegar uns pesos e escolhi fazer musculação nos outros dias. </p><p style="text-align: justify;">Quando fui para Roma em 2018, eu tentei ao máximo correr nos dias em que estive sozinha, ia para a villa borghese, um parque maravilhoso no qual me perdi absolutamente todas as vezes que fui, o que tornou sempre o treino maior. Por que? Porque Arthur, meu filho, ia chegar, sozinho, e eu não podia deixá-lo no hotel e correr. Depois que ele chegou, eu fiz o fortalecimento no quarto, no esquema funcional e elástico. Percebem? eu organizo para fazer o possível no que tenho. Pesquiso, tento descobrir antes para saber o que vou poder fazer quando estiver, sem desculpas. Eu também arrumo desculpas. </p><p style="text-align: justify;">Claro que eu sabia que não ia acordar cedo para correr na sexta feira, com lançamento do meu livro na quinta à noite em Coimbra, um dos eventos mais memoráveis e felizes da minha existência. Então eu treinei na quinta de manhã, e estava plena à noite. Na sexta dormi até o limite de não chegar atrasada na aula, só calculando para pegar meu café no caminho e subir minha morreba para a aula. </p><p style="text-align: justify;">No final das contas, estando sozinha é mais fácil, a não ser que você esteja com quem treina como você. Não é o caso aqui em casa. Depois que os meninos chegaram, eu sabia que ia ser mais difícil, por isso me garanti antes, mas avisei logo: já achei lugar para correr. Ninguém nem diz nada, porque sabem que essa sou eu. Depois sou parceira para tudo, e faço exercício cedo, de modo a não atrapalhar nenhuma programação familiar. This is my thing, então eu adapto. </p><p style="text-align: justify;">Não é para ser doloroso, uma punição. Mas é, sim, um compromisso. Eu gosto de fazer exercício, e a corrida é meu relaxamento, minha alegria. Musculação, ou o fortalecimento possível, é o que permitirá que eu tenha autonomia, pela minha força. Sabia que com o tempo, eu ia ficar infeliz se não corresse na viagem. E autoconhecimento é tudo. Me organizei para fazer como eu ficaria feliz. Correndo, fazendo uns fortalecimentos, compensando excessos aqui e ali. Equilíbrio. Não deixei de comer, beber, nada do que eu queria, mas em algum momento tive que moderar nas porções. Comprei um bolo de amêndoas no supermercado super lindo e apetitoso, eu cheia de fome. Comi uma fatia, e levei o resto para minha turma de aula no dia seguinte. Comi, fui feliz, mas não me passei e compartilhei minha alegria com quem eu estava. É sobre isso. Sobre escolhas, e de lidar com as consequências das escolhas. Como sempre. </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-29161285016546032202020-04-19T20:41:00.001-03:002020-04-19T20:41:20.722-03:00Do que você está sentindo falta?<div style="text-align: justify;">
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Aviso para quem chegou. Vamos falar de corrida, baixo nível de profundidade. </div>
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Sinto falta de um número de peito. Sinto, sim. Não só pelo momento, mas pelo que o antecede. </div>
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Gosto de provas de corrida. Gostei desde a primeira, e, hoje, sinto uma pontinha de inveja de quem não faz a menor questão de participar de provas, que corre para si e toda aquela evolução espiritual que não tenho. </div>
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Por outro lado, como eu gosto de fazer vários tipos de prova, o cancelamento de uma prova alvo não acaba comigo porque tenho mais facilidade em recalcular. Tem gente que passa a temporada se preparando para "a prova", e se ela estava marcada para o primeiro semestre de 2020, sorry, mas não vai acontecer. E se os treinos eram sofrimento só tendo como foco a prova, fica pior. Por isso gostar da jornada do ciclo é tão importante, e correr pela saúde nunca é "só". Para a segunda maratona eu acabei ficando fora de várias outras provas para não perder o foco, e não gostei, porque criei muita expectativa sobre ela, e como o povo que lê aqui sabe, não tive o resultado que esperava e para o qual treinei. </div>
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Quanto mais a Debs pergunta "por que você corre"?, mais dúvidas tenho. Sobre correr? não. Sobre a motivação. Descobri que não é só por causa das provas, mesmo sentindo falta delas, e adorando a adrenalina e a medalha no peito. Eu aprecio o preparo dos treinos, a programação, a evolução, a rotina. Aprecio o vazio do cérebro quando corro rápido e a clareza do pensamento quando corro lento. Aprecio, principalmente, a solitude que a corrida me proporciona, o encontro comigo enquanto ouço música ou o vazio, a respiração, as passadas. </div>
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Vejo gente com sede de quilometragem ou do suor que só a corrida proporciona, e aí a esteira pode dar jeito. Nem todo mundo tem a possibilidade de ter uma esteira em casa, por muito$$ motivos, e nem todo mundo é influencer e vai ganhar uma "emprestada", além da questão do espaço propriamente dito. </div>
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Também uso a esteira quando necessário. Mas concordo com Balu, nesse específico: não é a mesma coisa que correr. </div>
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Eu corro na esteira quando tenho um objetivo, uma meta, com data, e não posso perder um treino. E em Blumenau eu corria muito na esteira porque chovia muito quando eu morava lá, e as calçadas eram bem ruins. Nunca é por escolha no meu caso. E aí vem: mas agora você não tem escolha. Inclusive talvez nem a escolha da esteira, que não possuo (já tive, tá? quando Arthur nasceu, e me salvou porque eu não saía). </div>
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Também não tenho a meta. Minhas metas do primeiro semestre se resumem a ter saúde e seguir as orientações dos cientistas, e correr se possível, para manter a sanidade e um mínimo de condicionamento e consistência. Não faz muito sentido um super ciclo para uma maratona em...setembro? outubro? Ou não? Vou rever minhas metas, já sei disso. </div>
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Provavelmente tem gente sentindo falta de ser estimulado e elogiado na rede social, e eu não julgo. A gente corre, posta, há quem viva disso, literalmente, e há quem espere, como eu, que isso faça outros sairem correndo também, num grande círculo virtuoso. Mas agora tem quem não queira postar, porque teve tanto patrulhamento com quem corre no corredor de casa, no quintal, ou sobe suas escadas, que gerou constrangimento em alguns...</div>
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Muitos estão sentindo falta dos amigos da assessoria, corriam sempre em grupo e isso definitivamente tem que demorar para acontecer. E para quem está acostumado, perder esse convívio e estímulo é difícil. Hora de avaliar a corrida na sua vida, se ela só valia a pena pela cia, então talvez o videogame funcione por enquanto, está salvando meu filho com jogos online com amigos reais. </div>
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O que sei? quase nada. Sei que não é a mesma coisa pedalar, nem subir escadas, pular corda. Correr é correr, e nada se iguala. Mas quem já se lesionou sabe exatamente como é ficar sem correr. É horrível. Para quem não corre e para os coitados que convivem com essa pessoa. A diferença agora é que é como se todo mundo tivesse lesionado ao mesmo tempo, formando uma nova comunidade, a dos corredores que não correm. Ou correm pouco, e se deprimiram todos ao mesmo tempo. </div>
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E o pior é a gente postando que talvez seja um aprendizado, que a gente não pode deixar o vício da corrida ser maior do que a nossa consciência, e que é para a gente pensar que ficar sem correr não pode ser encarado como o fim do mundo, trazer outros interesses, e bla bla bla. Todos os blas para ver se me convenço de que nem é tão bom assim correr, nem preciso. Tá bom. </div>
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Aprendi alguma coisa até agora? Nossa, muitas. </div>
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1. Não controlo nada. Essa é a verdade, a mais dolorida para controladoras. Estou com vários sachês de suplementos manipulado$$ para o ciclo da maratona de Porto Alegre, que passou para novembro, meu sonho correr em Porto Alegre no calor, sqn. Estão os sachês aqui, eu aqui...e a prova sei lá onde.</div>
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2. Correr pouco é melhor do que não correr nada, lembre-se disso na próxima vez que reclamar que tem pouco tempo e queria correr mais e outras reclamações afins. Tenho um espaço sem seres viventes perto da minha casa (só capivaras), e como não saio para mais NADA, corro por ali, mas se começo a ver gente corro de volta para casa, fazendo toda a conta dos 10 metros de distância da pesquisa holandesa. É tenso, mas serve. Nem todos tem isso. </div>
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3. Talvez treinar para provas longas realmente consuma muito tempo, dinheiro e energia. Então pense se é o seu sonho ou se são os outros dizendo que corredor de verdade é quem corre sei lá quantos kms, quem faz maratona, que vai correr major, e tudo aquilo. Não tem essa de ditar regra na corrida. Correr é correr, e você tem a oportunidade de pensar que distância está te fazendo falta, ou se é só a endorfina, inclusive. </div>
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4. Não ter prova não quer dizer que o mundo da corrida acabou. Mas isso porque eu sei que um dia teremos provas novamente. Não é o fim do mundo, mas só por isso. A esperança nos alimenta. </div>
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5. Da próxima vez que acordar com preguiça num dia de prova, nem pense em não levantar. Fiz minha última prova em março, nem todos tiveram esse privilégio, ainda estávamos pensando se era essa desgraça de doença mesmo, e o Circuito das Estações de Floripa foi simplesmente a última prova antes do isolamento. Ainda bem que eu fui!!!</div>
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6. Se não pode correr, pode sofrer. Podeeeeee simmmmm. É um baita white people problem? Com certeza, se quem está me lendo não vive disso (que é o provável público kkkk). Mas correr sempre ajudou a amenizar vários outros problemas reais, mudar o ponto de vista, colocar em perspectiva. e sem correr, outros micro problemas crescem em gravidade, ainda mais ficando em casa.</div>
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E quem está precisando sair para trabalhar, quem está no front cuidando de doentes, quem precisa sair para cuidar de outras pessoas...correr poderia ser o escape e não está sendo, é bem mais duro.</div>
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Mas no final de tudo, depois de sofrer e fazer cálculos, e não ir nem até o mercado ou para buscar comida, para guardar a única saída a cada dois dias para correr um pouquinho no lugar deserto, ou não correr mesmo, só subir escada e ter dor na panturrilha, ficar cada vez mais forte porque aí faço com vontade os exercícios possíveis...a verdade é que tenho muito a agradecer por este ser o meu problema pessoal. Estou trabalhando e estudando o máximo que posso, Arthur está com aulas naquele esquema, não está com muita disciplina, tem a casa para arrumar, limpar, comida para fazer...uma vida que já narrei em outro texto, que trata de procrastinação, no <a href="https://www.evoluindodireitodotrabalho.com/post/como-funciona-uma-procrastinadora-no-isolamento-social" target="_blank">https://www.evoluindodireitodotrabalho.com/post/como-funciona-uma-procrastinadora-no-isolamento-social</a>. </div>
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Eu me solidarizo com as pessoas que estão trabalhando MUITO e aquelas que trabalham se expondo ao vírus, com as pessoas que estão SEM trabalho e um tanto apavoradas, me solidarizo ainda mais com as mulheres que estão tendo que fazer TUDO em muitas famílias em que a sobrecarga é toda delas, e ainda podem estar sofrendo violência de onde deveriam receber amor. </div>
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O mais importante na solidariedade, para mim, é não gerar apenas o sentimento de sofrimento. Sim, a gente sente culpa por outro estar mal quando não estamos, é o que sente o sobrevivente de guerra quando seu batalhão morreu em combate, uma culpa de sobrevivência, isso significa - ufa - que somos humanos, mas estar na mesma péssima situação ou apenas deixar entrar o sentimento depressivo não ajuda o outro em nada, só para registrar. Um colega disse que sou utilitarista. Talvez. Eu me permito reservar momentos em alguns dias para me sentir terrivelmente mal pelo que está acontecendo, e super preocupada com o que virá. </div>
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Isso é importante para a conexão e para não me perder. Mas acho mais importante que isso gere algum movimento, em ações de doação ou arrecadação para quem precisa de alimento e de trabalho, comprar do pequeno que está lutando para se manter na arena, comprar almoço do lugar onde você almoçava todos os dias e agora tem delivery, divulgar o trabalho de todo mundo que você conhece e aprecia, manter o pagamento da assessoria, da diarista, de quem está no seu orçamento. </div>
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Eu compartilho conhecimento porque essa é minha utilidade, através de lives e do podcast Drops de Direito do Trabalho, e faço o meu trabalho na magistratura o mais bem feito que posso, devo isso à sociedade que me paga e estamos sendo mais necessários do que nunca. </div>
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Não sabemos quanto tempo isso vai durar, tento fazer minha parte para que seja o menor tempo possível, e o meu filho está de parabéns, embora tenha momentos de infinita chatice. </div>
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Todos estamos dizendo que sairemos diferentes dessa, e espero mesmo que seja para melhor. Inclusive no que diz respeito à nossa relação com a corrida e com os outros corredores. Que tal, quando tudo voltar, começar não cancelando suas inscrições e, no dia da prova, não jogar copo de água, sachê de gel, no chão, pelo caminho? </div>
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Temos muito para fazer e pensar, né não? Vou ler o livro sobre a mulher maravilha antes que venha outra Medida Provisória. bjs. </div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/--u1BgRYzf4o/XpzhdkwseXI/AAAAAAAATL0/_N4JjDZoxYQ4ChlL9-K3vQkCqcdI_a5hwCLcBGAsYHQ/s1600/beer%2Brun%2B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/--u1BgRYzf4o/XpzhdkwseXI/AAAAAAAATL0/_N4JjDZoxYQ4ChlL9-K3vQkCqcdI_a5hwCLcBGAsYHQ/s320/beer%2Brun%2B3.jpg" width="320" /></a></div>
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Beer run, não gostei da prova, mas as fotos...ah Foco Radical arrasa comigo puxando um pelotão e a ponte mais linda que conheço ao fundo...<br />
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-65848880838545691572019-08-29T19:48:00.001-03:002019-08-29T19:48:27.779-03:00Porque compartilhar é preciso<div style="text-align: justify;">
Olha, pessoal, nós, de humanas, gostamos de falar, mas algumas coisas eu preciso escrever. Não quero chatear ninguém contando histórias pessoalmente ou em vídeos do instagram. Assim, quem quiser, lê, vai que aproveita alguma coisa. </div>
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Fiz a segunda maratona. E eu quero compartilhar a nova experiência. Ué, já não correu a maratona? não é nova. É, sim. Não imaginam como é diferente. Agora entendo. </div>
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Quem leu meus posts de treinamento para a maratona de Buenos Aires e o relato final sabe que eu fui seguindo o plano, ou seja, tem uma periodização de treinamento, que é o treinador que define a partir de muitas variáveis. Há treinos de todo tipo, mas especialmente os chamados longos. </div>
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Naquele momento, o negócio é descobrir que você pode correr uma distância maior do que já fez na vida. E você consegue. Poxa, mas eu não corro nem 5km ainda, e você fez 42?!! Não, eu fiz 42.195, e eu comecei correndo dez minutos, o que não dava nem 2km. Ninguém começa correndo isso tudo, tirando Forrest Gump. </div>
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Mas o dia em que treinei 24km, eu chorei, porque nunca tinha passado de 21. Depois nos 28, chorei de novo, e nos 30, e nos 34. chorei tanto que não sobrou choro para o fim da maratona, quando eu corri 8km a mais do que meu treino mais longo, e isso é, sim, sensacional!</div>
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Essa emoção da primeira vez, não há mais. Nunca mais. Agora são novas emoções. e novos desafios.</div>
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Porque agora eu já sabia que conseguia correr mais de 42km (bem pouquinho mais). Isso significou que eu podia estabelecer novo desafio, de reduzir meu tempo de conclusão na prova. Correr mais rápido a mesma distância.</div>
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E aí começa a periodização. </div>
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Ano passado deu tudo certo. Sabe tudo certo? Foi um ciclo sem contratempos, nem frio congelante fez. Mesmo viajando em julho, foi no momento certo, e eu cumpri toda a planilha sem qualquer grande dificuldade além das inerentes ao fato de que tem que treinar, comer direito, suplementar, no meio da vida normal de trabalhar, ser mãe, esposa, etc. </div>
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Agora sei que tive sorte de principiante. </div>
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Tive canelite em abril deste ano. Eu pretendia fazer a maratona em julho. Seis semanas sem correr me fizeram recalcular a rota e prorrogar um mês a prova, porque desistir de maratona não era uma opção. </div>
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Além de ficar sem correr, o retorno não é com a velocidade anterior, porque dá medo. E eu estava rápida antes da lesão, no dia que já estava praticamente certa de que estava lesionada fiz 5km na meia maratona de BC com pace inferior a 5'. </div>
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Depois disso, eu não fiz nenhuma meia maratona em um bom tempo. Ano passado na mesma época eu estava batendo RP em meia maratona. Faz parte. Foquei na maratona e na dedicação e na fé. </div>
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Fez muito frio este ano para meus padrões. Na meia de BC de julho, estavam 5 graus na largada, e 10 na chegada, foi um horror, eu não nasci para isso. Muitos dias de muito frio de manhã cedo, sofrimento. </div>
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Até tive sorte que não choveu em dias de treino de tiros, que eu ia até BC porque é mais fácil de percorrer a distância plana sem rua pelo caminho. No dia que choveu e eu só tinha aquele dia, paguei a academia para usar a esteira. Uma vez.</div>
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Daquela meia de BC na friaca surgiu uma crise de sinusite. Que eu, naturalmente, negligenciei ("vai passar"), fiz umas mandingas para ver se segurava, o que resultou em eu ainda estar com ela trinta dias depois, e ter que ir ao médico. Ele não achou divertido. Mas até já estava mais no final, pudemos resolver sem antibiótico. </div>
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Até lá, correr com coriza, tosse e dor de cabeça não é super legal, e a velocidade ficou mais uma vez dificultada, porque não vinha o ar. </div>
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Mas, sem mimimi (às vezes com), fiz tudo. Tudooooo.</div>
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E o dia foi chegando. </div>
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Realmente, já ter feito a primeira é uma vantagem. Eu sabia o que funcionava e o que não tinha sido tão perfeito da outra vez, na parte nutricional, por exemplo ficou bem mais ajustado o sistema. </div>
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Já sabia que o Pegasus 36 ia responder tão bem quanto o 35, top ok, cheia dos cremes anti assadura, short Vivian Bogus, meia de compressão, e tudo o mais. </div>
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Era em Floripa, minha casa, e onde fiz o treino de 35km, percorrendo boa parte do percurso da prova.</div>
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E eu estava bem determinada. O que nem sempre é suficiente, mas ajuda bastante quem treinou.</div>
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Mas uma coisa não mudou: a supresa dos últimos kms. Não tem essa de muro, eu não travo, mas naturalmente, como fui até 35km no treino, lá pelo 38 o cansaço vem forte, e parece que o que te distraía antes não te distrai mais. </div>
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Importante dizer que em nenhum momento eu tenho o pensamento do arrependimento. "por que estou aqui, por que inventei?". Eu escolhi, ninguém me obrigou e, sendo a segunda, nem dá para dizer que não sabia onde estava me metendo.</div>
