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Mostrando postagens de 2016

Querido Papai Noel...

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Será que me comportei bem este ano? Como corredora? Como atleta? Eu tinha metas, com certeza. Mas não adianta ter metas sem estabelecer o plano para alcançá-las; planejamento é tudo. E ainda podem acontecer problemas na execução do plano.  Além disso, eu vivo recalculando a rota, porque aparecem imprevistos, relacionados ou não à corrida. Tem o período de excesso de trabalho, de filho precisando de mais atenção...e tem as novas rotas, que eu mesma crio. Vejam, a gente inventou o Mulheres que Correm, treino  voltado para o empoderamento feminino, e por causa do treino (lindo) de maio em BC a Gabi Manssur, promotora de justiça, me convidou para ser a líder do treino de 10 anos da lei Maria da Penha, em agosto, que foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida. Com os dois, vimos como seria legal fazer em Blumenau, e foi assim, em novembro. Mas eles exigiram de todas as organizadoras tempo, energia...e embora tenha, em geral, bastante da segunda, o primeiro é luxo, de modo

Empoderadas em Blumenau

Ai, que blogueira fuleira que não posta as novidades...eu estava cuidando dos acontecimentos e de todo o resto da vida que tenho que dar conta, mas com uma parte do cérebro aqui, pensando em quanta coisa legal conseguimos fazer em tão pouco tempo desde que pensei no treino feminino e virou o nosso Mulheres que Correm.  Quando pensamos em fazer a  edição do Treino Coletivo Mulheres que Correm em Blumenau tínhamos o sentimento de que seria bem legal, mas não fomos capazes de imaginar a energia que teríamos ali. Tivemos muita gente maravilhosa que acreditou na ideia de empoderamento feminino pela corrida e que embarcou conosco na nossa viagem. Os apoiadores e patrocinadores, mais uma vez, tinham a nossa cara: viver  bem os momentos felizes, que se tornam memoráveis. Uma das coisas que sempre pensamos sobre o treino era a ideia de cada uma poder ir lá e projetar seu desejo da forma que quisesse: começar a correr, correr finalmente uma distância específica, correr com outras pessoa

Da série Coisas que a Corrida faz por Você: Mountain Do Lagoa 2016

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Aconteceu comigo este ano algo muito diferente, uma surpresa para mim: fui convidada para integrar um quarteto misto para correr o Mountain Do da Lagoa, uma das provas mais lindas e com melhor astral que conheço. Ou seja, convite para ser a menina do quarteto, porque em quarteto misto competitivo só tem uma menina, que, em geral, corre muito bem. Assim que fui convidada essa parte não foi bem esclarecida, mas com o passar do tempo vim a descobrir que era essa a intenção, que eu fosse forte também porque o quarteto era forte.  Num primeiro momento, fiquei realmente lisonjeada, por ter sido lembrada pela professora Edna, da natação, como alguém que poderia fazer parte do grupo dos fortes. Depois acordei para a vida e veio o desespero. Minha velha síndrome da impostora (sou uma fraude). Avisei então que não era isso tudo na corrida, só esforçada, tanto que fui rebaixada para o segundo quarteto, o que era mais modesto quanto ao pódio, isto é, menos pressão, embora altamente competitivo,

TPP - tensão pré prova. Como lidar?

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Você chega no local da prova, encontra conhecidos, e aquele negócio: e aí, nervoso? e a pessoa diz: não, estou tranqüilo, só vou fazer como treino hoje. Mentcheeeeeeraaaaaa!! Não adianta. Treino é treino, prova é prova. Tem um elemento químico que as diferencia totalmente: a adrenalina. Treino difícil gera ansiedade, sim, mas não adrenalina. Botou o número no peito, não é mais treino. Ir até o local da largada já vai dando o frio na barriga, facilmente transformável em barulhos seguidos de dor de barriga.Corredor tem dor de barriga, é fato.  E não tem absolutamente nada a ver com o que se comeu no dia anterior, porque foi, provavelmente, o de sempre.  E o nervosismo também não tem a ver com falta de treino. Às vezes, pelo contrário, o treino certinho é que dá a ansiedade de fazer uma boa prova, que corresponda a ele.  O pré prova tem o descanso, a alimentação, a hidratação, a preparação mental.  Como boa virginiana, tenho meus rituais pré prova que preciso seguir, mas que natu

Viajar para correr e correr na nova casa

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Antes, quando eu dizia que ia correr em casa, era em Floripa. Mesmo quando eu morava em Blumenau. Vejam, a cidade me recebeu muito bem, fui muito feliz e fiz amigos incríveis, na corrida e fora dela, durante o tempo em que morei em Blumenau. Mas era difícil considerar minha casa. Coisas de peixeira, sabe? O mar. Sem o mar eu fico perdida. Adorei morar em Brasília. Moraria novamente, cidade incrível, feita para virginianas, com suas quadras, números e lógica perfeita. Clima bom para a pele e para o cabelo. Tinha o lago Paranoá...mas não era o mar. Difícil considerar home um lugar sem o mar.  Agora eu tenho o mar. Agora, correr em casa é correr em Balneário Camboriú. Aqui é minha casa. Mas também vale correr na Praia Brava, que é geograficamente em Itajaí, mas para mim, continuação de casa, vizinhança. Afinal, meus treinos são subir o morro da rainha, e, descendo, já é praia brava. Ali é extensão, e tenho corrido muito lá. Como sabem, adoro viajar para correr. Sempre que planejo uma

Todas somos Divas. Algumas de nós, Venezianas

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#Leanintogether é uma campanha americana para mulheres ajudarem  outras mulheres, como verdadeiras mentoras. O vídeo é incrível, e mulheres de destaque, como Serena Williams, Kerry Washington (a poderosa da série Scandall), Emma Watson (a sempre Hermione), entre outras, falam da importância que outras mulheres tiveram em suas vidas e foram essenciais para o seu sucesso. O link é http://leanin.org/together/women e sempre me emociono, porque é sobre as mulheres serem generosas umas com as outras.  Isso é um start para falarmos de parceria, amizade verdadeira, e não essa mania de dizerem que mulheres competem entre si e que não são amigas de verdade. São várias pequenas coisas que acabam queimando nosso filme.  Por exemplo, o fato de eu me arrumar para um encontro com amigas não significa necessariamente que estou querendo ser melhor ou mais bonita, ou mais arrumada, e sim que quero ficar bonita para elas e com elas. As fotos vão ficar mais incríveis. Esse negócio de mulheres serem r

Quando um treino é mais do que qualquer prova...Treinão em Comemoração aos 10 anos da Lei Maria da Penha

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Bom, eu estou mega empolgada. Já sou normalmente com corrida e com temas que me tocam o coração, então juntando os dois...super. Ninguém faz nada sozinho, mas pessoas incríveis costumam ter a ideia e dar os primeiros passos. Sendo assim, em vez de tentar resumir, vou transcrever a vocês o texto da jornalista Yara Achôa primeiro.  Lugar de mulher é na corrida! Treinão em comemoração aos 10 anos da lei Maria da Penha A cada ano, mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse tipo de violência, apesar de sistêmica, tem sido combatida com a defesa do direito das mulheres. Em agosto, a lei nº 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, completa 10 anos. Ela é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Sua criação