A cada semana o recado: corrida mais longa...32km

Final de agosto...teve post da maratona como treino, lembram? Então, o real está abaixo...

Agora é assim, a semana é forte, e completa com o longo. Não tem mimimi, e a verdade é que eu nem penso em reclamar. Eu escolhi, totalmente convicta, entrar nessa. E acho que talvez por causa disso, também não me sinta tão acabada.
Eu estou, mas não conto para ninguém, gostando dos treinos. Gosto da ideia de correr todos os dias, diferentes km, estímulos diferentes, e saber que vou terminar a semana com um desafio novo: uma quilometragem que ainda não percorri.
É uma viagem, mais uma, rumo ao autoconhecimento, por uma parte meio escura, já que nunca sei exatamente como vai ser o treino, é tudo novo. Eu levo o planejado em termos de suplementação e hidratação, mas pace , sensações, cansaço, só sei durante o treino, e até o 18km, é sempre igual, porque esse está na zona de conforto. Dali em diante é que tenho que pensar.
Com isso, quando saio para algo maior de 20km, até o 18km mal me dou o direito de pensar no quanto falta, porque não importa. Vou curtindo o fato de que aquilo eu já sei fazer.
E o corpo começa a se acostumar com mais esforço.
Então no domingo eram 32km, mas tinha a meia maratona em Floripa. Sim, se eu fosse correr a meia maratona, número no peito, ia me esforçar, ainda mais percebendo que era um dia perfeito para bater recorde. Mas...maturidade é isso: saber que não é o foco. Eu teria que correr a meia, pegar rápido medalha e itens, deixar na tenda, e sair, depois de um sprint que obviamente eu faria, para correr mais 11km. Correr não, me arrastar, claro. E eu não saberia como meu corpo se comporta num treino de 32km, porque não seria real.
O foco é a maratona, e eu consegui introjetar isso de uma forma que nem eu sabia que conseguiria. Aproveitei o meu "treino" no meio dos maratonistas, foi excelente. Não tive vontade de voltar antes do retorno certo (o que podia acontecer, já que para mim aquilo não valia nada), não caminhei nenhuma vez, não parei.
Água à vontade na prova, uma preocupação a menos, e deu tudo muito certo. Ah, sim, porque finalmente consegui tomar água no copinho. Parece tão fácil, né? Mas eu aspirava a água, como é sabido. E engasgava. e tossia. E ria, o que me fazia tossir mais. Só que realmente não quero caminhar nem parar para tomar água, 20 segundos a cada 5km dá não.
Diário de alimentação pré treino: meu aniversário sábado, comemoramos um pouco na sexta, para eu beber vinho. Foi o dia livre (lixo não admito que digam, porque só como coisa boa). Sábado eu almocei peixe com legumes, de boa, e à noite comi uma massa sem gluten que tem na Cantina Di Bernardi em Floripa, que adoro (e não me deu nada para eu dizer isso, gosto mesmo, conheço o dono há mais de vinte anos). Deu bem certo. No domingo eu comi uma ciabatta da Shaar de novo, e um ovo, porque mais do que isso não entra.
O mais legal é ao final ver o tomtom informar que foi a minha corrida mais longa. E ainda não foi a mais longa...
Ouço as pessoas dizerem que agora é que eu vou ver, que agora começa a ficar muito difícil, então estou aguardando. Com a tranquilidade de quem escolheu o livro que vai ler, e agora ansiosa para saber o que vai acontecer na história.
Esse foi depois o visual que escolhi para a maratona, podem ver nas fotos da prova. Mas usei o manguito nesta porque estava frio, ele arranhou meu braço e fiquei muito, muito assada, em carninha. 

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