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Me perguntaram no que eu penso nessas quase quatro horas correndo. Olha, além de resolver problemas de aquecimento global, desenvolvimento sustentável, porque na corrida vem só ideia boa, eu penso em TUDO, mas vamos lá: "a vida das formigas parece muito massa. A vida do vocalista da banda da música da vez, como será que é. Nossa, olha esse cara da frente com uma meia que não combinou com nada. Roots esse meu vizinho. Olha a menina com short soltinho sem as coxas esfregarem, não gosto dela. Também não gosto do senhor, de 68 anos que me passou sorrindo e disse: vamos, vamos, menina (passou o ódio, ele me chamou de menina, o lindo). Penso em quem está me esperando na chegada, se Arthur colocou o tênis, se está de casaco. No próximo gel, calculando o tempo e km, e a hidratação. No sal. Em quem me ajudou a estar ali, no Diogo, na Ana Paula e na Simone que eu sentia junto de mim o tempo todo. No Mário Lenz e seu apoio de todas as formas, e suas fotos maravilhosas. Droga, passei por um fotógrafo e estava com cara de bunda. Nem vi. Agora já era, cadê o próximo agora que arrumei a postura? no Diogo dizendo que ia dar certo. No meu pai que acha incrível eu correr, e não tem a menor ideia de como é se preparar, e pergunta se chego para o almoço. No vinho que vou tomar à tarde. Afinal, é meu aniversário. No meu aniversário, oba! Correr no aniversário é o máximo mesmo. Eita, cadê a música do Coldplay que não tocou ainda? Próximo gel, já é agora? cadê a placa dos 20km, senhor? Passei? Nas amigas que torcem. Nas que chamam de louca. No Outback, onde vou almoçar depois. No banho antes disso. Ah, como vai ser bom se não arder nada. No mar, lindo, olha que linda que é minha cidade mesmo. Que bom que não tem sol. A ponte parece menor passando de carro, né? Odeio passarela, é pior do que a ponte e não tem vista. Nos caras com cãimbra. Nos caras caminhando ritmo passeio. No cara que me passou no km12 e agora no 34 eu cheguei nele. No cara que eu passei no 18 e agora chegou em mim. Nossa, que corrida torta desse sujeito. A minha também deve estar, deixa arrumar essa passada. Onde disseram que era plana essa prova do carai? Se eu caminhar agora, ainda chego sub 4h. Mas eu não vou caminhar. Será que corro em Pomerode a meia maratona? Nossa, espero estar mais rápida até lá. Abriu o sol, ainda bem que estou chegando. Cadê o Gustavo Maia, será que deu o índice para ele? E a vida das formigas hem? Porra, outro fotógrafo que não vi." </div>
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E aí ó, já se foram muitas horas. </div>
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No caso de Floripa, teve a questão da aferição da distância da prova, que foi muito diferente de todos os GPS de todos os atletas que vi, mas o oficial é o que vale e, segundo os especialistas, todos os gps estavam equivocados mesmo. Sendo assim ou não, sei que o que vale é a prova. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o que pegou foi o seguinte: da placa do km 19 para a placa do km 20 tinha mais de um km. Tinha. Não havia túnel, não havia nada a tangenciar a não ser o retorno, não havia desvios. Todo mundo relatou a diferença ali. Mas a gente tá doido, ok.</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso já aconteceu antes, de as placas não corresponderem, sempre, àquilo que estamos vendo no nosso relógio (e no de todos os outros corredores), mas ao final, a distância da prova fecha. Era problema de marcação do caminho, porque quem coloca a placa nem sempre é o mesmo que aferiu. </div>
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Enfim, o que aconteceu é que dali em diante a diferença nunca mais foi resolvida, e eu fiquei esperando. Vejam, era a segunda maratona, eu podia ter pensado que ia dar mais, mas eu simplesmente não acreditava, porque a diferença era muito grande.</div>
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Mas quando passei pelo hotel majestic, na volta, eu vi que ia dar mais, porque eu sei a distância entre pontos na beiramar, e sabia que ia passar. E não era pouco. Percebendo isso, tinha que decidir se eu ia tentar acelerar para conseguir o tempo que planejei, ou manter e paciência. Até tentei, mas não tão avidamente, confesso, porque eu tinha forçado a primeira metade, no 28km eu estava forte ainda, correndo bem, e assim fui até o 32, 33, dali em diante é ladeira abaixo, devidamente programada, porque com o lastro que eu tinha até então eu tinha certeza de que ia dar. E ia. No pace que fiz, se a prova tivesse até 42.400 eu ainda fazia abaixo de 3h49, mas deram 42.950, no meu, e com pequenas variações, para mais ou para menos, para outros, mas todo mundo correu pelo menos mais 600m. </div>
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Eu não me preparei para isso. Errei. Tinha que ter me preparado, mentalmente, para a possibilidade, para ter sobrando. Quando apareceu a placa dos 21km, era o que eu deveria ter considerado, e seguir conforme as placas, como me recomendou um senhorzinho, obviamente mais experiente (e rápido) do que eu. Em Buenos Aires, a distância não chegou a 42.300 no meu relógio, a prova foi muito precisa. Então me programei para a mesma coisa, e virginiana tem a mania do controle. </div>
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E eu me dei conta de que não ia fechar no tempo que queria num momento crucial da prova, porque nos 38km a gente está meio de saco cheio, e dá uma animada de novo no 40 para o 41. Eu só animei quando o Diogo veio ao meu lado no 41 (o treinador), daí ele saiu, e veio o Arthur para fechar a prova comigo. </div>
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A essas alturas, eu tinha abandonado com conviccção a ideia de tentar o tempo, e fui para ser feliz, e terminar sorrindo, de novo, uma maratona bem feita. Estou muito orgulhosa de ter conseguido essa maratona com um ciclo tão diferente do primeiro. Corri em casa, encontrei amigos de corrida, e fui tomar aquele banho maravilhoso para comer e beber feliz com a missão cumprida. Terminei super inteira, que é o mais legal, e comigo não tem o "nunca mais", incrivelmente, mais uma vez, pensei "quando é a próxima?".</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-hMnKHgl1vro/XWhVKXPkz-I/AAAAAAAAQYk/C98UO-ld1RsROk0frBKGNPneUotaSfUigCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfloripa%2B2019%2B12%2Bchegada%2B4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-hMnKHgl1vro/XWhVKXPkz-I/AAAAAAAAQYk/C98UO-ld1RsROk0frBKGNPneUotaSfUigCLcBGAs/s320/maratona%2Bfloripa%2B2019%2B12%2Bchegada%2B4.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-jtwMiXleyoI/XWhWLlqbh0I/AAAAAAAAQY4/tI2QzI033YE_fQk6LscOblEs0uv8D1RPgCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfloripa%2B2019%2B21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="800" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-jtwMiXleyoI/XWhWLlqbh0I/AAAAAAAAQY4/tI2QzI033YE_fQk6LscOblEs0uv8D1RPgCLcBGAs/s320/maratona%2Bfloripa%2B2019%2B21.jpg" width="213" /></a></div>
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-43609441706193715642019-03-22T23:26:00.000-03:002019-03-22T23:26:46.957-03:00Feliz ano novo chinês em São Francisco!! A experiência de uma corrida local<div style="text-align: justify;">
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Então, eu agora venho de tempos em tempos, quando há algo muito legal a dizer, ou escrever. Falo pacas, mas a experiência de descrever no papel alguns eventos bacanas é algo que não desprezo, principalmente porque adoro ler as vivências de outras pessoas também. </div>
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Pois então, fomos viajar, e sendo uma trip totalmente familiar, o foco era passear, mas eu, que não sou boba, fui atrás de uma provinha. Não queria nada espetacular, exatamente para não tomar uma proporção maior do que deveria ter na situação. Claro que se tivesse uma rock and roll eu não ia negar, mas não tinha. Tinha uma meia maratona em Vegas, que não era em Vegas, era no Red Canyon, em meio às montanhas, no deserto. Ai, que lindo, certo? </div>
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Não, né, ai que roubada! Imaginem, correr de uma vez só no deserto, montanhas, frio, secura absoluta, 21km!! Isso é para ser realização de sonho, do tipo que a gente treina para tal, e não era o caso mesmo. Fora que a largada era a 40km da cidade, a família ia a-do-rar o empenho. </div>
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Uma semana antes de chegarmos em Los Angeles teria lá uma color run, que podia participar criança, seria legal, o dó. </div>
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E aí vi essa de comemoração do ano novo chinês, em São Francisco, no domingo que estaríamos lá. 5km e 10km, saindo de...Chinatown, claro, a de São Francisco, considerada a maior depois da China!! Sim, maior do que NY! Assim que vi nem levei muito a sério, e era meio ruim o site para se inscrever, mas fiquei pensando no quão perfeita seria, no frio, mas não demais, sem estresse, no máximo 10km, o suficiente para me manter com um mínimo de foco nos dias anteriores e não me largar nas cordas, e sem cansaço exagerado depois. Me inscrevi, com direito a uma camiseta de algodão com o signo do ano, que é o Porco, minha gente. </div>
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Fomos primeiro para Las Vegas, e lá eu só tive coragem de correr na esteira da academia do hotel, porque o clima era seco demais, além de estar muito frio. E a cidade não é muito propícia para correr, escadas rolantes, escadas para atravessar a rua, muito lugar para atravessar, certamente me irritaria. Então fiz uns treinos beeeeeem meia boca, só para não ficar sem correr, e fiz musculação bem matada também. Melhor feito do que perfeito. </div>
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Ainda bem que fiz alguma coisa (gente, é que a academia dos hoteis em Vegas é muito sensacional também, dá vontade), porque em Vegas estava frio com sol, mas em São Francisco era úmido, e também frio, eu odeio frio úmido. A cidade não é plana. Mas lá eu tinha que dar uma corridinha para conhecer o esquema, fazer de cara a prova fiquei meio tensa. Era fácil de se localizar na cidade, meio que tracei um trajeto no mapa e fiz 8km com subidas e descidas leves, na região em que nos hospedamos, logo que pude. </div>
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Na sexta feira visitamos o bairro e aproveitei para pegar o kit. Numa academia, cuja atividade principal era...natação. Ali eu senti que era uma prova da cidade, como nós temos as nossas bem peculiares. Na real, achei ótimo porque a largada era na academia também, ou seja, banheiro limpo (até porque lá os banheiros públicos são sempre limpos), lugar quentinho antes da largada e depois, esquema Track and Field. </div>
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Vi que a largada era a menos de 2km do meu hotel, e já me organizei para ir a pé para a prova. Sem essa de dormir super cedo, e teve vinho inclusive, junto com o pastrami do jantar hahahaha. </div>
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O melhor de ser a prova de 10km, e não maior, é que a preocupação com alimentação, suplementação, reduz a quase zero atualmente. Eu sabia que teria o café preto cortesia no hall do meu andar do hotel, bem quentinho, e água gelada para encher minha garrafinha,na qual coloquei a palatinose em sachê que levei e levei um gel de carbo, e era isso aí.</div>
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Frio, bem frio, e na academia a concentração antes da prova. Tinha guarda volumes, todo mundo super simpático, e uma mesa gigante de café da manhã, com muito pão e bolo, minha cara, sqn.</div>
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Mas se eu quisesse, teria tomado café da manhã ali, tomei mais um café quente. Fui de calça comprida, mas quando cheguei lá troquei pelo short, ainda bem que levei, porque 12° para mim é com short, tenho reserva na coxa, digamos assim...em cima, top, regata e manguito, que usei até a chegada, porque ventou bem.</div>
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O mais legal era o pessoal: chineses. Chineses por toda a parte, e no mural dos inscritos, eram duas folhas de Cheng, mais duas de Ming, de Ling...Eu era bem ET, a prova era super local. Antes da largada, uma apresentação de crianças em comemoração ao ano novo chines, com muitos tambores e dragões coloridos, lindo demais. Engraçado que nessas provas eu não me sinto nada sozinha, a solitude me basta porque é bom demais olhar para os lados e só sentir o que acontece, e se você está com alguém, se distrai com a pessoa, o que também é bom, mas de outro jeito. </div>
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Largou! Que percurso lindo! Conseguiram fazer os primeiros 5km em um percurso com leves subidas, muita descida e uma parte plana toda margeando a parte de pier na Baía, lindooooo!!!</div>
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Que volta de 5km deliciosa, não me soltei na descida porque não sabia o que viria depois, mas os locais...foram embora. </div>
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E aí terminava a primeira volta, o povo do 5km virava à direita e nós...bom, subimos uma morreba de quase 500m no estilo morro da rainha, bem punk. Não treinei, mas também não estava exausta, então subi relativamente tranquila correndo. Percebi que estava bem, correndo sempre com uns meninos jovens (sim, isso é bom sinal, né), e vi que o pace estava bem melhor do que o esperado, principalmente para quem estava de tênis novo (ai, exibida).</div>
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Nunca gostei tanto de duas voltas, para ver de novo as partes lindas da cidade. Ai, gente, conhecer cidade correndo é algo que realmente recomendo!!! Um chinês local (pois é) me disse que era a prova favorita dele na cidade, por ser o melhor percurso.</div>
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Na chegada, vi que todo mundo se dirigia a uma praça, que é tipo a pracinha do bairro, onde havia as barraquinhas com frutas e água, mais chineses, e a gente ganhou uma sacolinha com snacks e uma squeeze que muda de cor com líquido gelado. </div>
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Não, não tinha medalha, não é minha primeira vez, é meio frustrante. Eu estava congelando na praça, mas acho que era só eu. Numa tenda, um telão ia mostrando os tempos dos corredores. Sim, 10 minutos depois de acabar, e sendo atualizado, super público. Chip direto no número, adoro.</div>
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Eis que vejo uma fila, e brasileiro adora fila. Achei que podia ser para brindes, comida, sei lá, e entrei para descobrir do que se tratava. Aí ouvi o cara atrás de mim dizendo que a fila estava muito grande para um porco. Oi? Perguntei então por que estávamos na fila (vergonha, sei), e ele disse: para a foto com o porco. Que foto com o porco? ué, a foto com o porco do ano novo chinês. Juro que a fila tinha mais de 100m. tchau, porco. Na verdade, porca, eu acho. </div>
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Vocês me dizem:</div>
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-18Pi4yowjJQ/XJWXDqi5yhI/AAAAAAAAOZc/-Eib28SJlrkOobwOlKQLzMYvUsqpls-UQCLcBGAs/s1600/porco%2Bcorrida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-18Pi4yowjJQ/XJWXDqi5yhI/AAAAAAAAOZc/-Eib28SJlrkOobwOlKQLzMYvUsqpls-UQCLcBGAs/s320/porco%2Bcorrida.jpg" width="240" /></a></div>
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Claro que fico pensando como será no ano do tigre, do dragão...<br />
Na volta para a academia, conversando com um chinês muito querido, que adorou minha tattoo, ele achou o máximo eu estar lá para fazer uma prova que, para eles, é só para a comunidade, ele nunca imaginou que outras pessoas soubessem dela, embora meu numero fosse 1724, eram 2000 inscritos, mais do que várias por aqui.<br />
Com uma felicidade que não coube em mim, descobri que fui a 5ª mulher a chegar!! Pena que a medalha/trofeu era até o terceiro...foi por um minuto, fazer o que né?<br />
Fiz muitas provas nesses anos todos, e foi a segunda vez que fiz uma prova mais local no exterior (a outra foi em Atlantic City, a April Fools, alusiva ao dia da mentira, muito divertida também), e essa foi mais legal, não só porque não estava tããããão frio, mas também porque o astral era melhor.<br />
E o que digo às corredoras e corredores é o seguinte: fazer uma prova grande, major, ou semelhante (corri a meia de NY, a meia em Amsterdã, maratona de Buenos Aires, considero provas grandes) é muito legal, mas você é mais um, literalmente, na multidão (e bota multidão). Agora, a experiência de correr no meio da comunidade local, se confundir (ou tentar) aos corredores da região, em uma prova tradicional (era a 41ª edição!!!), é algo inesquecível e muito especial!<br />
Eu não era mais uma, porque não era uma multidão tão grande, e eu nunca me destacarei em uma major (dãããã), e ali eu fui uma super corredora, e gringa!! hahaha, foi incrível.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-m74lY2ucSbs/XJWXfZv6DCI/AAAAAAAAOZs/U_BA_qb8CEgnB2qi1wAdyk5BivWk-Y6ZQCLcBGAs/s1600/chinatown%2Blargada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-m74lY2ucSbs/XJWXfZv6DCI/AAAAAAAAOZs/U_BA_qb8CEgnB2qi1wAdyk5BivWk-Y6ZQCLcBGAs/s320/chinatown%2Blargada.jpg" width="194" /></a></div>
antes da largada, voluntária tirou a foto minha e do piso.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-_egWRlEcbZ4/XJWXkMa6d0I/AAAAAAAAOZ0/UzqdiCk8m4oz0c2mPm_FoYDqSmeWxPLvQCLcBGAs/s1600/chegada%2Bcorrida%2Bano%2Bnovo%2Bchines%2Bsf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-_egWRlEcbZ4/XJWXkMa6d0I/AAAAAAAAOZ0/UzqdiCk8m4oz0c2mPm_FoYDqSmeWxPLvQCLcBGAs/s320/chegada%2Bcorrida%2Bano%2Bnovo%2Bchines%2Bsf.jpg" width="194" /></a></div>
Fim de prova by me!!<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-j3bZUx5oJcs/XJWXTi0Na-I/AAAAAAAAOZk/Nb4CvT_pxHYJpi_XdStpZp4fAuirnw0zQCEwYBhgL/s1600/prova%2Bano%2Bnovo%2Bchines%2Bsf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-j3bZUx5oJcs/XJWXTi0Na-I/AAAAAAAAOZk/Nb4CvT_pxHYJpi_XdStpZp4fAuirnw0zQCEwYBhgL/s320/prova%2Bano%2Bnovo%2Bchines%2Bsf.jpg" width="240" /></a></div>
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Pós prova by meu amigo chinês, que achou incrível eu ter ficado em 5º lugar. </div>
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E são essas as fotos que tenho, porque as tiradas oficialmente custam 19 dolares (CADA) hahahahaha, nunca comprarei!!</div>
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-17335101968176970502019-01-02T11:07:00.001-02:002019-01-02T11:07:12.080-02:00Ok, vamos só falar do futuro...<div style="text-align: justify;">
Tá, agora prometo que vai realmente ser o último, embora seja estranho um último post nos primeiros dias do ano. Mas é que vou fazer o planejamento e pensei que talvez fosse legal compartilhar ideias sobre isso, e vou explicar por quê.</div>
<div style="text-align: justify;">
No início do ano passado, tracei as metas e conversei com o Diogo sobre as estratégias, e tal, bem virginiana, e embora não tenha aberto o jogo sobre exatamente as provas que eu faria, falei sobre os critérios aqui, já em fevereiro, quando em geral todo mundo já tem algo em mente (<a href="https://vidaeumacorrida.blogspot.com/2018/02/o-que-correr-em-2018_4.html" target="_blank">https://vidaeumacorrida.blogspot.com/2018/02/o-que-correr-em-2018_4.html</a>). </div>
<div style="text-align: justify;">
Só que em junho eu decidi correr a maratona! Não estava no meu quadro dos sonhos, não era uma meta no início do ano, sequer uma intenção. O interesse surgiu ao longo do tempo, e o que eu fiz? adaptei, ué. Recalculei a rota, porque na corrida, como na vida, é importante ter flexibilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
E claro que depois de correr uma maratona, também mudam as metas para o resto do ano, ou seja, acabou sendo tudo bem diferente do que imaginei no início. E isso foi bom, muito bom! </div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que se você já sabe o que quer, isso facilita, tanto para o foco como para as estratégias, então este é o momento de olhar dentro de si e pensar: o que eu quero da corrida para mim este ano? quero diversão? desafios quanto a terrenos? quanto a distâncias? melhorar meus tempos nas distâncias conhecidas? fazer novos amigos? correr num grupo? fazer mais provas? fazer uma prova de corrida? finalmente ter regularidade na corrida, e não pular semanas de treino? ter uma planilha de um treinador e levar a coisa mais a sério? </div>
<div style="text-align: justify;">
Isso é o mais importante. No ano passado, eu aproveitei black friday e estou inscrita em duas provas: uma em junho, a meia de Floripa (que agora tem maratona, mas me inscrevi para a meia, que eu adoro), e uma final de julho, em São Paulo. Vai ser difícil eu viajar para correr este ano, então São Paulo está de ótimo tamanho. Vamos ver o que vai orbitar ao redor disso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vou viajar no final de fevereiro, então provas até meados de março não são uma opção, o que já vi que inclui Ponta do Papagaio, Meia de São José...provas que geralmente eu consideraria. </div>
<div style="text-align: justify;">
O ano de 2018 foi incrível na corrida para mim. Não só pela maratona. Como já falei, foi a cereja do bolo e nem era meu objetivo inicial. Além disso, para mim, pelo menos, a corrida só faz sentido sendo feliz pelo caminho. Curti muito a maratona em si, mas o mais legal foi ter curtido os treinos, me conhecendo melhor a cada aumento de distância. </div>
<div style="text-align: justify;">
Lembre-se: Você nunca sabe se vai realmente estar no seu dia naquela prova que é a prova alvo. Tem clima, nervoso, saúde, sono, algum probleminha que apareça, e por mais corretamente que se treine, pode ser que no dia a mágica não aconteça.</div>
<div style="text-align: justify;">
Então, criar aquele monte e expectativas em torno de uma ou duas provas, é um risco de decepção, principalmente se os treinos foram sofridos. Porque vamos combinar, a maior parte da vida do corredor não é dia de glória, é dia de luta. A gente faz muito mais treino do que prova, nem todos são maravilhosos, mas eles são o nosso dia a dia.</div>
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E em 2018 eu tive oportunidades muito incríveis: corri em Belo Horizonte, algo que eu sempre quis. Fui para um congresso, encontrei a nightrun, e sábado à noite, antes da festa de encerramento do evento, estava eu lá, na Pampulha, sendo feliz demais! Nunca seria prova alvo, e eu nem sabia que viajaria para BH, mas acabou dando tudo certo.</div>
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Não consegui achar nenhuma prova na Itália no período em que fiquei lá, mas corri pelos parques, pela rua...foi maravilhoso. </div>
<div style="text-align: justify;">
E sim, corri meus melhores tempos de meia maratona. Estabeleci a meta de 1h45, demorou para vir, mas veio, e em seguida veio 1h44. Se eu queria baixar ainda mais? Sim, mas aí já tinha a maratona para fazer, e o objetivo teve que mudar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Graças à boa planilha e muita determinação e disciplina para fazer exercícios de fortalecimento, meu ano foi sem lesões, uhuuuuuu! Isso me manteve extremamente motivada. E no dia seguinte à maratona eu estava passeando por Buenos Aires, de boa, porque o Diogo treina a gente para estar bem na prova e depois dela também, sem traumas.</div>
<div style="text-align: justify;">
O mais importante: prestei atenção em mim como corredora, e descobri muita coisa, inclusive que ainda tenho muito para me conhecer. Eu não conseguiria dizer meu pace se fosse correr sem relógio, e é algo que eu quero fazer. Esse negócio de percepção de esforço ainda é nebuloso para mim, principalmente correndo mais rápido. Também não conheço o meu limite, sigo conservadora no aspecto vômito ao final (tipo: não quero), e com isso ainda acho que posso ir mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente: mudei de categoria. Aiai...deu uma dorzinha pensar sobre isso, mas faz parte, né? Quero acreditar que, como comecei a correr mais tarde, e com maturidade sigo, ainda tenho muito para apresentar na corrida. </div>
<div style="text-align: justify;">
E meu lado Pollyana fala mais alto, de modo que agora penso: ahá, sou a mais nova da categoria, boraaaaaaa! </div>
<div style="text-align: justify;">
Então eu desejo que você corra! Não desista, persista, que tenha amigas e amigos a te motivar e admirar, que te digam que você é phodástica da porra toda. E, se não tiver, que corra assim mesmo, por você. Que tenha aquele friozinho na barriga antes de uma prova, que experimente a sensação de ir além, de se conhecer pela corrida.</div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-iVKKaehC6GQ/XCy3YearYRI/AAAAAAAAMbE/0jqPdiWYcXIzorosiay17eVSCg31ljfoQCLcBGAs/s1600/meia%2Bs%25C3%25A3o%2Bjos%25C3%25A9%2Bfloripa%2B2018%2B8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="801" data-original-width="1200" height="213" src="https://3.bp.blogspot.com/-iVKKaehC6GQ/XCy3YearYRI/AAAAAAAAMbE/0jqPdiWYcXIzorosiay17eVSCg31ljfoQCLcBGAs/s320/meia%2Bs%25C3%25A3o%2Bjos%25C3%25A9%2Bfloripa%2B2018%2B8.jpg" width="320" /></a></div>
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andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-12896666606535789052018-11-06T19:41:00.000-02:002018-11-06T19:41:37.195-02:00O que eu aprendi treinando para uma maratona - para a corrida e para a vida<div style="text-align: justify;">
Como já ficou claro nos outros posts, a maratona é a formatura. Antes disso você tem um longo caminho. Só que, sinceramente, o caminho importa tanto ou mais do que o destino final, na minha opinião. É nessa jornada que a gente aprende e descobre mais sobre si mesmo, e é a preparação que nos permite vivenciar a maratona como deve ser, ou o mais próximo disso. Na preparação você conhece pessoas, compartilha dúvidas e ensinamentos, angústias...</div>
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Então, não poderia encerrar essa série (que deve finalizar o blog, ao menos por um tempo), sem compartilhar com vocês o que eu aprendi durante o período de treinos para a maratona, e como isso pode funcionar para o que não tem nada a ver com corrida.</div>
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1. Treinar para a maratona não é sinal verde para comer um kg de açaí no lanche, nem nega maluca (para quem prefere) todos os dias - na verdade, não há nenhum momento na vida de sinal verde para quantidade livre do que quer que seja, mesmo o que é considerado saudável. Fim. Mas no caso da maratona, a dieta é bem mais controlada, porque você tem que fazer as escolhas certas para o treino render, a recuperação acontecer, e na quantidade certa. Então, eventualmente sair da linha e pirar na batatinha (ou no pão de queijo, ou na farofa), ok, mas a regularidade da dieta vai ditar teu caminho. E o pensamento continua sendo: prefiro ser feliz por cinco minutos e depois ficar lamentando o petit gateau derramado e bem comido ou posso viver sem ele, comer uma paçoca diet e ser mais feliz quando alcançar meus objetivos e até comê-lo, mas de forma consciente? Cada um com sua resposta, mas não vale reclamar. </div>
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2. O treino é composto de corrida, dieta e descanso. Em igual importância. Não adianta cumprir a planilha e dormir pouco, e comer e beber tudo errado. Não vai ser a mesma coisa. Acredite. </div>
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3. Correr é a parte mais fácil do processo. A verdade é que combinar a tríade acima não é tão simples, porque realmente tem que se organizar para dormir o suficiente antes de um treino longo, e como não existem treinos efetivamente curtos (você larga para no mínimo 8km sempre), tem que dormir o suficiente quase sempre. E é fácil, porque a gente vive com sono. Correr é o divertido, é o que a gente quer fazer quando treina para maratona. Mas tem os suplementos, tem o pré treino, o pós, a hidratação, as roupas (que são lavadas muuuuitas vezes no período), tem família, tem as festas, tem trabalho...E isso se aplica para quem estuda para um concurso, por exemplo. Estudar é o básico. Só que você tem que se alimentar bem, tem que se hidratar, tem que dar aquela levantada para não ficar com a bunda quadrada, tem que trabalhar, muitas vezes. E passar a noite estudando, sinceramente, só vale a pena se você é uma pessoa que não tem sono (não é meu caso). No dia seguinte, é o bagaço, e trocar os turnos, a médio e longo prazo, é ruim para o cérebro, você não absorve o suficiente, assim como teu treino não rende se você estiver sempre de ressaca ou morto de cansaço;</div>
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4. Não existe treino curto ou treino longo demais, existe é uma planilha, um planejamento. Não inventa. Cumprir a planilha é importante, o treinador sabe das paradas, entende? Não se meta a acrescentar kms ao treino porque achou pouco, nem a ser o ligeirão no regenerativo, a conta vem depois. Quando a gente acha que tudo bem trabalhar 12, 14 horas por dia, por quanto tempo a gente vai sustentar isso e o trabalho ainda ter qualidade? e você ainda ter qualidade? Trace o plano, e siga o plano o máximo possível, é o que vai te manter no prumo. Os treinos visam uma prova que está a meses de distância, respeite isso. </div>
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5. É mais fácil acordar cedíssimo para correr do que para trabalhar. Sorry. Eu achava que seria a treva acordar cedão para correr, mas o fato é que, tendo meta, você acorda, e o dia é tãããão melhor. O segredo é ter organização, sempre falo. Disciplina é botar o despertador e ter a consciência de que é naquela hora ou não vai ter treino. Mas organização é deixar tudo pronto, arrumadinho, separadinho. Se vai pensar no short e no top e no tênis na hora que acorda, nem sai da cama, porque o cérebro não está em pleno funcionamento, então tem que ir no piloto automático. E trabalhar no piloto automático é muuuuito difícil para mim. Se eu corro antes, meu cérebro desperta e na hora de trabalhar já estou ligada. Mas isso é bem individual. E nem sempre possível. Tem quem não possa acordar ainda mais cedo para correr, porque já trabalha muito cedo ou por outros motivos, e tem quem prefira correr à noite, depois de tudo. Cuidado com auto sabotagem, ir para casa antes de treinar é uma armadilha, tem que ter ainda mais disciplina e força de vontade para não dar aquela descansadinha que emenda com o banho e o jantar. Sugiro, para essas pessoas, deixar também tudo separado, para quando acabar o expediente não ter trabalho algum, salvo o de ir correr. E tomar um pré treino logo, custa caro, a gente não quer desperdiçar. </div>
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Me perguntam sobre acordar cedo para estudar, em casa, sozinha. Eu não consigo, por tudo o que falei: meu cérebro não capta informações antes de um certo horário. Em compensação, pelas nove da noite sou bem inteligente, em geral. Então, nem sempre o que funciona para o treino funciona para o resto. O que é ótimo, porque se eu tivesse o mesmo horário para tudo, não conseguiria compatibilizar, né?</div>
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6. Os dois primeiros km são SEMPRE os piores de um treino, seja ele de 6km, seja de 10km, seja de 30km. Impressionante. Depois flui, acredite. Não desista no primeiro nem no segundo, depois só melhora. Se não melhorou, então pense se é cansaço, algum problema real, dor muscular, ou só sem-vergonhice mesmo. Isso também se aplica para o resto, o início de uma palestra, de uma aula, de uma audiência...eu sigo a regra par: para algumas coisas, dois minutos, para outras, 20, para outras, 2 horas, e até dois dias (como em uma viagem). Dê tempo para você e para as atividades se ajustarem. </div>
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7. Nem todo mundo emagrece treinando para a maratona, mesmo seguindo a dieta. São os mistérios da vida, meu povo. Os homens emagrecem mais, naquela injustiça absurda, mas muitas mulheres emagrecem também, especialmente se estavam bem acima do peso, pelo aumento do volume. No meu caso, depois de pouco tempo meu corpo teve uma adaptação incrível ao treinamento, vejam que ótimo!! Só que isso significou, além de pouco sofrimento, um platô total (paralisação na perda de peso), mantendo, felizmente, a massa magra. Queria estar mais leve na maratona. Mas não perdi nem um grama, sério. Porque tinha que repor, a dieta não é magrinha, e como eu sou lowcarb no geral, e tive que acrescentar mais carbo, meu corpo entendeu que eu era um urso armazenando para o inverno, sabe?</div>
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8. Você é capaz de muito mais do que imagina, e sim, fica cada vez mais fácil. O treinador manda a planilha por semana, ou no máximo por mês, não é porque ele não prepara. É porque, além do feedback (se você não cumpriu, ele tem que adaptar a do período seguinte), se você olhar que daqui a dois meses correrá 32km num sábado qualquer, vai rir. De desespero, e achar que é impossível. Só que não é, e a cada semana a gente se sente mais forte. Perceber que você é capaz de ir em frente é sensacional. E agora, quando me vejo diante de alguma situação que eu ache que não vou conseguir resolver ou superar, eu penso, sinceramente: eu treinei para uma maratona, fui lá e corri os 42km, e eu não sou um ser totalmente diferenciado, nem atleta de ponta. Então sim, eu consigo resolver isso. </div>
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9. O corpo humano é uma máquina maravilhosa. Ele se adapta aos novos estímulos, então se você vai aumentando a carga, você simplesmente percebe o corpo se adaptar. Eu não achava possível correr forte dia seguinte ao treino de musculação. O primeiro foi dificil, o segundo menos, e depois acostumei, porque era o que tinha, ué. Meu corpo sinalizou a possibilidade, e os novos estímulos foram sendo devidamente incorporados. Realmente não dá para desistir logo dos seus projetos, as adversidades vêm e a gente passa por elas, mais forte do que nunca. </div>
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10. O treino para a maratona pode ser um sacrifício, ou pode fazer parte de um propósito. Para mim, quanto mais eu percebia minha evolução, minha alegria de fim de treino, e que eu ia, sim realizar algo importante para o corredor que é correr uma maratona, menos eu me sentia "sacrificada", e mais vontade tinha. Esse negócio de "perder festa", não comer, não beber, querer que chegasse logo para "acabar com isso", isso tudo tem que ser administrado com a mente no foco. Quer ir na festa? Mas quer mesmo? Então vá, e adapte a planilha, você não é profissional, não vive disso, e tem vida normal. Quer "matar o treino"? Faça isso, de forma consciente, conte para o treinador, para ele recuperar isso depois. Eu sabia que tinha o tempo contadinho para os treinos. Não ir naquele momento era dar por perdido o treino, e eu não gosto nada disso...É puxado, sim, mas se você encarar como sacrifício o tempo todo, não vejo motivo para ir em frente. É para ser feliz o maior tempo possível, foi uma escolha, ninguém me obrigou a me inscrever (pelo contrário, não fui nada estimulada a isso na minha roda familiar). Se você resolve fazer seleção para o mestrado, não pode reclamar que vai ler os livros no final de semana porque não tem outro dia livre. Se vai reclamar o tempo todo, não vai prestar. Questione se é o que você quer fazer, e aí faça o que tem que ser feito no processo para alcançar isso. </div>
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11. Objetivos a longo prazo não são meus favoritos, essa foi a parte difícil. Eu gosto de um pouco de pressão, trabalho melhor. A maratona estar laááááá longe, daqui a seis meses, me tiraria um pouco da disciplina e do foco, porque eu posso, teoricamente, "recuperar" isso depois, seja treino, seja sono, seja dieta. Na jornada de treinos para a maratona, eu fiz poucas provas de corrida, e para os meus padrões, pouquíssimas. Só que eu gosto de participar de provas, senti falta da adrenalina, de ver o pessoal em clima de prova. Fiz algumas meia maratonas, e no primeiro semestre ainda tinha como objetivo, de início, melhorar meus tempos na distância. E consegui, foi bom demais! Ainda bem, porque senão provavelmente acabaria um pouco frustrada, já que na maratona o objetivo era outro, e naturalmente perdi velocidade. A meia maratona é uma distância que me permite fazer algumas provas no ano e correr tanto de boa, quanto por tempo. Mas o que acontece é que se eu tenho prova no domingo, que seja de 10km, a semana inteira é mais regulada, de treino, sono e alimentação. E mesmo as refeições "livres" (porque não é lixo o que eu como), são mais contidas, porque tenho um objetivo próximo. </div>
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Então, aprendi que, no meu caso, não preciso começar o ciclo para a maratona muito tempo antes (foi o que fiz, eu decidi correr a maratona em junho, com a prova final de setembro) porque sempre estou treinada para 21km, é dali para frente que pega, e isso me permite manter algumas provas de corrida no período, me deixando mais feliz e também com a sensação de empoderamento, que é o que cada medalha dá ao corredor. </div>
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Engraçado que isso combina com o restante da minha vida. Não deixo tudo para exatamente o último minuto, mas gosto de ter um pouco de correria. Tenho aulas preparadas faz tempo para algumas matérias, mas sempre acrescento algo novo, mais recente, e algumas aulas são inteiramente inéditas. Simplesmente não consigo preparar com semanas de antecedência, a inspiração vem nos dias anteriores, no dia anterior...kkk. Para as audiências, não adianta nada ler os processos dias antes da sua realização, funciona mesmo ler cedinho antes de começarem, é quando fixa. Descubra como você é, a corrida pode te ajudar. </div>
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12. Gosto mais do nascer do que do por do sol...nunca imaginei, porque sempre foi o por do sol que eu busquei, e o sol nascer era uma espera no retorno da vida noturna (faz tempo...), sem muita consciência do que esperar. Acordar e ser recepcionada pelo sol nascendo para a corrida, é algo muito especial. </div>
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Beijos a todos, e descubram-se. </div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-M7D9eTiKovA/W-IHgJ7jv6I/AAAAAAAAK7w/WBv99FO0op0SB_K6I7MdtYB-5riSFHnbQCLcBGAs/s1600/maratona%2Bchegada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-M7D9eTiKovA/W-IHgJ7jv6I/AAAAAAAAK7w/WBv99FO0op0SB_K6I7MdtYB-5riSFHnbQCLcBGAs/s320/maratona%2Bchegada.jpg" width="213" /></a></div>
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Para chegar feliz assim...</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-s3eYZ_nRwSI/W-IH95rrvZI/AAAAAAAAK74/phjq76kRXbojlRs7LVhoKoI3iRceADa_ACLcBGAs/s1600/meia%2Bde%2Bfloripa%2B2018%2Bativo%2B6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="710" data-original-width="470" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-s3eYZ_nRwSI/W-IH95rrvZI/AAAAAAAAK74/phjq76kRXbojlRs7LVhoKoI3iRceADa_ACLcBGAs/s320/meia%2Bde%2Bfloripa%2B2018%2Bativo%2B6.JPG" width="211" /></a></div>
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Teve chegada assim (melhor do que o oriental ao lado kkk) com recorde...</div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-0zjTHVaiyg8/W-IISUaub5I/AAAAAAAAK8A/ANRcID04vPQ51RKg4_kBmrbUqYyaXefaACLcBGAs/s1600/meia%2Bde%2Bitaja%25C3%25AD%2B2018%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://3.bp.blogspot.com/-0zjTHVaiyg8/W-IISUaub5I/AAAAAAAAK8A/ANRcID04vPQ51RKg4_kBmrbUqYyaXefaACLcBGAs/s320/meia%2Bde%2Bitaja%25C3%25AD%2B2018%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
teve outro recorde aqui, depois...<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-QXhUTEomfaA/W-II0yJ7S1I/AAAAAAAAK8Q/X16hJ4IDtio-TCAgJYgdSJ1Vca-p_EZIwCLcBGAs/s1600/34k%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="213" src="https://4.bp.blogspot.com/-QXhUTEomfaA/W-II0yJ7S1I/AAAAAAAAK8Q/X16hJ4IDtio-TCAgJYgdSJ1Vca-p_EZIwCLcBGAs/s320/34k%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
E teve isso...treino. Muito treino, com essa vista privilegiada. Depois desse treino provavelmente tomei vinho e comi alguma delícia, e fiquei ainda mais contente e esperando pelo próximo...<br />
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-76371902572576627012018-10-20T11:49:00.002-03:002018-10-20T11:49:45.818-03:00Maratona de Buenos Aires: corri!<div style="text-align: justify;">
Vai ficar um post longo, mas não quero dividir em dois, já estou na saga faz tempo...</div>
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Então vamos dividir entre o extraprova, e a prova em si.</div>
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Extraprova é como eu me preparei para ter tranquilidade mental e física para correr o que eu tinha treinado para correr. É a logística.</div>
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Quando me inscrevi, estava no meio da organização para ir para Roma para o curso que não tinha nada a ver com corrida, mas eu me conheço, e sabia que não podia deixar para a volta para ver as coisas. Assim, fui olhar hospedagem e as passagens. Passagens eu olhava todos os dias, até que o Péricles encontrou um preço bem bom e compramos. Sem bagagem despachada. Depois paguei. Caro, mas não tinha opção.</div>
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O Hotel eu comecei a olhar, a Simone e a Ana já tinham reservado, e aí eu me lembrei do perrengue que foi quando fomos correr a meia maratona de Buenos Aires. Deu tudo certo, mas com incomodação desnecessária. (<a href="https://vidaeumacorrida.blogspot.com/2012/09/viva-la-republica-argentina-simmmm.html" target="_blank">https://vidaeumacorrida.blogspot.com/2012/09/viva-la-republica-argentina-simmmm.html</a>)</div>
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Eu não queria ficar de novo tensa por conta de taxi ou uber para a largada, motoristas que não sabiam quais ruas estariam fechadas, muito menos depois da prova, não conseguir ir embora, especialmente porque não era uma meia, e sim uma maratona inteira, primeira da vida. Do jeito que sou, ia pensar nisso já durante a prova. Fora a questão café da manhã, boa cama, proximidade. Então, contratei pela Kamel o hotel. Podia ser com inscrição, mas eu já tinha feito. Eram duas opções de hotel, ambos em Palermo, região que eu nunca tinha ficado, e escolhi o mais barato, que pelas fotos e avaliações pareceu bom. Não era super baratinho, mas o preço era justo considerando que teria transfer para largada e retorno e café da manhã garantido. Melhor: eu na ida, e eu, Péricles e Arthur na volta então eles podiam ir tranquilos para a chegada e voltaríamos juntos sem estresse. </div>
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Fomos na sexta feira, para ter o sábado tranquilo, sem correrias. Minha ideia era ir buscar o kit direto do aeroporto, mas o local de entrega era totalmente desconhecido dos taxistas. Tivemos que ir até o hotel, e lá o recepcionista disse que levaríamos uma hora para chegar no local, então já não daria tempo. Eu confesso que não fiquei muito convencida, mas a cidade não é a minha.</div>
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O hotel Dazzler Polo é muito bom, eu super recomendo. A região é linda, Palermo foi uma ótima experiência, eu já conheço Buenos Aires, a viagem não era de turismo, e a região de Palermo é arborizada e com muitos parques.</div>
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O quarto, ah, o quarto! Enorme, muito limpo, com uma parte com espaço para guardar comida (acho que alguns quartos são tipo flat), uma mesa, as camas ótimas, o chuveiro ótimo, banheiro espaçoso, piso de madeira, tudo bom. </div>
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Bom, sou ansiosa. Novidade. Queria mesmo ter pego o kit na sexta, não sou da turma da véspera. Mas não tive a opção,e fomos eu, Simone e Ana Paula para o longinquo local de entrega dos kits. Realmente não foi legal a escolha do lugar, era muito fora de mão de tudo. Fomos depois das 10h, a fila dava uma volta na quadra, do lado de fora e no sol. Ao contrário da previsão do tempo, estava calor. Ficamos mais de duas horas. Quando entramos, havia uma divisão conforme o número de peito, mas não tinha divisória, o povo furava mesmo, e era discrepante a quantidade de pessoas em cada fila, além da fila especial para a elite, ou seja, uma pessoa destinada a eles que não tinha praticamente ninguém para atender.</div>
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Nesta fila fiquei mais uma hora, as meninas menos, e elas foram olhar a expo. A estratégia de ficarem os expositores no meio, com a fila naquele tamanho, não foi boa. Enquanto estava na fila só bati papo com desconhecidos e ficamos cuidando para ver quem furava, e depois...bom, sinceramente, eu queria ir embora e descansar, não vi nada do que tinha, só fui direto onde tinha gel e carbo e fomos embora. Gastando uma pequena fortuna para ir e voltar do lugar. </div>
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Ainda bem que os meninos não foram comigo, foram passear, que era o melhor a fazer, até porque Arthur não conhecia a cidade. </div>
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O kit. Bom, coisas muito estranhas no kit. A camiseta regata era não exatamente feia, mas muito mal cortada e de tecido de qualidade duvidosa. Escrito Adidas, mas não, não era Adidas. E tinha comida, muita comida, nozes, castanhas, sucrilhos com açúcar, balas (muitas balas, comida típica de corredor sqn), gel de carbo. um. </div>
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Fui dormir cedo, dei aquela confirmada de que tinha meu transfer para a largada. </div>
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Então vamos ao domingo. </div>
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Acordei às 4h, queria que desse tempo para tudo, inclusive para ir ao banheiro, né? Deixei as opções de roupa, escolhi, e fui passar todo o pink cheeks para evitar assadura do universo, quase no corpo todo. Parece bobagem, mas eu queria me ocupar só da corrida em si, não queria pensar em assadura, cortes, bolhas, de modo que usei tudo o que podia para evitar os desconfortos. Levei ainda um sachezinho de creme (quem guarda dos kits e brindes tem) para passar depois de usar o banheiro químico e garantir que não teria atrito. </div>
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Eu tinha levado coisas para o café da manhã, para não passar aperto. Foi bom, porque embora houvesse torradinhas sem gluten e frios, o café servido às 5h não tinha os ovos mexidos prontos ainda. Então a pasta de amendoim que levei foi bem importante.</div>
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O transfer combinado para às 5h40 chegou quase 6h, mas depois vi que estava tudo certo. Eu nem sentia frio, e acabei optando por não usar manguito, não levar casaco, e fazer o que pudesse para não usar o guarda volumes. Como ia dar certo? levei em embalagens descartáveis o que precisava no pré prova, uma garrafinha de água mineral para o BCAA em pó, bicarbonato e cápsulas, saquinho com batata doce chips, tudo conforme orientação da Nádia (a nutri). Chegamos cedo, e como eu sei quem eu sou, tirei fotos do ônibus, da rua onde estacionou e na hora em que disseram o nome da rua já mandei para o Péricles, porque eu sabia que depois da prova eu não encontraria nada nem lembraria de nada. </div>
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Direto para a fila do banheiro quando cheguei, nossa, já estava bem sujo. Mas foi rápido, e antes das 6h30min eu já estava pronta para ir para o meu curral, que era o último, o dos que pretendiam fazer a prova em até 6 horas, tempo limite, e dos que nunca tinham corrido maratona, porque aí não tinham outros tempos para comprovar capacidade de estar em um curral melhor. Não achei má ideia, afinal eu tinha que controlar o ritmo na largada, e para a autoestima eu esperava ser bom ter a chance de ultrapassar. Fiz um aquecimento, um alongamento, liguei a parafernália, foi ótimo e tranquilizador ter tempo para seguir minhas maluquices e rituais com tempo sobrando. Liga tomtom, espera sinal, vem sinal, desliga a faz de novo, para ver se está tudo bem. Liga playlist, confere, fone no ouvido, cabelo ajeitado, gira tornozelos, faz agradecimento, tudo aquilo. </div>
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Ou seja, estava acontecendo exatamente como eu planejei e quis. E eu mentalizava isso: só vou entregar o que eu treinei, e me divertir no caminho. </div>
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O que é sempre muito louco, e na maratona foi ainda mais, é que eu fico lá, no meio das milhares de pessoas, que vão fazer a mesma coisa que eu, e é o momento em que me sinto mais só. É uma solitude indescritível. </div>
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E aí a gente largou. E sinceramente, até o km 15 nem percebi o tempo passar, como nos treinos. Ainda mais porque esse começo pega a cidade mesmo, lugares onde fui passear, fica um city tour, e tem gente nas ruas. Depois segue para a via expressa de lá, uma autoestrada, feia. Com elevados e pontes, muitos elevados. Não foi o que treinei, para mim seria tudo beeem plano. E não era. E subindo o elevado a gente via a elite voltando, hahahaha. Eu no km 12km, por aí, e eles voltando sei lá de onde. </div>
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Subimos bem, e a região era feia. Tipo favela, com policiais do outro lado da estrada com coletes à prova de balas. Nada charmoso. Pô, a parte mais dura da prova até então ser também a mais feia não precisava. Depois a gente entrava em uma rua, passava na frente do estádio do Boca Juniors, meninos paravam de correr para tirar foto, e passamos pelo Caminito, para mim a parte mais bonita, depois o porto, bem legal. Mas ali não tinha NINGUÉM para ver a gente passar, só quem já estava na rua indo para algum lugar. Aliás, não era assim aquela plateia toda na maior parte da prova. Basicamente, dos 12km aos 25km não tinha ninguem na rua. Depois tem as avenidas largas da cidade, e fica mais animado, com batuque, uns sambas, e teve até Wando em um dos trechos, depois Jorge Bem com Taj Mahal, e aí foi bem emocionante. </div>
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Podem perceber que eu estava até ligada no que se passava na prova. </div>
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Sinceramente, eu estava correndo muito feliz. Seguindo o plano, fazendo tudo que tinha planejado, menos o pace, que não deu tão certo pelas subidas. Pelas subidas e pela hidratação. Não planejei o copo aberto de papelão. Não treinei isso. Para água, três pontos com garrafa e o resto como o isotônico e a água em copo aberto. Eu tenho o meu problema, aspirar, babar, então tinha que caminhar para tomar, o que me fez tomar menos do que gostaria, paciência. Mas era farta a hidratação, não faltou. </div>
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Depois de alguns pontos mudei a estratégia: vendo o posto de água, abria minha garrafinha, deixava a tampinha presa nos dentes, pegava o copo, virava na garrafinha correndo mesmo, caía pelo menos metade dentro da garrafa, jogava fora o copo, tampava a garrafinha e tinha água gelada por mais tempo, sem parar. </div>
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Não estava calor, e o sol ia e voltava, então eu achei super bom. </div>
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O que levei e usei: gel, conforme combinado; duas garrafinhas, uma com água para garantir e outra com carbolift, para alternar com o gel. Não tinha congelador no quarto, nem gelo, então a água esquentou, naturalmente. Tinha que ser a da organização, que estava em boa temperatura. Eu não queria engolir cápsulas, e já tinha as do bcca nos km 15 e 30, então o sal eu levei sachezinhos que, com o suor, ficaram grudentos, e eu rasgava o saquinho e ficava comendo o que dava. Mas não foi ruim. Tudo cabendo nos bolsos short Vivian Bogus.</div>
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Em alguns pontos tinha comida, e é triste ver a falta de empatia em todo o lugar, e até entre nós corredores. Jogavam a casca das bananas no chão, onde a gente passava em seguida. Detalhe: havia muitos latões de lixo após os pontos de hidratação e comida. </div>
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Os meus geis, que não coincidiam com os pontos, eu esperava para jogar no lixo da via pública mesmo, e pedi para um policial na rua para pegar o meu, ele não soube o que fazer, de modo que pegou. </div>
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Muro? não teve muro. </div>
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O negócio da cabeça comandar realmente é bem forte. Eu estava bem, me sentia muito bem fisicamente e ia no keep running. Diferente do que ocorre em meia maratona, que eu aprecio a paisagem, eu estava muito focada em correr simplesmente. Não queria distrações. </div>
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Eu tinha aquela segurança até o km 36. Por que? Meu maior treino foram 34km, e eu terminei com folga. Isso foi bem importante porque todo mundo fala do muro aos 30km ou 35km e eu tinha tanta certeza de que não teria isso em nenhum dos dois, que estava tranquila. Só que do 30km em diante você vê pessoas sofrendo muito, Gente encostada nas muretas, que senta, que alonga, que deita no chão, que caminha, caminha...E aí você se pega pensando: eu deveria estar assim correndo feliz? Sim, deveria. Está tudo certo, treinei para isso.</div>
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Vi banheiros pelo caminho. Não precisei usar, felizmente. </div>
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Do 36km ao 40km não foi bom. Foi o momento do "só mais um"km, para ir em frente. </div>
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Eu percebi que o ovo tinha feito falta no café da manhã, senti fome. E embora normalmente não coma banana pré treino, e não queria tentar nada novo, percebi que eu precisava comer algo. Peguei uma banana no local da organização, km 39, e foi a melhor coisa que fiz, me deu o gás.</div>
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No 40km, uma subida. Desnecessária, fim de prova, no meio da universidade, não tinha nada para distrair, só mais gente caminhando, correndo, comecei a usar técnicas de reparar em cores, passadas, tênis.</div>
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Mas do 40km em diante eu já estava no "acabei", não tinha nenhuma dúvida de que ia completar a prova e super inteira. Eu estava cansada, as pernas pesaram lá pelo 38km, e eu não tinha sobra para acelerar como seria o ideal, tentava correr mais rápido e nada acontecia. Ao mesmo tempo, de repente me deu a tristeza de que ia acabar de verdade. E eu estava adorando, não queria mais que aquilo terminasse. Aquela sensação delícia na alma, de superação, de resultado a tudo, de leveza, de plenitude, de estar fazendo a coisa certa no momento e lugares certos. Não fiquei super relembrando todos os momentos de treinos e renúncias até ali, porque para mim não foi assim tão sofrido o ciclo, eu lembrava dos treinos com alegria, e via que tinha valido tanto a pena!! </div>
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Fui acompanhando minhas parciais e vi que o tempo não seria exatamente o que eu gostaria inicialmente, menos pela corrida e mais pelas caminhadas para tomar a água e o isotônico.</div>
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Quando a gente passa o km 41, tem bastante gente torcendo, fazendo yes, crianças, aí é a emoção.</div>
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Eu sabia que os meninos me esperariam, só não sabia como seria.</div>
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Tinha um pórtico de 42km, eu tinha visto na largada, ele não ia me enganar. Com minhas voltas para ultrapassar e saídas para jogar coisas no lixo e tal, fiz uns 150m a mais, paciência.</div>
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Já no km41 eu pausei o som, queria ouvir as vozes, as chegadas, as torcidas, as comemorações, e no portal dos 42km ouvi os meus meninos, e Arthur veio ao meu lado terminar comigo, pedi até para ele maneirar porque não ia aguentar o ritmo dele, e fomos juntos para a chegada, correndo, firme, acelerei vendo a chegada e foi muito, muito lindo. Cheguei vibrando, não morri depois, só comemorava, sorria, o choro foi antes, foi no 41, ali na chegada houve momentos, mas com Arthur comigo eu fiquei extasiada.</div>
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Deu certo não usar o guarda volumes porque o Péricles levou o que eu precisava para o pós prova, que deixei prontinho na mochila. </div>
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Sempre mentalizei a chegada feliz, inteira, e foi assim que aconteceu. Diogo Gamboa fala que mais do que preparar o corredor para a prova, ele quer que a gente corra a prova e termine bem, e não morrendo, porque aí não estava preparado.</div>
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Soube que não teve medalhas para todo mundo, quando eu cheguei tinha medalha pacas. Estava tranquilo, e me disseram que tinha bastante taxi na região, com preços fixos. </div>
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Se eu alcancei meu objetivo? Fiz uma ótima prova. Não sabia como ia ser, lembrava direto da meia de NY, minha primeira, e pensava como estava sendo tudo diferente, sou uma corredora diferente da que fez aquela prova, além de todos os apetrechos de agora. Curti inclusive a distância. Mas a felicidade, a emoção, o correr em si, era tudo igual. Sei que se espera que na primeira maratona o objetivo seja terminar, mas essa não é a minha.</div>
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Eu fiz uma conta para fazer a prova em 3h45min, e achei que dava. No km21, vi que seria difícil porque ainda tinha a volta com os elevados e as subidas que agora eu já sabia, mais a do km40 que eu também sabia que viria. Meu plano B era menos de 4h, um lastro bom, né? </div>
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E fiz em 3h50'41. Mais do que o plano A, bem menos do que o plano B. E o melhor de tudo: sem achar que ia morrer, na prova, sem dores, caminhando normalmente ao final, e no dia seguinte!! Nem consegui dormir à tarde, porque embora cansada, estava muito feliz e meio maluca.</div>
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Ah, tinha a meta absoluta, pegar o transfer das 11h30min para o hotel, porque o outro era às 13h, não queria esperar. Deu tempo de pegar as bebidas, frutas, e tomar o whey. Com ajuda do marido, chegamos ao onibus, e com mais um corredor , sua esposa e filho, voltamos para o hotel. Quando parou o ônibus na frente, do outro lado da rua, saltamos todos. Eu fui para o lado direito, o outro corredor para o lado esquerdo. As famílias olharam: onde vocês vão?! Corredor fica muito lesadoooooo, eu não tinha nem ideia de que lado era para ir, e era para frente hahahaha.</div>
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Dali em diante, só felicidade, uma euforia estranha...almoçar com medalha, andar com medalha, naturalmente. </div>
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Tanta gente me fala que quando termina pensa "nunca mais", e alguns meses depois muda de ideia.</div>
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Eu terminei, olhei para o Arthur e disse: quando vou fazer a próxima?</div>
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O que posso dizer, por fim, é que tive os melhores perto de mim: técnico, massagem, nutri, amigas inspiradoras, motivação, e fiz a minha parte: treino, alimentação, sono, recuperação. E tive um bom dia de correr, que é algo que a gente não sabe se vai acontecer. </div>
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Obrigada, Diogo, Nadia, Daia, Eduardo, Marcelo da VR Sports, e à Simone e Ana Paula, parceiras na jornada, a Ana sempre com algo muito carinhoso para dizer. Conheci pessoas, algumas apenas virtualmente pelo grupo do whatts que a Vivian Bogus criou, mas ajudaram muito na parte da autoconfiança. </div>
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Encerro com o coração cheio de gratidão pelo caminho percorrido e pelo que encontrei no final. </div>
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Trabalhar por alguma coisa e perceber que é possível. Não tem preço. </div>
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Obrigada por me acompanharem. </div>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-BkUgShQwfVw/W8s_E0DPjjI/AAAAAAAAKN0/mHJGnb75-0cqzULRWympbIh99m6-vFq2gCLcBGAs/s1600/maratona%2B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-BkUgShQwfVw/W8s_E0DPjjI/AAAAAAAAKN0/mHJGnb75-0cqzULRWympbIh99m6-vFq2gCLcBGAs/s320/maratona%2B3.jpg" width="213" /></a></div>
Foto oficial da prova. Chama-se foco essa cara...kkk<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-VDiiWX2qRXE/W8s_rzHI8yI/AAAAAAAAKOE/tV4WFJnWAuQ2BeVOKLwSwS4HCTGzlazGQCLcBGAs/s1600/maratona%2Bpam%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-VDiiWX2qRXE/W8s_rzHI8yI/AAAAAAAAKOE/tV4WFJnWAuQ2BeVOKLwSwS4HCTGzlazGQCLcBGAs/s320/maratona%2Bpam%2B1.jpg" width="320" /></a></div>
Sim, eu cheguei assim, e acho que cheguei melhor do que o pessoal atrás de mim!!! Essa é foto oficial do marido!<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-o4e01Ymfq3Q/W8s_zdiRAAI/AAAAAAAAKOM/S3BvQiUTOXAli0giDtdeUbY5YG2leq6HgCLcBGAs/s1600/maratona%2Bpam%2Bchegada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-o4e01Ymfq3Q/W8s_zdiRAAI/AAAAAAAAKOM/S3BvQiUTOXAli0giDtdeUbY5YG2leq6HgCLcBGAs/s320/maratona%2Bpam%2Bchegada.jpg" width="320" /></a></div>
aqui para verem a camiseta da prova. Não era feeeeia, mas o caimento nao dava para mim.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-zuehxv7Qra4/W8s_zcmo5YI/AAAAAAAAKOI/viUu2cfssM0m08IbMUUPpItJoeHXkYgtACLcBGAs/s1600/maratona%2Bpam%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-zuehxv7Qra4/W8s_zcmo5YI/AAAAAAAAKOI/viUu2cfssM0m08IbMUUPpItJoeHXkYgtACLcBGAs/s320/maratona%2Bpam%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
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Fiz! Treinei, vim, fiz, e segue o baile!!!<br />
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-91333099074230798222018-10-16T18:19:00.001-03:002018-10-16T18:20:29.590-03:00Saga maratona: última semana<div style="text-align: justify;">
Eis que depois de fazer 34km, a gente tem 28km na semana seguinte, uma distância já quase confortável pelo volume de treinos até agora. E aí na semana da prova o volume despenca. É muito estranho.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tive muita vontade de correr, e eram 3km na segunda, nada na terça, até finalmente tiros de 1km na quarta. Era para um ritmo, fiz mais rápido, numa mistura de ansiedade com vontade de correr mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois um trote na sexta, e era isso. Fiz natação, até para relaxar a manter o cardio bem, e um dia de musculação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Então, aproveitei para o corpo descansar, tenho sentido tanto sono que fui dormir cedo mesmo sem ter treino no dia seguinte, me esforcei para tomar mais água, chás, tudo, e ser bem linda na dieta, foi uma noite com uma tacinha de vinho e limpeza total, até para desinchar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se me sinto preparada? sim. Pronta? sim, totalmente pronta (preparada é diferente de pronta).</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não estou com o sentimento de algumas pessoas de estar cansada dos treinos, no sentido mais psicológico mesmo. Tenho gostado pacas, me divirto, penso na vida, de modo que estou sentindo falta esta semana, e essa parte toda de disciplina e organização foi muito importante para mim, para outros aspectos da vida. Tive que ter mais jogo de cintura do que nunca, recalcular a rota várias vezes, para cumprir a planilha, e com orgulho posso dizer que cumpri 100%!! Não foi fácil, era muito malabarismo, ou seja, ou você coloca como prioridade, ou não tem como dar certo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E algumas coisas estão na frente, claro, como trabalho (que paga essa alegria) e família (que faz valer a pena). Mas percebi que, com jeitinho, também conseguia trocar alguns horários, acordar mais cedo foi preciso, e ninguém morreu por isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora é arrumar tudo, do meu jeito metódico de levar as coisas para viagem para correr, e esperar o domingo. Tenho aquele sentimento que tive quando fiz vestibular, e depois concurso: minha parte eu fiz, me preparei da melhor forma. Agora é torcer para que, o que não depende de mim, também funcionar. Tem o clima, tem o percurso, tem a organização, e tem o dia mesmo, corredor é assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo isso para dizer o seguinte para você, corredora e corredor: cuidado com auto sabotagem. Tem gente que faz isso na corrida, na dieta, nos estudos, na vida. Parece que tudo está indo bem, e você vai lá e assiste dez episódios seguidos da série que nem conhecia semana passada, mas "não resiste"e fica destruído para o treino do dia seguinte, ou o estudo, ou qualquer que seja o compromisso. Está firme na dieta e aí nos dois dias anteriores da prova, ou do casamento, ou do evento que você queria estar mais sequinha, enfia o pé na jaca, ainda escolhendo itens que incham. Foi azar? não foi, você já sabia o que aconteceria. Mas diz: ai, que droga, não consegui me controlar (controlou dois meses, mas...), só que bem no fundo, já sabia que na verdade tinha medo não do fracasso, mas do sucesso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dá medo, sim, mas a gente vai com medo e tudo, não é? E ter a sensação de ter feito o seu melhor, o que foi programado, deixa muitas pessoas ainda mais tensas com o resultado, porque você pode pensar: como assim, deu errado depois de tudo que fiz, tão certinho?!</div>
<div style="text-align: justify;">
É que sempre pode dar errado. Até porque o conceito de errado é bem relativo e pessoal. São experiências e aprendizados, e tudo tem sua função no tempo da sua vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
E aí se você não cumpriu sua programação correta por pelo menos 70% do período, tem o que culpar, ainda que você que se dê mal. Se cumpriu e der errado, dá o sentimento de frustração com injustiça, é verdade, mas você pode transformar em missão cumprida, porque aquele era o melhor. Que, de fato, às vezes não é suficiente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas eu prefiro assim do que ter a certeza de que poderia ser diferente se MEU comportamento fosse outro. A não ser que você seja tããããão relax que não segue nem treino nem dieta nem sono, e torce. E se der certo, ri de pessoas como eu. Se der errado, pensa que foi de acordo com o (não) programado. E se dá por satisfeita.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aí é cada um.</div>
<div style="text-align: justify;">
De todo modo, eu acho que não só na corrida, mas na vida, planejamento é importantíssimo, mas mais do que o planejamento, é seguir o plano, e saber fazer as adaptações que serão necessárias ao longo do cumprimento, porque sempre há imprevistos, recalcular a rota, e isso não te paralisar e te fazer pensar que "já era". Segue o plano a partir dali. Desde que tenha plano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho uma meta mental só minha para a prova, um plano b, um c, e claro, o de terminar com dignidade, e depois o de só terminar. Espero não chegar nesse ponto, pelo que treinei não precisarei, mas nunca se sabe.</div>
<div style="text-align: justify;">
Então vamos correr?!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-FPYCwYBFuak/W8ZVygiXmfI/AAAAAAAAKIQ/97EYRdaky28AnY8DkBXpT2jqAh7mQeWJwCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfim%2Bde%2Btreino%2Bcom%2Bfamily.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-FPYCwYBFuak/W8ZVygiXmfI/AAAAAAAAKIQ/97EYRdaky28AnY8DkBXpT2jqAh7mQeWJwCLcBGAs/s320/maratona%2Bfim%2Bde%2Btreino%2Bcom%2Bfamily.jpg" width="194" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquele final de treino que alegra.</div>
andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-23748577767219977622018-10-13T13:42:00.001-03:002018-10-13T13:45:52.791-03:00Saga maratona: Finalmente o dia ruim<div style="text-align: justify;">
Faltando uma semana.</div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente tive um treino que não me deixou feliz durante o percurso. Faltou tudo: sono (noite mal dormida), sal, água na hora certa e no dia anterior...</div>
<div style="text-align: justify;">
Eram 28km, e foram mais duros do que os 34km da semana passada. Esta semana também me senti mais cansada no geral, um sono incrível às 21h. É o acumulado pegando. </div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, fui na nutri ontem e descobri que caí numa cilada. Ano passado, eu via o povo treinando e pensava: um dia quem sabe faço uma maratona só para poder comer como esse povo. E era tudo mencheeera!! A gente não come: 1. O que quer; 2. Quanto quer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na real, a dieta fica bem mais rigorosa, porque tudo tem hora para comer, não fica soltinho. Sabe a máxima da vida paleo, de comer quando tem fome? esqueça. Eu, uma lowcarb convicta e feliz, reintroduzi mais carbo na vida, mas não qualquer carbo, claro, e não a qualquer hora. É a batata doce, o aipim, o milho, só que um pouco mais, e no pré treino, sendo mais treinos. O doce? hahah, doce é o gel de carbo, fia, te liga. O resto é o chocolate acima de 70% que já é meu faz tempo. Pior é o vinho nosso de cada dia sim, dia não, que virou dia não, dia não, dia não, dia sim-uma-taça, dia não...</div>
<div style="text-align: justify;">
E o mais engraçado é que eu não fiquei infeliz (na parte do vinho fiquei sim), porque o foco é tão forte que a gente só segue o plano.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando fui na nutri na volta da Itália, tinha aumentado pouco o peso da balança, na verdade quase nada, mas a composição corporal estava o ó. Mesmo não jacando total, claro que não tem dieta top na viagem. E lá, na verdade, a massa eu não comia, comia vegetais, muitos vegetais, e pouca proteína, claro que a massa magra minguou. Daí nós combinamos que eu ia baixar o peso, para ficar mais leve para a maratona.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aí você pergunta: então, quanto emagreceu de final de julho para agora? NADAAAAAAA.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pelo contrário, ganhei peso na balança. Gente, é muito injuixxxxtoooooo. Depois da maratona, vou aderir à linha de dieta que diz que vinho emagrece, porque agora não bebo quase nada e não baixa o número!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
Só que não é bem assim, meu povo, porque a nutrição não é mais como antigamente, e a composição corporal, como você se sente no seu corpo, como suas roupas estão entrando, são fatores que importam mais do que os kg brutos. Isso é o que salva e o que me fez ficar feliz, porque eu achava muito estranho me sentir forte e leve e estar mais pesada. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nas medidas da fita métrica também não houve melhora, e descobri que sou um urso polar: armazeno a energia do carbo para o inverno! Tá tudo ali.</div>
<div style="text-align: justify;">
Diz a Nádia que a boa notícia é que meu corpo se adaptou rapidamente aos treinos (tanto que não sofro), especialmente os longos, e isso significa que não houve trauma, e, assim, não perdi peso. Que sucesso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente o bom: o percentual de gordura baixou aeeeee. Massa magra is back! Isso que só faço fortalecimento, não estou fazendo a musculação como gosto, justamente para não crescer.</div>
<div style="text-align: justify;">
E incrivelmente está dando certo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não fiquei mais leve na balança, mas me sinto leve na corrida, vou bem, e não estou me importando muito em não estar com o formato de corpo que eu normalmente gostaria. Penso nisso daqui a dez dias. Porque as metas são assim, e as escolhas sempre, sempre, implicam renúncias.</div>
<div style="text-align: justify;">
então agora é esperar a semana reta final, que reduz bem o volume, até vou estranhar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bora, povo</div>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-fRdHXsspBtM/W8IgGlQEXmI/AAAAAAAAKHU/hVTu70adM8sO8n9MJ7sL7P_-xcJKc3qmQCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfim%2Bde%2Btreino%2Belevador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-fRdHXsspBtM/W8IgGlQEXmI/AAAAAAAAKHU/hVTu70adM8sO8n9MJ7sL7P_-xcJKc3qmQCLcBGAs/s320/maratona%2Bfim%2Bde%2Btreino%2Belevador.jpg" width="194" /></a></div>
<br />
Reparem. Foto tremida, porque é fim de treino sozinha. Cara de louca. Tênis na mão significa que molhei os pés no mar. E choveu...<br />
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-73273070282809093082018-10-09T19:33:00.000-03:002018-10-09T19:33:19.546-03:00Saga maratona: o longo mais longo - com staffSempre corri sozinha. Quando morava em Blumenau ainda tinha companhia em alguns domingos, geralmente quando todo mundo estava treinando para a mesma prova e tinha que fazer uns percursos meio fora do comum.<br />
Mas em BC é bem, bem raro eu ter alguém que vá fazer o mesmo treino, no mesmo horário, no mesmo dia.<br />
E a verdade é que sou meio chata para treinar junto. Aprecio uma boa companhia quando o treino é bem relax, sem tempo programado, com morro, praia, etc. Se for um treino normal de asfalto, já me acostumei a correr sozinha, inclusive porque no dia da prova é assim que estarei. Não adianta alguém mais rápido do que eu me puxando, se eu não vou poder usufruir disso na prova. E alguém mais lento do que eu é legal de acompanhar quando a meta não está próxima, ou por um pedaço do treino. Em resumo, é difícil encontrar alguém que vá dá certo para correr junto.<br />
E a Gamboa fica com estrutura por um período curto na praia no sábado, para meus padrões, já que começa às 7h. Eu já acordo cedo a semana toda, no sábado, a não ser no auge do verão e do calor, eu prefiro levantar mais tarde e já começo depois das 8h, ou seja, nem a estrutura da praia eu aproveito. É solitude na veia.<br />
E os longos não foram diferentes. Os meninos da Gamboa fizeram a maratona de Floripa, ou seja, um mês antes da minha, de maneira que os treinos não combinaram. No período dos longos deles, até tive cia do Diogo num dos meus treinos que começaram a ficar maiores, e pelo menos encontrava o pessoal correndo, é mais legal.<br />
Depois do dia 26 de agosto, só tem eu. Mesmo. As meninas que conheço vão fazer Chicago, em outubro, então o timing não é o mesmo.<br />
Eis que no sábado que passou, com 34km para fazer, surgiu o anjo Mário dizendo que iria junto de bike para fazer staff. Nunca, nunca mesmo tive isso. Alguém que troca a garrafinha vazia de água por uma cheia, inclusive gelada.<br />
De início é até estranho. Não sou boa em aceitar ajuda, pedir menos ainda, então antes do treino achei que talvez não fosse me sentir à vontade com alguém de bike perto de mim. Feliz engano. Foi tão bom! Primeiro porque o Mário ficava invisível até pegar a câmera. Depois, porque eu nunca tinha terminado um treino tão hidratada. O que eu levo nunca é suficiente, e como eu sei disso, eu fico economizando até o km 21, e dali em diante tomo, ou seja, quando já estou um pouco desidratada, e depois fico com a sede infinita o dia todo. Dessa vez isso não aconteceu.<br />
Além disso, eu me senti meio que com o compromisso de fazer valer o empenho do amigo, sabem? O cara acordou cedo e ficou três horas de bike, e não era nem exercício nem passeio para ele, o treino tinha que ter pelo menos dignidade. O resultado foi perfeito, foi um treino que me deu muita força, me senti ótima.<br />
Não sei se para a minha mente os 34km são suficientes, já comentei com o Diogo. Mas a verdade é que os 34km foram a coroação de uma semana com 5km +12km+12km+10km, ou seja, o total foi de 73km rodados na semana, e só a sexta-feira foi off para preparar. É nesse conjunto que o Diogo acredita, e se ele acredita, eu também. Confio mais nele do que em mim para essas conclusões.<br />
Por que eu fico encucada de não ser suficiente? Porque faltam 8,195. Claro que dá medo do muro no 35km, já que já sei que no 30km não vai dar.<br />
Durante o treino, fiquei feliz nos 21km, depois nos 25km, nos 28km e nos 32km, porque eram distancias que já tinha feito, e aí só faltavam dois, e ainda consegui dar uma acelerada, uhuuu!!!<br />
Claro que o dia da prova é diferente, mas eu senti segurança.<br />
Agora, a parte mais linda é ter fotos de um treino. Isso não existe na minha vida, vou sozinha, volto sozinha, e como eu sou eu, não peço para ninguém tirar fotos minhas, só tem selfie, e geralmente são tremidas e estranhas no pós treino. Minha proposta é não parar, de maneira que um dia como hoje, que fiz 12km progressivos, com sol nascendo e uma paisagem linda de viver no molhe (Barra Sul), eu não saco o telefone do milésimo bolso do short vivian bogus para tirar uma fotografia, de jeito nenhum, eu só keep running.<br />
E com 34km, eu corri por tudo em BC, inclusive mais de uma vez na maioria dos trechos. E querem saber? achei que fosse enjoar da paisagem, achar chato passar de novo, e isso não aconteceu. Estava focada, nem pensei nisso.<br />
Em resumo, esse treino foi um sucesso. Vamos em frente.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-YBXse8nQ4oI/W7qOYQ9YRVI/AAAAAAAAKCs/gc3aEKep-Fggx885VAwmr6RHXTtXskTogCLcBGAs/s1600/34k%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-YBXse8nQ4oI/W7qOYQ9YRVI/AAAAAAAAKCs/gc3aEKep-Fggx885VAwmr6RHXTtXskTogCLcBGAs/s320/34k%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
Teve sol no meio do caminho, mas não o tempo todo...perfeito.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-eXGIcNk6Xik/W7qOauptsxI/AAAAAAAAKCw/rtVVrFerWEgUC_zP0sen48TJfd6D0t7wwCLcBGAs/s1600/34k%2B4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-eXGIcNk6Xik/W7qOauptsxI/AAAAAAAAKCw/rtVVrFerWEgUC_zP0sen48TJfd6D0t7wwCLcBGAs/s320/34k%2B4.jpg" width="320" /></a></div>
Quem faz treino longo, muda a paisagem humana. Inicialmente, são corredores, pessoal do dia anterior...depois chega o pessoal do beach tennis, do frescobol, depois do futvolei, e os caminhantes, o pessoal da bike...quando a gente termina, tem o povo na praia.<br />
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andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-25526550931146640182018-10-05T19:55:00.002-03:002018-10-05T19:55:51.799-03:00A cada semana o recado: corrida mais longa...32kmFinal de agosto...teve post da maratona como treino, lembram? Então, o real está abaixo...<br />
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Agora é assim, a semana é forte, e completa com o longo. Não tem mimimi, e a verdade é que eu nem penso em reclamar. Eu escolhi, totalmente convicta, entrar nessa. E acho que talvez por causa disso, também não me sinta tão acabada.</div>
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Eu estou, mas não conto para ninguém, gostando dos treinos. Gosto da ideia de correr todos os dias, diferentes km, estímulos diferentes, e saber que vou terminar a semana com um desafio novo: uma quilometragem que ainda não percorri.</div>
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É uma viagem, mais uma, rumo ao autoconhecimento, por uma parte meio escura, já que nunca sei exatamente como vai ser o treino, é tudo novo. Eu levo o planejado em termos de suplementação e hidratação, mas pace , sensações, cansaço, só sei durante o treino, e até o 18km, é sempre igual, porque esse está na zona de conforto. Dali em diante é que tenho que pensar.</div>
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Com isso, quando saio para algo maior de 20km, até o 18km mal me dou o direito de pensar no quanto falta, porque não importa. Vou curtindo o fato de que aquilo eu já sei fazer.</div>
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E o corpo começa a se acostumar com mais esforço.</div>
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Então no domingo eram 32km, mas tinha a meia maratona em Floripa. Sim, se eu fosse correr a meia maratona, número no peito, ia me esforçar, ainda mais percebendo que era um dia perfeito para bater recorde. Mas...maturidade é isso: saber que não é o foco. Eu teria que correr a meia, pegar rápido medalha e itens, deixar na tenda, e sair, depois de um sprint que obviamente eu faria, para correr mais 11km. Correr não, me arrastar, claro. E eu não saberia como meu corpo se comporta num treino de 32km, porque não seria real.</div>
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O foco é a maratona, e eu consegui introjetar isso de uma forma que nem eu sabia que conseguiria. Aproveitei o meu "treino" no meio dos maratonistas, foi excelente. Não tive vontade de voltar antes do retorno certo (o que podia acontecer, já que para mim aquilo não valia nada), não caminhei nenhuma vez, não parei.</div>
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Água à vontade na prova, uma preocupação a menos, e deu tudo muito certo. Ah, sim, porque finalmente consegui tomar água no copinho. Parece tão fácil, né? Mas eu aspirava a água, como é sabido. E engasgava. e tossia. E ria, o que me fazia tossir mais. Só que realmente não quero caminhar nem parar para tomar água, 20 segundos a cada 5km dá não.</div>
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Diário de alimentação pré treino: meu aniversário sábado, comemoramos um pouco na sexta, para eu beber vinho. Foi o dia livre (lixo não admito que digam, porque só como coisa boa). Sábado eu almocei peixe com legumes, de boa, e à noite comi uma massa sem gluten que tem na Cantina Di Bernardi em Floripa, que adoro (e não me deu nada para eu dizer isso, gosto mesmo, conheço o dono há mais de vinte anos). Deu bem certo. No domingo eu comi uma ciabatta da Shaar de novo, e um ovo, porque mais do que isso não entra.</div>
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O mais legal é ao final ver o tomtom informar que foi a minha corrida mais longa. E ainda não foi a mais longa...</div>
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Ouço as pessoas dizerem que agora é que eu vou ver, que agora começa a ficar muito difícil, então estou aguardando. Com a tranquilidade de quem escolheu o livro que vai ler, e agora ansiosa para saber o que vai acontecer na história.</div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-JvcHKNd6vfQ/W7fq5W-McgI/AAAAAAAAKBY/ODJkMsEcucwnUHwCuNFu5ctznQbLtI8jgCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfloria%2Bagosto%2B2018%2B5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="800" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-JvcHKNd6vfQ/W7fq5W-McgI/AAAAAAAAKBY/ODJkMsEcucwnUHwCuNFu5ctznQbLtI8jgCLcBGAs/s320/maratona%2Bfloria%2Bagosto%2B2018%2B5.jpg" width="213" /></a></div>
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Esse foi depois o visual que escolhi para a maratona, podem ver nas fotos da prova. Mas usei o manguito nesta porque estava frio, ele arranhou meu braço e fiquei muito, muito assada, em carninha. </div>
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andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-91268703581615034252018-10-04T19:32:00.000-03:002018-10-04T19:32:51.160-03:00Saga maratona: longos mais longos<div style="text-align: justify;">
(não esqueçam que é retrospectiva, o abaixo foi escrito em agosto...)</div>
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Ontem fiz 28km!!! Gente, eu sei que tem quem faça isso antes do café, mas para mim é muito muito!! É passar 7km de uma meia maratona, que é o que eu achava que era capaz de correr no meu limite.</div>
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E descobrir que posso ir além, e que o limite está mais à frente, e eu nem sei onde está...realmente é compreensível que o povo fique doido e vá correr ultras, e ultras super maxi ultras, para descobrir seu limite de quilometragem...</div>
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Não que eu pretenda, e ainda quero ser uma corredora rápida, e quanto mais km, menos velocidade. E esse é o aprendizado mais duro, saber que não adianta sair tocando o terror nos primeiros 10km, porque faltam muitos ainda.</div>
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Eu dividi em 4x7km, na minha cabeça. Funciona para mim ter vários pensamentos que norteiem o treino. O que eu quero dizer: são 4x7km, então estou correndo pensando nisso, quanto tempo vou fazer cada 7km, o acumulado...mas também combino comigo que vou beber água no 5km, e o gel vai ser no km 8. Daí com o gel tem a água, e depois no 12km vai ter a água de coco ou a palatinose, a garrafinha que vier na mão, porque me atrapalho com o conteúdo delas.</div>
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Depois tem o gel do 16km, a palatinose dos 20km, e a felicidade suprema dos 21km, ver quanto deu até ali de tempo, porque essa é uma zona de conforto para mim, então perceber que os 21km fiz sub2h, com folga, e eu estava super bem, só me animou.</div>
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E aí eu vi que o problema não é correr. Correr você treina. Sofre, mas treinando certamente vai fazer. Eu tinha feito 6km na segunda, 12km na terça, tiros na 4ª, de 2km, mais fortes do que o Diogo mandou, de novo, mas com controle mental sobre o treino, foi ótimo, e deram 11km no total, com aquecimento e o final. Na 5ª fiz 9km, e sexta foi uma musculação realmente leve, só o abdominal que castiguei mais, porque não está definindo de jeito nenhum. </div>
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Não sei se é o volume de corrida, alimentação que tive que incrementar, mas essa pancinha não cede e não define, infeliz.</div>
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Enfim, fechei com 28km, e fui administrando o pace (pelo menos eu achava), de modo que nos últimos 4km sobrava e fiz para baixo de 5'15, até que o último km foi para 5'!! Feliz? Feliz é pouco</div>
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Então, voltando. Correr é isso, é saber que vai sofrer, que vai alegrar, que pode doer, que tem dias bons e outros ruins.</div>
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Mas o em torno incomoda. O que é o em torno? alimentação, hidratação, suplementação, roupa, tênis, etc.</div>
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Para esse treino longo dar certo, e, assim, te preparar para a prova longa dar certo, seja meia maratona, seja maratona, você tem que fazer as escolhas boas, e não dá para saber se foram boas até testar.</div>
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Não uso cinto de hidratação há anos, desde que vivian bogus entrou na minha vida com mil bolsos. Só que sem apoio, não querendo parar para comprar água, duas garrafinhas eram pouco. E comprei um cinto do jeito que eu até consigo usar para testar: largo, para ficar fixo na altura do quadril, nunca na cintura, barriga, e com três garrafinhas. fechamento em velcro.</div>
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Fiz um trote de 500m antes de começar o "valendo": parei a cada 50m para ajustar até ele ficar encaixado como eu queria, sem me incomodar, senão eu ia voltar e deixar na portaria de casa.</div>
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Mas deu certo, e foi bom até o km20, quando as garrafinhas já estavam mais para vazias, e aí o cinco pula no corpo. Tirei uma e botei no bolso, vazia, e fui ajustando correndo mesmo, só reduzindo e me irritando profundamente. Consegui encaixar debaixo do bolso em que tinha garrafinha para não se mexer, e assim fui até o final. A lição é que ainda não está bom.</div>
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O short deu certo, com creminho para não assar, assim como o top, fui com o que eu confio, porque se cortar a pele no km16, faz o que? sofre. E não dá para pensar em outra coisa. Meia de compressão, porque acima de 15km eu prefiro. E tênis só a cada treino para saber, e o Pegasus 35 deu certo demais. Também passei pomadinha para evitar calinhos e bolhinhas...</div>
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Viram como correr é o fácil? Só para sair de casa levo muito tempo...</div>
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Diário pré treino: comi massa sem gluten na véspera, e de café da manhã comi metade de uma ciabatta sem gluten da Schaar que é uma delícia, só que não posso levar para a viagem porque tem que aquecer, está até nas instruções. Comi essa metade com dois ovos. Olha, foi suficiente.</div>
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3 geis de carboidrato, de sabores diferentes para não enjoar, mais a palatinose, e deu certo. Tive muita sorte porque o clima estava favorável, não esquentou e choveu bem no final, do jeito que é bom. Se tivesse esquentado, cápsula de sal teria sido bem necessária.</div>
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Terminei tão inteira que nem eu acreditava. Hoje estou com as coxas doloridas, acho que porque só fiz gelo na parte de baixo, no balde...</div>
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Bora começar outra semana.</div>
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-EjWfrscb7uw/W7aUN6u72TI/AAAAAAAAKA4/yNaukBh0kEovRcmZJzGF7r8saRZNnIG4wCLcBGAs/s1600/maratona%2Btreino%2B28.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-EjWfrscb7uw/W7aUN6u72TI/AAAAAAAAKA4/yNaukBh0kEovRcmZJzGF7r8saRZNnIG4wCLcBGAs/s320/maratona%2Btreino%2B28.jpg" width="194" /></a></div>
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Olha aí o cinto. Depois de pagar por esse, a Valery Melo (instapeople) mostrou um que tem um silicone para grudar e não passear pelo corpo. Já era...</div>
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Percebam também como eu repito os looks no treino. Eu testo as roupas em treino curto, e o que dá mais certo eu uso no longo. São muitas vezes os mesmos, principalmente short e regata...daí parece que tenho menos de meia dúzia hahahah</div>
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andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-26589595524575193462018-10-02T15:25:00.002-03:002018-10-02T15:25:37.213-03:00Treinos para maratona: Tiros ou saraivadas?<div style="text-align: justify;">
A gente faz tiros de 400m, de 500m, de 1km, já chiando, e aí faz de 2km quando treina para meia maratona, e acha o fim da picada.</div>
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Eis que vem a planilha com tiros de 3km. Só tinha feito uma vez, achei um horror. E qual não é minha surpresa quando me aparecem tiros de 4km?! Isso lá é tiro?</div>
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Qual a estratégia mental? Bom, a velocidade do tiro não era a mesma de 1km, naturalmente. Nem de 2km. Era praticamente de ritmo de prova. Não de 5km, ou 10km, mas de 21km. E aí me dei conta de que já fiz 21km pra 5' o km, que era o proposto. Então, quem faz 21km, faz 4km, mesmo que seja duas vezes kkkk.</div>
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E o que aconteceu? Nunca que consegui correr para 5', acabei aumentando a velocidade nos últimos dois km, como se fosse prova, porque queria acabar. Nem foi tão boa ideia assim, porque no dia seguinte tinha mais correria e eu tinha ficado cansada, bem feito. Mas na hora foi confortável, não morry.</div>
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Pensando já ter visto de tudo, vem a planilha. Com o seguinte: 5km, mais 2x 2km. Ha ha ha. Eu não tinha nem ideia se conseguiria fazer isso. Os 5km eram para 5', e depois para 4'50. Fiz o mesmo pensamento para fazer os 5km, só que tinha que sobrar para os outros 4 em duas vezes 2. Essa parte foi a mais difícil. Larguei para uma prova mesmo, e fiz uma das melhores: 23'35, em vez dos 25' propostos. Mas o legal foi conseguir fazer os dois de 2km, e só me sentir realmente cansada no último km de todos. Não. O melhor de tudo mesmo foi sentir a velocidade ainda existente dentro de mim.</div>
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Treinando para maratona, a gente muda o paradigma. O pace desejado não tem nada a ver com provas de 10km, e mesmo de 21km. E eu estava achando que estava lerda, que nunca mais ia correr para 5', 5'05, muito menos abaixo disso. E conseguir fazer no treino, já depois de dois dias seguidos correndo, é muito bom.</div>
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Mas é um horror chamar de tiros 3km pra cima. Estou certa?</div>
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A gente nem se reconhece...mas é o corpo se acostumando. Treino é tudo.</div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-N6BWXUYxYAk/W7O38bLVgOI/AAAAAAAAJ-U/V8qKh6Q_2VIqvkQIC3yOOzLoxoJtL5PlgCLcBGAs/s1600/treino%2Bp%25C3%25B3s%2Btiros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-N6BWXUYxYAk/W7O38bLVgOI/AAAAAAAAJ-U/V8qKh6Q_2VIqvkQIC3yOOzLoxoJtL5PlgCLcBGAs/s320/treino%2Bp%25C3%25B3s%2Btiros.jpg" width="194" /></a></div>
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-35056549852106520492018-09-30T12:22:00.004-03:002018-09-30T12:22:35.101-03:00Saga maratona- aumento de volume e meia maratona de Brusque<div style="text-align: justify;">
Na semana de 21 a 29 de julho Diogo começou a aumentar o volume de treino, e em vez de serem muitos km por treino, são muitos treinos na semana. Na verdade, só tem um dia off. Tem rodagens leves e regenerativos, de 6km, um treino de 12k durante a semana, o treino de tiros, e o longo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O longo era de 20k. A princípio, sem problemas, mas depois de uma semana de treinos todos os dias, inclusive tiros depois da viagem, fiquei meio tensa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Só que ganhei a inscrição para a meia maratona de Brusque, e fazer o treino em uma prova é bem mais legal!</div>
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O negócio é segurar o ritmo para ser treino mesmo. Mas qual a problema se for muito rápido? Bom, no dia seguinte tem treino de corrida, natação e musculação, e no seguinte tem corrida, e assim segue. Então, se não souber brincar, fico pelo caminho na planilha.</div>
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Fui para fazer a média de 5'20, e fiz 5'12, achei que não ficou tão fora porque realmente não fiz força. Fiquei feliz o tempo todo, e até o 19km não senti nada, era realmente ritmo de conforto. No 19km, na real, eu fiquei meio de saco cheio, porque a paisagem era bem sem graça, uma reta sem fim. No 20 eu animei, e acabou no 20.600...pelo que soube, mudou o local da largada, e acho que a medição do percurso já estava feita a partir dali, deve ter dado confusão. </div>
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Beleza, foi um ótimo exercício de confiança.</div>
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A meia maratona de Brusque é da Corre Brasil, bem organizada, e a melhor parte é você saber que vai fazer um percurso já todo marcadinho e com hidratação, o delícia!! O dia estava bom para correr, o sol abriu mais tarde, e eu já corri em Brusque, sei que não há como fazer tudo plano sem ser só correndo na beira-rio, então tem as subidas no centro que são boas para fortalecimento também.</div>
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A surpresa foi o palquinho, terceiro lugar na categoria, não esperava mesmo com o tempo de 1h47'06, até porque precisei de quase três minutos a menos para a mesma posição na meia de Itajaí. Às vezes é quando a gente menos espera...fiquei feliz da vida e voltei para casa mais animada do que nunca. <a href="https://4.bp.blogspot.com/-M2-rCEnK1VI/W7DpfWnauUI/AAAAAAAAJ2c/fPHLxFQD1VMBu9PNcrNy0PkpnPja1ZUDACLcBGAs/s1600/meia%2Bde%2Bbrusque%2B2018%2B13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://4.bp.blogspot.com/-M2-rCEnK1VI/W7DpfWnauUI/AAAAAAAAJ2c/fPHLxFQD1VMBu9PNcrNy0PkpnPja1ZUDACLcBGAs/s320/meia%2Bde%2Bbrusque%2B2018%2B13.jpg" width="320" /></a></div>
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Essa endorfinagem toda é ótima para dar confiança para os próximos treinos, que só aumentarão. Essa prova foi dia 29 de julho, ou seja, faltando menos de dois meses para a maratona.andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-77536341585965281732018-09-27T19:03:00.000-03:002018-09-27T19:03:07.716-03:00Compatibilizando maratona com viagem <div style="text-align: justify;">
Bom, estou fazendo uma retrospectiva, como falei. Ou seja, são postagens que escrevi na época em que aconteceram e fui salvando...esta é de julho, escrevi assim que voltei de Roma.</div>
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E eis que já tinha uma viagem marcada, que não era para correr, de vinte dias. Para o exterior.</div>
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Para estudar e depois passear com filho.</div>
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Em ciclo de treinamento para a primeira maratona...Fiquei três semanas fora. Nas duas primeiras, corri três dias em cada uma, km variável entre 6 e 12km, sempre com subidas e descidas, porque corria até o parque e lá mais um pouco. Parava para fotos e vídeos, sim. E caminhava. Nossa, como caminhei. Roma é uma cidade cujo transporte público não abrange todo o centro, principalmente a parte histórica. E acredito firmemente que o melhor jeito de conhecer uma cidade é caminhando. Por outro lado, correr em cidade grande é sempre desafiador, tinha que levar mapa (no celular, pelo menos), dinheiro para se desse problema, alguma identificação, escolher caminhos, e a performance fica longe de ser o principal objetivo.</div>
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Na última semana Arthur estava comigo, não corri mesmo. Nada. Nadica.</div>
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Voltei numa quinta feira, cheguei à meia-noite, e acordei na sexta com um único pensamento: correr é essencial. Havia a culpa, mas mais do que isso, felizmente, havia uma vontade incrível, irresistível, de correr. Não sabia como as pernas estariam, mas elas estavam como eu, cheias de vontade, e fiz 8km de muita alegria, e com um pace super bom!!</div>
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Sábado nada, e domingo o plano era de 12km a 14km, conforme orientação do treinador. Saí para 14km, encontrei o Diogo no 10, e segui até 15km, sem dores, sem cansaço, só felicidade, nossa, que sorte a minha!! Assim fiquei otimista para o que virá. Vamos ver...</div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-ScdUZXiGCWQ/W61SlvhL_JI/AAAAAAAAJzw/h9hDZNPeMu84yE3xdpz2GpCq9Q8NRGaCACLcBGAs/s1600/roma%2Bcorrida%2Bparque.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-ScdUZXiGCWQ/W61SlvhL_JI/AAAAAAAAJzw/h9hDZNPeMu84yE3xdpz2GpCq9Q8NRGaCACLcBGAs/s320/roma%2Bcorrida%2Bparque.jpg" width="194" /></a></div>
Esse era meu lugar favorito para correr, a Villa Borghese, que já ficava a 3,5km do hotel, então só ir e voltar já fazia um treino, com subida, e no parque eu aproveitava para ser feliz. Fontes de água por toda a parte, fresquinha, para encher a garrafinha. Delícia!!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-KHg4LUs1wJk/W61SllFbSeI/AAAAAAAAJz0/y4QCT9qNsvAPGy1DjnJqmUDtIrO0XNQAACLcBGAs/s1600/roma%2Bcorrida%2Bpiazza%2Bdi%2Bspagna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-KHg4LUs1wJk/W61SllFbSeI/AAAAAAAAJz0/y4QCT9qNsvAPGy1DjnJqmUDtIrO0XNQAACLcBGAs/s320/roma%2Bcorrida%2Bpiazza%2Bdi%2Bspagna.jpg" width="194" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-CRG7GiGjWPI/W61SludxliI/AAAAAAAAJzs/zt2ecrmhVIADbcVLa9UeKpOeP3PdizhKgCLcBGAs/s1600/roma%2Bcorrida%2Bpiazza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-CRG7GiGjWPI/W61SludxliI/AAAAAAAAJzs/zt2ecrmhVIADbcVLa9UeKpOeP3PdizhKgCLcBGAs/s320/roma%2Bcorrida%2Bpiazza.jpg" width="194" /></a></div>
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A pessoa tem a coragem de dizer que estava treinando hahahaha. Olha eu na piazza di spagna e na piazza venezia, turistando na corrida, ou correndo no turismo!<br />
<br />
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-65382632936721060452018-09-25T18:34:00.002-03:002018-09-25T18:34:13.159-03:00A decisão de encerrar um ciclo com estilo: correr uma maratona <div style="text-align: justify;">
São mais de sete anos de blog. Quando comecei, ser blogueira era ter blog, mesmo que não fosse a sua profissão, vejam só. Desde então, tenho compartilhado experiências, testado tênis, mostrado gel de carbo, falado de provas, roupas, comida...tudo relacionado à corrida. Conversei com pessoas que fizeram provas interessantes, com corredoras que tiveram câncer, com velozes...tive guestpost, apoios, trocas de ideias...</div>
<div style="text-align: justify;">
Sou uma leitora por excelência, meio ávida, certamente por influência familiar. Meus pais são professores e minhas memórias todas incluem livros perto deles, e de mim. Eu gosto de ler, e de escrever. Gosto da sensação de imaginar o que a outra pessoa está contando. Mas sei que o formato já não é mais o da hora. As pessoas gostam de "assistir" programas, de preferência rápidos, informações que vêm logo, e às vezes são esquecidas ainda mais rapidamente...ou programas mais caprichados, com imagens, como o Programa Fôlego, que eu adoro. Mas não é o que posso fazer aqui, não tenho tempo, estrutura, competência...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo sem ser algo a que me dedique com o afinco que gostaria, uso parte do meu pouco tempo livre para estar aqui e apresentar meu lado das histórias na corrida, pesquiso um pouco, nos casos dos tênis tenho responsabilidade, e embora os leitores não sejam como uma plateia de Youtuber, aos milhões, são sinceramente interessados, gentis e sempre contribuíram e me estimularam, o que me trouxe uma alegria e gratidão infinitas. Mas é hora de usar esse tempo livre para outros projetos, tenho tantos...e quero poder compartilhar mais sobre meus assuntos de aula de direito do trabalho, ou seja, outro público. </div>
<div style="text-align: justify;">
Continuarei a falar de corrida no instagram, no facebook na página Vida é uma Corrida, e pelo Mulheres que Correm (@mulheresquecorremoficial). Tenho uma campanha em mente, relacionada, ohhhh, à doação de tênis, e vou precisar contar com todo mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Então, para encerrar esse ciclo, vou publicar, nos próximos dias, diversos posts que fui escrevendo, uns maiores, outros menores, sobre a maratona de Buenos Aires, desde o momento da decisão de correr, até o fechamento da prova. </div>
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Espero que curtam, que sejam felizes na corrida, que eu possa inspirar ao menos uma pessoa a correr, a distância que for, no tempo que conseguir.</div>
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Então, este ano eu queria iniciar o Doutorado. Ir trabalhar em Itajaí já era parte da estratégia para estar mais próxima à Univali e assistir às aulas. Estava empolgada mesmo. Ainda estou. Mas não vai rolar. Por motivos de orçamento (o meu, ausente) e de apoio institucional, não terei como bancar neste momento, pelo menos. Só que eu realmente estava atrás do meu desafio do ano, que seria voltar a estudar coisas diferentes, abrir a mente. Tanto que decidi ir para o curso de direito do trabalho na Universidade Sapienza, em Roma, "queimando" duas semanas de férias para estudar. Amei.</div>
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Mas percebendo que não ia rolar o doutorado, minha cabeça já começou a girar. Como costumo pensar que as coisas são como devem ser, já estou achando que este não é um bom ano para começar o doutorado, considerando o primeiro semestre exaustivo que tive. Aulas em quase todos os finais de semana, nas segundas-feiras à noite, todas, e outros dias, além do trabalho normal da Vara do Trabalho (de BC até junho), que é bastante, o livro que participo em dois capítulos, reforma trabalhista, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
Então cheguei à conclusão de que eu precisava de um segundo semestre menos, digamos, intelectual. Já tenho algumas aulas agendadas, mas não dá para aceitar mais nada, fiquei tão cansada...mas ainda precisava de um desafio.</div>
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E de repente veio e ocupou totalmente a minha mente. Algo que eu estava pensando, pensando, desde as entrevistas para o blog: será que chegou a minha hora de fazer uma maratona? será que eu sirvo para essa parada? Antes de entrar no doutorado, com mais tempo para treinar, menos aulas, mais finais de semana livres...é agora. </div>
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Eu corro desde 2007, com parada na gravidez, e como sabem, não era algo que eu desejava, alimentava, e sonhava como meta absoluta dentro da corrida. Várias distâncias me alegram, tipos de provas...via o povo treinando para maratona e não me enxergava me divertindo na posição. E preciso de diversão, além do desafio em si. Este foi um ano atípico, não tive NENHUMA vontade de corridas de aventura, trilha...já não sou tão fã, mas este ano, sem Volta à Ilha, sem possibilidade de moutain do, quis manter meu foco em melhorar meus tempos em provas de asfalto. E quem tem blog de corrida tem que ter corrida no currículo, né não?</div>
<div style="text-align: justify;">
De quebra assisti, na inauguração da nova Korrer, em Blumenau, palestra do Gustavo Maia, narrando sua busca pela corrida perfeita, e foi tanta emoção, tanta paixão pela distância...que aquilo ficou na minha cabeça. </div>
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Antes de pensar demais, me inscrevi para Buenos Aires. Final de setembro, isso foi em junho, e o Diogo disse que dava tempo tranquilo para treinar.</div>
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Como nunca fui a fim de fazer uma maratona, até eu me surpreendi com a decisão. A Simone e a Ana Paula Flores também irem fez muita diferença...porque em casa o apoio não ia sair de início, isso eu já sabia. Mas não queria ir sozinha, convidei os meus meninos para irem comigo, sem dizer a prova. Tola, né?</div>
<div style="text-align: justify;">
Confesso que tive dúvidas, mas acho que se eu quero experimentar, o momento é este. Se não gostar, não faço mais, ué. Nunca será desperdício correr e treinar, embora eu saiba que o desafio é diferente, e para manter o foco, reduz a participação em outras provas de corrida. Definitivamente, não é o momento de fazer 5km para a morte, por exemplo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tomada a decisão, inscrição feita, contei para pouquíssimas pessoas, não queria criar expectativa nem para mim.Diogo, o treinador, e Nádia, a nutricionista, tinham que saber porque são essenciais. E começamos uma nova etapa. </div>
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andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-35517946309917317752018-08-28T22:22:00.001-03:002018-08-28T22:24:44.227-03:00Observação de uma maratona<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Teve maratona de Floripa (a outra) no domingo. Eu estava inscrita para meia maratona, mas tinha na planilha 32km para fazer, e meu plano era de correr 21km + 11km, mas faltou combinar com a chefia, que, me conhecendo, sabia que eu ia aproveitar a meia maratona do meu jeito, que é tentando fazer o melhor. E não era essa a ideia. A meta é outra, o foco tem que ser outro. Então a sugestão foi largar com o pessoal da maratona, fazer os primeiros 28km com eles, quando então eu passaria pelo pórtico largada/chegada, e depois mais 2km para frente e volta, chegando com o pessoal da meia maratona como se não fosse nada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, paguei a inscrição, nisso não vi problema. Mas é duro você entrar numa prova sabendo com certeza que não vai terminá-la... Tinha que encarar isso e o fato de que provavelmente faria um bom tempo na meia maratona se fosse nela, e no treino o pace era uma incógnita para quem nunca tinha corrido tal distância. E era treino. De luxo, mas treino. Esquece a prova.</div>
<div style="text-align: justify;">
Difícil foi logo que ele falou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas depois que incorporei, comecei a já pensar diferente. Em aproveitar o percurso, que seria bem diferente, porque a parte final é que era na beira mar direção UFSC, exatamente onde sempre corro em Floripa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, me preparei psicologicamente, e acordei cedão para encontrar o pessoal. Tinha até uma resposta caso me dissessem que a largada da meia era mais tarde: não consegui trocar a inscrição. Mas como o mundo não gira ao meu redor, não fui sequer notada.</div>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-DMqyFf9-45Q/W4X0sRzhtYI/AAAAAAAAJRo/6MHMzx78QKUinsoE3pqmuZEyMQTSIn-5QCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfloripa%2Bagosto%2B2018%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="800" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-DMqyFf9-45Q/W4X0sRzhtYI/AAAAAAAAJRo/6MHMzx78QKUinsoE3pqmuZEyMQTSIn-5QCLcBGAs/s320/maratona%2Bfloripa%2Bagosto%2B2018%2B1.jpg" width="213" /></a></div>
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<span style="color: purple;">Adoro quando o fotógrafo sai na foto. </span></div>
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<span style="color: purple;"><br /></span></div>
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Gente, que energia a largada! É totalmente diferente das outras distâncias. Existe algo que liga todo mundo que está ali, muito louco. Eu tive a oportunidade única de poder observar a largada, os corredores, as expressões, no meio do povo, porque não estava fazendo a prova, e usei até ferramentas de força mental para longa distância, sendo realmente plateia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela largada para a morte, de 5km e 10km, é substituída por uma corrida alegre e cheia de conversa, com poucos ultrapassando desesperadamente. Ouvi gente falando: esses segundos de demora da largada temos 42km para recuperar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na largada era meio noite ainda. Com uma lua cheia abençoando os malucos da vez que foram celebrar todos os meses de preparação. Essa lua acompanhou o início do percurso, na ponte, algo incrível e que não tem foto que consiga mostrar. Fiquei arrepiada, abismada olhando. Percebi que tinha gente que nem notava, pelo nervosismo, ansiedade, ou só foco mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu comecei a observar. A beiramar norte é larga, mas como sempre, havia as muralhas: amiguchas correndo juntas, uma ao lado da outra, e é difícil passar por elas, que largam bem na frente, e correm bem devagar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a gente fala de democracia na corrida, é ali que a gente vê com mais intensidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu tinha a ideia de que maratonista é magricelo, canela fina, short curto, ar blasé ou sangue nos olhos. Felizmente estava errada. Tem de tudo. Tem alto, baixo, magricelo, gordinho, peso normal, jovens, adultos, mais idade, muitos com mais de 50 anos, certamente. Corredores roots, de short curto e camiseta de outra prova, tênis desconhecido surrado, meia invisível, e nenhum item de suplementação à vista, confiando na organização da prova. No máximo um boné de outra prova também. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tem nutella feito eu, de meia de compressão, tênis estudado para o momento, garrafinhas, geis, short compressão, fone de ouvido...tem os de cinto de hidratação, mas também os de mochila de hidratação...vi um cara com as hastes dos óculos escuros pregadas atrás da orelha com esparadrapo, outros sem óculos escuros.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vi um grupo de meninas que parecia, desculpem, um bloquinho de carnaval. A roupa era igual, a meia também, os tênis também mesma cor, cabelo, tudo igualzinho, era bem confuso. Fico pensando que tem que ser um tênis que dê certo em vários pés diferentes...<br />
Cabelos de todo jeito, e enquanto as meninas ficam se esforçando para conseguir prender tudo, passou um cara de cabelo comprido solto por mim, fiquei imaginando aquilo tudo grudando no corpo. Tinha sainha, shortinho, calça...gente com frio, correndo de casaco, luvas, cortavento, capa de plastico para jogar fora depois, e outros, bom, de short e camiseta. </div>
<div style="text-align: justify;">
Passei por um cara cantando a música do fone dele, alto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Iniciantes na distância, com sua expressão de estreia, e o nervosismo de fazer tudo certo, e veteranos, que pegam os copos de água com uma agilidade e tomam com uma destreza de dar inveja. Vi gel, gente que não toma água, só bochecha, outros que jogam no corpo, mesmo naquele frio.</div>
<div style="text-align: justify;">
O staff da água, aliás, era muito gentil, iam incentivando.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-rtP2LAzdtWI/W4X1AbJkkWI/AAAAAAAAJRs/qbsGVzuFOkAG76zXZYZWYS2aZVnAHXJgwCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfloripa%2Bagosto%2B2018%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="795" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-rtP2LAzdtWI/W4X1AbJkkWI/AAAAAAAAJRs/qbsGVzuFOkAG76zXZYZWYS2aZVnAHXJgwCLcBGAs/s320/maratona%2Bfloripa%2Bagosto%2B2018%2B2.jpg" width="212" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Sei que houve problemas nas outras distâncias, mas na maratona, no que corri, o percurso estava bem marcado, com muitos tapetes de leitura de chip pelo caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como sempre, pouca gente nas ruas, só na beiramar mesmo que havia plateia. Passar por Coqueiros e Estreito, bairros do continente, num domingo de manhã antes do horário da missa...cidade deserta, só latidos de cachorros eram ouvidos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Correr na ponte continua sendo algo inesquecível, imagina nas duas! Para voltar para a ilha, teve até uma rampinha. A prova não é plana, não se iludam. As duas pontes têm forte inclinação, os elevados são bem chatinhos, e a subida para o túnel é falso plano. Nada assustador, mas a pessoa tem que saber o que a espera. </div>
<div style="text-align: justify;">
Vários corredores já começaram a prova tirando fotos, sozinhos, de todo o grupo, numa prova altamente lúdica, evidentemente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Teve um casal que correu de mãos dadas por pelo menos dois km, mãos entrelaçadas, só de olhar me deu aflição, cheguei a observar se um deles não era deficiente visual. Não. Era amor, ou sei lá o nome que se dê a isso, eu não conseguiria. </div>
<div style="text-align: justify;">
E os fotógrafos? ah, os fotógrafos. Não estavam por todo o percurso que eu estive, mas no túnel, ponte, estrategicamente colocados, e na beiramar aos montes. Só que lá já era km 28, já tinha gente bem acabada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso me chamou a atenção também. Tinha gente morrendo no km 20, ou seja, não tinha passado nem metade da prova, e dizem que é depois do 30, ou do 35km, que o bicho pega, então fiquei pensando que essas pessoas teriam que tirar as forças sei lá de onde.</div>
<div style="text-align: justify;">
Cãimbras, pessoas com cãimbras também vi, mas já mais depois de metade do percurso. Muita gente caminhando desde o km 19, 20... mas eu percebi que para alguns isso era o planejado.</div>
<div style="text-align: justify;">
O legal de fazer um percurso de vai e volta é que você vê quem corre mais rápido do que você (que era muita gente) passando, com a cara de competição, de vontade, de gana. Também tem gente que parece que nem está fazendo força, pleno, plena, as pernas indo num movimento tão natural...</div>
<div style="text-align: justify;">
E vê os que estão mais devagar quando volta e eles estão indo, alguns com a mesma plenitude, ar de certeza de que queriam estar ali.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás, o que mais vi foi alegria, motivação entre pessoas que se cruzavam no percurso. </div>
<div style="text-align: justify;">
E chamou a atenção que as pessoas mais velhas, e que correm há mais tempo, transmitiam a segurança que só quem se conhece como corredor tem. Corriam em um ritmo que parecia ensaiado, muitos com sofrência consciente, buscando recorde pessoal ou só completar sua centésima oitava maratona, sei lá. </div>
<div style="text-align: justify;">
Como eu parei no 32, tive o privilégio de ver muitas chegadas emocionantes, e vitórias pessoais, outros apenas comemorando finalizar. Sozinhos, com família, com equipe, sendo buscados por amigos, muito lindo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Meu treino? Foi ótimo, adorei, aproveitei e nem vi o tempo passar, fui super bem, só corri, tomei água do copinho da prova, aleluia, sem me atrapalhar, e minha única sequela foram as assaduras perto do top, que realmente foram imensas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aprendi muito com essa experiência. Fiquei impressionada com a diversidade de corredores em uma maratona. Embora eu saiba pelas estatísticas que poucos corredores fazem maratona, no domingo não foi a impressão que eu tive. Meu sentimento foi de mundão, de todos estarem em uma grande festa, </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-WMrvQt8PJKE/W4X1RLUd-sI/AAAAAAAAJRw/sxqN3PIx7MMedgiL6FMxcnAGaOnNa7-4wCLcBGAs/s1600/maratona%2Bfloripa%2Bagosto%2B2018%2B4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" height="213" src="https://4.bp.blogspot.com/-WMrvQt8PJKE/W4X1RLUd-sI/AAAAAAAAJRw/sxqN3PIx7MMedgiL6FMxcnAGaOnNa7-4wCLcBGAs/s320/maratona%2Bfloripa%2Bagosto%2B2018%2B4.jpg" width="320" /></a></div>
super democrática, e de que era uma multidão naquele caminho.<br />
<div style="text-align: justify;">
Agora que senti isso, qual o próximo passo? Conto no próximo para quem não adivinhou ainda...</div>
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<br /></div>
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andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-27997374301439662582018-08-19T23:13:00.001-03:002018-08-19T23:13:39.880-03:00Avaliação: Pegasus 35: realmente nova versão<div style="text-align: justify;">
Lá vamos nós para mais uma percepção pessoal de tênis. Sugiro enfaticamente que assistam ao Programa Fôlego sobre o modelo, porque o Gustavo Maia fez toda uma análise técnica que, como já sabem, não é meu objetivo, não tenho conhecimento para isso. Como sempre, minha intenção é mostrar aos leitores como eu me senti com o tênis, e quem sabe ajudar quem está na dúvida do que comprar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, eu gosto do modelo Pegasus, basta olhar minha avaliação anterior.... </div>
<div style="text-align: justify;">
Comecei no 32, tive dois pares, assim como do 33, e eles não se acabavam, a durabilidade é incrível. Embora o 34 não tenha tanta diferença, achei ainda mais confortável, e o par único que tenho conheceu Roma muito bem, usei por tudooooo. Fiz muitas meia maratonas com ele, e agora finalmente ele está ficando com cara de acabado. </div>
<div style="text-align: justify;">
E o 35? Agora realmente há mudanças. Bem maiores do que nos modelos anteriores. O legal é que, como a marca promete, mesmo com a influência do magricelo e top das galáxias Mo Farah, o tênis mantém o que trouxe os fieis seguidores, como conforto, segurança, flexibilidade...e agregou novas boas características, de modo que, para mim, o tênis ficou ainda melhor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Engraçado que eu achava o 34 perfeito até esses dias. Modelo novo é fogo, de repente a gente descobre defeitos no anterior. Na verdade, não são defeitos, são as evoluções do novo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos lá</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-a2uRrEcCPFA/W3odV1cXjaI/AAAAAAAAJEw/Cpa5f6LZCYgiVQEb8Oksk79l37gdbbtowCLcBGAs/s1600/pegasus%2B35%2B4%2Beu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-a2uRrEcCPFA/W3odV1cXjaI/AAAAAAAAJEw/Cpa5f6LZCYgiVQEb8Oksk79l37gdbbtowCLcBGAs/s320/pegasus%2B35%2B4%2Beu.jpg" width="240" /></a></div>
Esta primeira foto é para mostrar que, mesmo sendo preto, combina com meias, shorts, tudo. Fiz um treino que eu considero bem longo, de 28km, e ele foi impecável do começo ao fim.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-yYR9Itx0UZs/W3odcJkpjEI/AAAAAAAAJE0/i_o9SBb3rCkjPhVXEdZPqT1GaDrJwqb5QCLcBGAs/s1600/pegasus%2B35%2B6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-yYR9Itx0UZs/W3odcJkpjEI/AAAAAAAAJE0/i_o9SBb3rCkjPhVXEdZPqT1GaDrJwqb5QCLcBGAs/s320/pegasus%2B35%2B6.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
Não sei se dá para ver bem, mas agora a língua é presa no tênis. Isso é pessoal, mas eu tenho muita aflição do movimento da língua durante a corrida, indo para o lado. Me incomoda, e isso acabou. No Kinvara 9 também é assim, alegria de viver.<br />
O cabedal, pelo menos para mim, ficou igual ao 34, ou seja, melhor do que os anteriores, em termos de leveza e menos calor.<br />
Vejam aqui:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-yqTkpccEpxE/W3oeKpnbWJI/AAAAAAAAJFA/5YXY1AI8QKs1ZMKlDAnyrMIFXcSMD-bzQCLcBGAs/s1600/pegasus%2B35%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-yqTkpccEpxE/W3oeKpnbWJI/AAAAAAAAJFA/5YXY1AI8QKs1ZMKlDAnyrMIFXcSMD-bzQCLcBGAs/s320/pegasus%2B35%2B1.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-YN4NOjH9jDM/W3oeNbNGsdI/AAAAAAAAJFE/4-eWG0GSB4wrhkLxure7UbvKllbAjdZNwCLcBGAs/s1600/pegasus%2B35%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-YN4NOjH9jDM/W3oeNbNGsdI/AAAAAAAAJFE/4-eWG0GSB4wrhkLxure7UbvKllbAjdZNwCLcBGAs/s320/pegasus%2B35%2B2.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltou a ser mais apertadinho na frente. Eu tenho pés magros e finos, para mim ficou maravilhoso, melhor do que o 34, que depois de certo uso, fica frouxo (e como os cadarços tem dez metros de comprimento, eu acho, os laços ficam péssimos). Agora fica mais justinho de novo. Então, se você tem os pés mais largos ou gordinhos, terá que comprar um número maior, ou, se conseguir, meio número maior deve ser suficiente. A Nike tem numeração assim, só que não vem para o Brasil sempre. </div>
<div style="text-align: justify;">
O drop é de 10mm, que eu acho ótimo para treinos maiores e provas maiores. Não faço provas de até 16km (10 milhas) com ele porque me sinto tranquila com um tênis de mais performance como o Kinvara, mas uma meia maratona já me exige essa segurança que o Pegasus dá. Se você for uma corredora bem leve, talvez seja melhor experimentar outros modelos da linha Zoom da Nike.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ficou mais leve o tênis, com as mudanças. Pelo site, o 34 pesa 255gr, e o 35, 232gr, o feminino. Nas avaliações que li, vinham pesos diferentes, mas eu prefiro mostrar aqui o que tem no site da fabricante. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não é bobagem essa diferença, a gente percebe, inclusive na parte responsiva. Antes de assistir ao programa do Gustavo sobre o modelo, eu já tinha achado que impulsionava mais, retornava, ou dava, mais energia na parte de impulso da passada e no retorno, do que o 34. A placa de amortecimento Nike Zoon se estende por toda a entressola nessa versão, como no leve Vapor fly 4%. Dizem que o modelo feminino ainda tem uma espuma mais suave, melhor para nossos pezinhos. Importante dizer isso porque tem muita menina que compra o modelo masculino (também já fiz isso, meu Freedom é de menino). </div>
<div style="text-align: justify;">
A parte de baixo continua com os waffles mas em um formato ligeiramente diferente, mas ajustados no mesmo formato anterior. </div>
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E tem isso aqui:</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-mVllPkwqyIE/W3ofhXJJ4bI/AAAAAAAAJFU/Uj57btDGN3ogisJzqz0V7lZsWkafK7lzwCLcBGAs/s1600/pegasus%2B35%2B5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-mVllPkwqyIE/W3ofhXJJ4bI/AAAAAAAAJFU/Uj57btDGN3ogisJzqz0V7lZsWkafK7lzwCLcBGAs/s320/pegasus%2B35%2B5.jpg" width="240" /></a></div>
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Daí vejam como é interessante a diferença de percepção. O Gustavo saca tudo de tênis, estuda as tecnologias, as paradas todas, o que o fabricante pensou quando fez, e tal. E aí eu uso e tenho a impressão completamente diferente. Explico. Essa parte alta atrás, e esse bico. O bico é para ajudar no impulso, e realmente achei que rolou uma aerodinâmica melhor com a parte de trás assim. Mas a parte alta no calcanhar, segundo o Gustavo e a Nike, é para segurar melhor e evitar problemas no calcanhar de Aquiles, favorecendo o desempenho mais confortável para quem pisa aterrissando primeiro com o calcanhar.</div>
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Pois eu achei que exatamente por ter isso mais alto, o tênis estimula e propicia que você aterrisse com o médio pé, que atualmente é considerado o ideal, e sua passada fique mais ajustada, com essa parte encostando no quase tornozelo se você insiste em pisar com o calcanhar. Será que consegui me fazer entender? </div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, o que eu recomendo fortemente é que mesmo quem já gosta do Pegasus experimente o 35 antes de comprar, porque existem diferenças, maiores do que nas edições anteriores, especialmente essa parte de ser mais ajustado (ou apertado) e a parte de trás. No restante, está como sempre, então quem não gostava do modelo, dificilmente vai gostar deste. Mas quem já gostava, deve ver se ainda é o Pegasus que você gosta. Eu, pessoalmente, gostei ainda mais, parece aperfeiçoado. O preço também foi "ajustado", passou a R$ 549,00 o da tabela, e o 34 era R$ 499,00. No site da Nike os 34 estão todos em promoção, para quem preferir. </div>
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Claro, na loja Korrer, você tendo participado do treino Mulheres que Correm, ou fazendo parte de alguma assessoria parceira da loja, ou já sendo cliente, sempre tem um desconto esperto e maneiras ótimas de pagar, além da possibilidade de testar o tênis correndo na esteira.</div>
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Quem tiver tido uma experiência diferente ou interessante com o modelo, conta aí. Eu não estou presa a marcas ou modelos, procuro sempre o melhor para meu desempenho em cada tipo de prova. </div>
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-70767461231220061152018-08-03T22:39:00.000-03:002018-08-03T22:42:06.114-03:00Vantagens de correr no frio - mas não estou falando de desempenho<div style="text-align: justify;">
Até porque existem estudos sobre como é interessante a prática de atividade física no frio, inclusive em relação a calorias queimadas e processo de emagrecimento, já que o corpo precisa queimar mais combustível, gerar mais energia, para se aquecer no início do treino. Então, não é o caso aqui de tentar convencer você a correr no inverno, porque a principal motivação é a meta que o corredor tem (por isso insisto tanto na importância de uma meta). Quem tem provas em vista, sabe que não pode se dar ao luxo de escolher clima.</div>
<div style="text-align: justify;">
E se correr já é um hábito, faz parte da sua vida, você pensa como eu. Correr é como os meus outros compromissos: eu não espero parar de chover para sair para trabalhar, nem para escovar os dentes, né? Então não dá para esperar estar no meu perfect day para ir treinar (e o ideal varia muito).</div>
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Bom, eu não gosto de inverno, não gosto de frio, e acho uma graça quem gosta. Mas correr no calorão de 30 graus também não é exatamente convidativo, certo? </div>
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Mas percebi, pela experiência, que existem umas vantagens, na vida prática, de correr no inverno/frio. </div>
<div style="text-align: justify;">
1. Banho: o processo do banho se divide em três etapas: antes, durante e depois. Sério, no inverno, só o durante é legal. O antes e o depois são a treva. Mas quando a gente sai para correr, na volta a gente quer tomar banhoooooo!!! Bem mais fácil do que se passar o dia no sofá, ou no escritório, encolhida (eu fico encolhida). Só de pensar em tirar a roupa dá uma tristeza. Agora, se você já suou, inclusive o cabelo, não te resta outra opção que não o banho.</div>
<div style="text-align: justify;">
2. Horário: claro que não se aplica para todo mundo, porque tem gente que só pode correr de manhã cedo, por compromissos posteriores, inclusive no final de semana. Mas poder sair às 8h, até 9h, e ainda ser gostoso de correr...é bom demais. E quem só pode correr no horário do almoço? no inverno é possível e bom! E para quem treina à tarde, melhor ainda, porque no verão é inviável correr às 16h, e no frio está tudo certo!</div>
<div style="text-align: justify;">
3. Menos tralha: a gente sabe que tem que se hidratar, e tal, mas, perdendo menos líquido, precisamos também de menos reposição, e vai menos garrafinha de água e sede no treino, não?</div>
<div style="text-align: justify;">
4. Passar calor: deixa explicar. Ninguém gosta de derreter de calor. Mas no inverno, quando estamos com frio, a sensação de no meio do treino sentir calor é tão gostosa, né não? Eu, pelo menos, curto. Até porque a gente não sai para correr com um casaco, e, portanto, sempre, sempre, começa o treino com aquele frio triste. </div>
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5. Esteira: eu sei, esteira, em geral, é: ame ou odeie. Mas é um mal necessário. E muita gente gosta mesmo de correr na esteira, por mil motivos, como menos impacto, continuidade, ritmo, postura, praticidade na parte de hidratação, e, no verão, com dias lindos, todo mundo te julga por escolher a esteira na academia com ar condicionado. Fica com fama de corredor Nutella. No inverno, especialmente num dia não só frio, como chuvoso, é o que tem, ainda bem que existe. Sei de corredor que vai para a chuva, para o vento, e ok, mas eu não curto a ideia de correr risco de ficar doente por causa de um treino no meio de tantos ainda a cumprir. O importante é levar uma roupa seca para trocar, para não ir para casa encharcado de suor, e tirar a função da esteira de evitar doenças.</div>
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6. Usar roupas e acessórios diferentes: eu tenho dor de ouvido facilmente, desde criança, e não posso passar frio ali. Embora o inverno tenha disso, também tenho a possibilidade de usar as faixas lindas de cabeça, em vez das viseiras de sempre, e o cabelo ainda é menos afetado pelo vento. Uso também bandana no pescoço, porque sou ossuda na região peitoral e sinto muito frio ali. Em vez de manga comprida, costumo usar manguito, que é fácil de tirar quando esquenta, e de guardar, em vez de amarrar na cintura. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não costumo usar calça comprida para correr, em algum momento sinto calor, mas para quem gosta, é a chance. </div>
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A meia de compressão, que eu gosto de usar em treinos longos e nos que terão subidas, não consigo usar no calor. Na meia do Rio, com o Joá, e tal, não consegui nem vestir, e acho que ia passar mal se tivesse usado. No inverno, é mais um item de conforto.</div>
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7. Por tudo isso, para treinos maiores...Nada melhor do que um friozinho para os treinos mais longos, acho que sofremos menos. </div>
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Este é um post de autoajuda, tá? Eu mesma preciso me lembrar de que não é tristeza correr no frio...Tem um monte de coisa chata, como acordar ainda de noite para ir correr (fui até Brusque no domingo vendo a lua alta no céu), saber que se for correr à noite vai congelar, e pode ser o único horário possível, começar com frio e levar até 3km para começar a sentir um conforto térmico, nunca saber se realmente acertou a roupa para o treino, esfriar em trinta segundos aquele suor do treino e morrer de frio antes de chegar em casa, fora os queridos próximos (que não correm) te chamando de maluca por ir correr "nesse frio", e a gente sorri e vai assim mesmo, pensando que ainda assim, é bom, e só quem corre sabe como é bom!</div>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-lsh9Cr-6fNk/W2UC-5FmwyI/AAAAAAAAIzw/6_BkFZi6laUsZzDbuRZZSk9GONVPrksVQCLcBGAs/s1600/meia%2Bde%2Bitaja%25C3%25AD%2Bpara%2Bo%2Bblog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="798" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-lsh9Cr-6fNk/W2UC-5FmwyI/AAAAAAAAIzw/6_BkFZi6laUsZzDbuRZZSk9GONVPrksVQCLcBGAs/s320/meia%2Bde%2Bitaja%25C3%25AD%2Bpara%2Bo%2Bblog.jpg" width="212" /></a></div>
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Meia de Itajaí, uma das únicas provas que me lembro de ter corrido de manguito do começo ao fim, sem cogitar tirar! Toda trabalhada na faixa, meia e bandana, beeeem colorida hahahaha. Mas short sempre, tenho adiposidade suficiente na região para esquentar...<br />
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-50456323369026515412018-07-24T19:28:00.001-03:002018-07-24T19:28:08.539-03:00Quando a viagem não é para correr<div style="text-align: justify;">
É, adoro viajar para correr. Mas o que eu adoro mesmo é viajar. E a viagem a Roma foi de estudos, duas semanas de curso de direito do trabalho, em um turno, com visitas institucionais no contraturno em vários dias. A última semana, de passeio, com o Arthur, certamente mais off do que as outras.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas eu gosto de correr. Muito. Então não é um sacrifício buscar maneiras de manter um mínimo de treinos em uma viagem. Teve gente me dizendo: "credo, não precisa correr esses dias, não vai perder todo o treino do ano por causa de duas semanas, relaxa". Aí é que está. Não, não preciso. Corro porque gosto. Correr me relaxa, além de ser uma maneira ótima de conhecer as cidades. Porque não corro do mesmo jeito que corro na minha cidade ou em Floripa, ou no Ibirapuera. Corro olhando, apreciando, eu paro, tiro foto, faço vídeo, é bem lúdico. E na real, tendo um objetivo definido, faz muita diferença ficar três semanas sem correr. Para pior.</div>
<div style="text-align: justify;">
Primeira parte: mala. Levei um Saucony que só uso para correr, o Freedom, e o Pegasus 34, que serve para correr e para andar por tudo. Esse, que já estava ficando velho, voltou no talo, um caco, coitado. Também levei mais um pureboost Adidas que tenho que é de passeio mesmo, que eu usava para ir para a aula, para turistar, para tudo, porque só uso tênis em viagem. Inclusive comprei um fofíssimo de passeio da Benneton, para usar sem meia, perfeito para a ocasião (e para as próximas), por um precinho camarada na promoção. Levei diversos pares de meia, que eu lavava e pendurava no banheiro, porque essa é a vida do viajante. O tênis do dia, no final dele, ficava do lado de fora do quarto do hotel, que no meu caso era tipo um jardim interno, perfeito. </div>
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-SFhBZSweVrw/W1enqt7pbMI/AAAAAAAAIfw/Qwwru6qdNvoWjDvMEkE4HXArzoHZ44pAwCLcBGAs/s1600/corrida%2Bhotel%2Broma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="973" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-SFhBZSweVrw/W1enqt7pbMI/AAAAAAAAIfw/Qwwru6qdNvoWjDvMEkE4HXArzoHZ44pAwCLcBGAs/s320/corrida%2Bhotel%2Broma.jpg" width="194" /></a></div>
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aqui o jardim interno do hotel.</div>
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Levei muitos tops, de corrida e de academia, porque sabia que ia usar com as roupas normais também, e foi o que aconteceu, porque são mais confortáveis do que sutiã, e tudo bem se aparecer, né? Também lavava, para render. Short de correr, levei dois, ambos Vivian Bogus 1500 bolsos porque tinha que levar o que iria numa bolsa. Claro que também lavei. O meu banheiro virou varal, sim. E são roupas que não ocupam espaço na mala e são leves (tirando os shorts da Vivi), por isso fica bem mais fácil. E ainda desfilei de treino coletivo Corra com Respeito com a nossa regata lindaaaaaaa. </div>
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-sW7ZSvWBXcw/W1enEU3OBcI/AAAAAAAAIfg/gqzkA3QB8CAxIf86WydAYK0JMpEw-Pj-QCLcBGAs/s1600/corrida%2Broma%2Bfontana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-sW7ZSvWBXcw/W1enEU3OBcI/AAAAAAAAIfg/gqzkA3QB8CAxIf86WydAYK0JMpEw-Pj-QCLcBGAs/s320/corrida%2Broma%2Bfontana.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, eu corri até a fontana de trevi! Eu e o senhor feliz atrás de mim (não, ele acho que não correu)</div>
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Eu fiz umas pesquisas para descobrir lugares para correr em Roma. Villa Borghese, o maior parque no centro da cidade, é lindo, muita gente corre lá, arborizado, tem sombra, fontes de água potável para a gente reabastecer a garrafinha (geladinha, gente), espaço, muito espaço...bom, quem viu meus stories sabe do que falo. Mas, do hotel até lá eram mais de 3km, que no primeiro dia fui de bonde (o tram), mas depois achei melhor ir correndo direto, com o celular com mapa gps na mão, e um caminho o mais reto possível. Com isso eu garantia quase 7km de treino (ida e volta) e lá dentro tudo era lucro, além de me embrenhar em lugares que andando eu demoraria muito mais. Foi correndo que encontrei o jardim zoológico, ruas lindas, restaurantes que voltei, caminhos interessantes, e já almoçava na volta.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-ZIxLLEY2SA8/W1enVHxz7vI/AAAAAAAAIfo/0bu30w3EL44qEW5wvodAhHTgdrHyw36IwCLcBGAs/s1600/corrida%2Broma%2B2%2Bgalleria%2Bborghese.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-ZIxLLEY2SA8/W1enVHxz7vI/AAAAAAAAIfo/0bu30w3EL44qEW5wvodAhHTgdrHyw36IwCLcBGAs/s320/corrida%2Broma%2B2%2Bgalleria%2Bborghese.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Na frente da Galleria Borghese, durante o treino...</div>
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<br /></div>
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Roma não tem nada plano. A cidade é um sobe e desce, nem sempre com boas calçadas, e o próprio parque é cheio de aclives e declives. Isso, mais o calor senegalês (ou romano), tornou todos os treinos punk, o que achei ótimo, porque eu sabia que cada treino poderia ser o último da semana, ou da viagem...exigia acordar mais cedo, ter tempo, inclusive para correr o risco de me perder, o que devo confessar, aconteceu mais de uma vez. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu resolvi arriscar uma dica de um blog, de um lugar para correr, mais ou menos próximo à Villa Borghese, a Vila Albani. Não sei se houve uma mudança ou foi um mal entendido, mas o local é uma residência particular, enorme o terreno, mas não podia entrar. Demorei para chegar lá, dei a volta inteira ao redor da propriedade, e não tinha entrada para o público. Além de tudo, me perdi, o sinal do gps no mapa desapareceu, não voltava de jeito nenhum, e eu numa região que não conhecia. Foi beeeeeem ruim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Daí corri até uma avenida, e pedi informação para um senhor de terno, gravata, numa bike. Ele me deu a direção, e fui indo. Uma hora fiquei super em dúvida numa bifurcação, e surgiu ele do meu lado. Estava me seguindo para ver se dava certo...e assim voltei para meu lugar de segurança. Porque a gente tem sempre anjos ao nosso redor. Ficou a lição: turista tem que ir onde é conhecido e certo mesmo, especialmente na minha situação. Falar italiano ajudou. Claro que eu tinha um pouco de dinheiro, e cópia do meu passaporte comigo, mas não foi uma boa experiência.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, sim, correr fora do país: sempre, sempre leve dinheiro e cópia do passaporte, a gente não sabe o que pode acontecer. Se tiver que pegar um metrô, taxi, for abordada, passar mal...</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim corri nos dias possíveis, sempre de manhã, porque no final da tarde você corre o risco de se perder e anoitecer, e aí fica tudo mais difícil. Fora que é muito, muito quente ao longo do dia, não anima. </div>
<div style="text-align: justify;">
Passei um final de semana em Florença, e lá é diferente. Acordei no domingo cedinho, e fui correr na beira do Rio Arno. Eu e muita gente. Me senti bem mais em casa, segura em todos os sentidos. Havia uma quantidade enorme de corredores, fiz o que eles fazem, que é correr na beira do rio, cedo, e aí não tem como se perder. Eu memorizei a ponte que era a próxima do hotel, e dali eu podia ir longe, voltar e ir no sentido contrário, corri 10km porque não dava tempo de correr mais, mas a vontade era de ir muito além! Estava tão calor que o top e o short secaram enquanto eu me arrumava para ir embora do hotel, deixei numa sacadinha com sol. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na volta a Roma, na semana seguinte, ainda fiz dois treinos na mesma Villa Borghese. Sei que existem outros lugares, mas são mais afastados da cidade, não daria tempo, e o negócio é que a viagem não era de corrida, o corre era aproveitamento, fator de felicidade e não de estresse.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois que o Arthur chegou, acabou esse negócio de correr, porque não tinha como deixá-lo sozinho no hotel ou outro lugar, e aí relaxei, já tinha me programado para ficar a semana sem correr mesmo, e não me estressei por isso, especialmente porque foi planejado, aí não tem frustração.</div>
<div style="text-align: justify;">
Andei. E como andei. Claro que é diferente, mas cheguei a fazer 25km em um dia, porque eu fazia TUDO a pé até o Arthur chegar. No quarto, ainda fazia uns abdominais e exercícios de fortalecimento do Corrida Perfeita, coo agachamento pega-pé, afundo, flexão, triceps na cadeira, coisas que a gente pode fazer em qualquer lugar. Sei que tem gente que acha loucura, mas é a minha loucura, e eu sei o preço que pago quando fico muito tempo sem os exercícios. Depois eu ia para a aula, comia, bebia vinho todos os dias, no almoço e no jantar (geralmente uma taça em cada, como os italianos fazem), sem nenhum dilema moral. Com o calor que fazia, eu não conseguia comer demais, é verdade, e comi muitos legumes, berinjela quase saindo pelos ouvidos, abobrinha, alcachofra, porque isso tinha nos lugares que eu almoçava, que eram mais locais (no bairro universitário, comendo como os romanos). O "pré-treino" era o bolachão de arroz ou de milho do café da manhã do hotel, única opção sem gluten, com pasta de amendoim (tinha também), ou um ovo cozido, e o pós treino era o almoço, ué. Daí eu até procurava um lugar com proteína animal, no sistema de menu fixo do dia por um preço bom. </div>
<div style="text-align: justify;">
Em resumo, foi uma experiência diferente ficar todos esses dias praticamente na mesma cidade (salvo a ida para Florença, o lugar mais lindo do mundo), buscando uma forma de manter o treino, de leve. Combinei com Diogo que não teria planilha, eu ia informando o que conseguia fazer. A verdade é que correndo a gente chega mais rápido nos lugares, e eu aproveitei isso também. Estava tão calor que ficar suada não era exatamente um problema, o ruim era ficar com a roupa de corrida no restaurante, ninguém mais fazia isso, mas também ninguém mais me conhecia hahahaha.</div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que se eu tivesse feito aquelas viagens de cinco países em quinze dias teria sido tudo diferente, porque o tempo é contado, e aí você tem que ser muito forte mesmo. Em Washington, quando fui em 2013, estava um frio de lascar, tinha curso o dia todo, e um belo dia fugi para conseguir conhecer o memorial Lincoln, o que só foi possível fazer correndo, com uma colega, ao longo do parque. Super valeu. E foi o treino da ocasião, além de um na esteira do hotel. A gente faz o que dá, como dá, e de uma maneira que traga felicidade, ao final e no percurso. Viajar é trocar de alma, e levar a corrida nessa aventura é uma delícia. </div>
<div style="text-align: justify;">
Quem mais teve a experiência de procurar lugares para correr em outra cidade, outro país? Conta para mim como foi, se teve dificuldades em encontrar lugares, se teve roubada... </div>
<div style="text-align: justify;">
Agora voltamos à programação normal, que é treino forte para recuperar e muita coisa interessante pela frente. Bora correr?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-YhpUJt5kQfE/W1en69FRtaI/AAAAAAAAIf4/XCFY3btW8J866HX3s1Ue3_U5IsqHs9ZWACLcBGAs/s1600/corrida%2Broma%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-YhpUJt5kQfE/W1en69FRtaI/AAAAAAAAIf4/XCFY3btW8J866HX3s1Ue3_U5IsqHs9ZWACLcBGAs/s320/corrida%2Broma%2B1.jpg" width="240" /></a></div>
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<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4988474791731360414.post-91663310728950748012018-06-29T22:35:00.001-03:002018-06-29T22:48:41.772-03:00Avaliação do Nike Odissey React - guest post by Simone Andriani!!<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;">NIKE ODYSSEY REACT: Amortecimento e leveza
podem andar juntos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;">Olá, eu sou a Simone, corredora de rua há 7
anos, integrante das Mulheres que Correm, e, a convite da Andrea e do Denis
(Loja Korrer), estou aqui para falar sobre o tênis Nike Odyssey React.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-V_8_yMOh18c/Wzbc_YiogvI/AAAAAAAAGmE/ModaIuN0xKsbXqIXmRLt0WTEGHd5Q5VGQCLcBGAs/s1600/foto%2B1%2Bodissey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-V_8_yMOh18c/Wzbc_YiogvI/AAAAAAAAGmE/ModaIuN0xKsbXqIXmRLt0WTEGHd5Q5VGQCLcBGAs/s320/foto%2B1%2Bodissey.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: yellow; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Para começar é legal deixar bem claro que,
assim como a Andrea, não sou especialista em tênis. Sou uma corredora amadora,
que gosta de se superar, buscar bons resultados e sou um tanto competitiva.
Vejo no tênis de corrida um acessório que, escolhido corretamente, pode ajudar nos
treinos, na performance e evitar fadiga excessiva nas pernas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;">Confesso que desde que recebi o convite
fiquei curiosíssima para testar o modelo, que tem a nova tecnologia de
entressola React, até então só vista no Nike Epic React. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;">A promessa da Nike é de que a espuma react
gere amortecimento macio e responsivo para reduzir o impacto de cada passada,
leveza e resistência para aguentar o desgaste das pisadas constantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;">Eu não usei o Nike Epic React, mas li alguns
reviews e percebi que a entresola foi criticada por especialistas por ter um
desgaste muito prematuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;"><span style="background-color: #cccccc;">Para o Nike Odyssey
React, a Nike melhorou o solado do tênis. Pensando em uma maior vida útil e durabilidade,
colocou mais coberturas de borracha na sola, na parte da frente do pé, onde o
desgaste é maior, como mostra a foto abaixo:</span><span style="background-color: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-i2IaouTRG1c/WzbdNEkecyI/AAAAAAAAGmI/Zl9QIP-lXZ0Xte4Q-Ot1o4oFp7AKSOp8QCLcBGAs/s1600/Foto%2B2%2Bodissey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-i2IaouTRG1c/WzbdNEkecyI/AAAAAAAAGmI/Zl9QIP-lXZ0Xte4Q-Ot1o4oFp7AKSOp8QCLcBGAs/s320/Foto%2B2%2Bodissey.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: yellow; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: yellow; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Eu realmente acredito
que vai dar uma durabilidade maior em comparação com o Epic React, mas não terá
uma vida útil de um tênis como o Pegasus, por exemplo.</span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Ao calçar o tênis na
Loja Korrer, a minha primeira impressão foi de que ele seria muito justo, um
pouco apertado, para quem tem pés “gordinhos” como os meus. Parecia que ia me
incomodar quando eu usasse para correr. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Que bom, eu estava
totalmente enganada! Testei o tênis em treinos curtos, um longuinho de 16km e
tiros. Em nenhuma das ocasiões senti qualquer desconforto. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Isto porque, na parte
mais da frente, onde ficam os dedos, ele não é justo. Ele é justo somente na
parte chamada médiopé e esta característica, ao invés de gerar desconforto, na
verdade, gera segurança e maior estabilidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">O Nike Odyssey React realmente dá uma
sensação de correr no macio, de redução de impacto, como um bom tênis de
amortecimento deve ser. O bônus “inesperado” é ser um tênis muito leve e que
impulsiona a passada, misturando assim os benefícios dos tênis de amortecimento
com as vantagens dos tênis de performance. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Inclusive, na minha opinião pessoal, é uma
excelente opção para aqueles que têm “medo” de tentar um tênis de performance.
Se você prefere conforto do amortecimento ainda que tenha que carregar um peso
extra, por receio de que os tênis de performance possam lhe trazer desconfortos
ou lesões, acho que vale muito a pena testar o Nike Odyssey React. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">Ele é um tênis considerado categoria
amortecimento, indicado para pisada neutra (o que significa que todos podem
usar) e com drop de 10mm. A grande vantagem está no peso: no modelo feminino
tamanho 38 pesa <st1:metricconverter productid="199 gramas" w:st="on">199
gramas</st1:metricconverter> e o modelo masculino tamanho 41 pesa <st1:metricconverter productid="241 gramas" w:st="on">241 gramas</st1:metricconverter>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">A título de comparação, o outro tênis da Nike
de amortecimento que eu amo, o Pegasus 35 (modelo mais vendido da marca e
também lançamento) pesa <st1:metricconverter productid="224 gramas" w:st="on">224
gramas</st1:metricconverter> no tamanho 38 feminino e <st1:metricconverter productid="266 gramas" w:st="on">266 gramas</st1:metricconverter> no tamanho 41
masculino. Ou seja, há uma diferença de <st1:metricconverter productid="25 gramas" w:st="on">25 gramas</st1:metricconverter> entre eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">O cabedal do Odyssey tem uma estrutura
inteira feita de malha respirável, não tão aberta quanto o flyknit, mas ainda
assim bem ventilada e fresca. A lingueta é fina e se ajusta perfeitamente aos
pés, sem sair do lugar durante os treinos. A lingueta é feita de neoprene, o
que pode, em dias mais quentes, gerar calor. No período de testes não enfrentei
dias quentes, por isso, não senti calor no peito do pé. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-D3f-Arq0vWE/WzbdnHpeX_I/AAAAAAAAGmc/u9G5-cIkYvMbhopSvaxnhwVUnr05mQCwACLcBGAs/s1600/foto%2B3%2Bodissey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-D3f-Arq0vWE/WzbdnHpeX_I/AAAAAAAAGmc/u9G5-cIkYvMbhopSvaxnhwVUnr05mQCwACLcBGAs/s320/foto%2B3%2Bodissey.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-tQtPUn0ungM/WzbdfoNwVxI/AAAAAAAAGmU/zMDovTck6gE084urNM395kKxe5nWoBkyACLcBGAs/s1600/foto%2B4%2Bodissey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-tQtPUn0ungM/WzbdfoNwVxI/AAAAAAAAGmU/zMDovTck6gE084urNM395kKxe5nWoBkyACLcBGAs/s320/foto%2B4%2Bodissey.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-f6jJ0C843L8/WzbdkMcXCrI/AAAAAAAAGmY/LdHFBGIATwoGFDsAz0u3fuYTFLQiZe2wgCLcBGAs/s1600/foto%2B5%2Bodissey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-f6jJ0C843L8/WzbdkMcXCrI/AAAAAAAAGmY/LdHFBGIATwoGFDsAz0u3fuYTFLQiZe2wgCLcBGAs/s320/foto%2B5%2Bodissey.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 13pt;">A parte de trás do tênis, na região do
calcanhar, é mais dura e ajuda a dar suporte e estabilidade:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-kuwC5xzIBVU/Wzbd7UED-yI/AAAAAAAAGms/EidGqqKYYWIotPXQleT-4ZLZfEEVNiRjQCLcBGAs/s1600/foto%2B6%2Bodissey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-kuwC5xzIBVU/Wzbd7UED-yI/AAAAAAAAGms/EidGqqKYYWIotPXQleT-4ZLZfEEVNiRjQCLcBGAs/s320/foto%2B6%2Bodissey.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como pontos negativos eu apontaria uma provável vida útil mais curta e o material da lingueta (neoprene), que pode geral calor nos dias quentes e também não tem uma secagem rápida. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como pontos positivos, digo que é um tênis simples, bonito (usei bastante para passear também), super confortável, impulsionador de passadas e com um preço justo (R$ 499,00 lembrando que a Loja Korrer dá um bom desconto para seguidores das @mulheresquecorremoficial).</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com isso, se você vai viajar, por exemplo, dá para levar só o Odissey React na mala, porque ele se comporta bem em todos os tipos de treinos (curtos, longos, intervalados...), nas provas e, de quebra, tem beleza e conforto de sobra para os passeios. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Resumindo, o Odissey React, apesar de simples, tem todos os recursos que um corredor amador precisa. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Simone Nascimento Andriani</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">@simoneandriani</span></span></div>
</div>
<pre style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-align: justify;"><pre style="background: white;">
</pre>
</pre>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: #cccccc; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt;">@mulheresquecorremoficial<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: #cccccc; color: purple; font-family: Verdana, sans-serif;">Para quem não souber quem é a Simone, é minha irmã ruiva...foi difícil escolher a foto</span><span style="background-color: #cccccc; color: purple; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-khbglVf6_Po/WzbeVIOo_OI/AAAAAAAAGm0/sQDEdClaNKIShLoymFum0GjA4HF_3AXvwCLcBGAs/s1600/eu%2Be%2Bsi%2Bmaria%2Bda%2Bpenha%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-khbglVf6_Po/WzbeVIOo_OI/AAAAAAAAGm0/sQDEdClaNKIShLoymFum0GjA4HF_3AXvwCLcBGAs/s320/eu%2Be%2Bsi%2Bmaria%2Bda%2Bpenha%2B2.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: purple;"><br /></span>
<br />
<br />andrea pasoldhttp://www.blogger.com/profile/03078330817821551190noreply@blogger.com0