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Mostrando postagens de 2018

O que eu aprendi treinando para uma maratona - para a corrida e para a vida

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Como já ficou claro nos outros posts, a maratona é a formatura. Antes disso você tem um longo caminho. Só que, sinceramente, o caminho importa tanto ou mais do que o destino final, na minha opinião. É nessa jornada que a gente aprende e descobre mais sobre si mesmo, e é a preparação que nos permite vivenciar a maratona como deve ser, ou o mais próximo disso. Na preparação você conhece pessoas, compartilha dúvidas e ensinamentos, angústias... Então, não poderia encerrar essa série (que deve finalizar o blog, ao menos por um tempo), sem compartilhar com vocês o que eu aprendi durante o período de treinos para a maratona, e como isso pode funcionar para o que não tem nada a ver com corrida. 1. Treinar para a maratona não é sinal verde para comer um kg de açaí no lanche, nem nega maluca (para quem prefere) todos os dias - na verdade, não há nenhum momento na vida de sinal verde para quantidade livre do que quer que seja, mesmo o que é considerado saudável. Fim. Mas no caso da marato

Maratona de Buenos Aires: corri!

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Vai ficar um post longo, mas não quero dividir em dois, já estou na saga faz tempo... Então vamos dividir entre o extraprova, e a prova em si. Extraprova é como eu me preparei para ter tranquilidade mental e física para correr o que eu tinha treinado para correr. É a logística. Quando me inscrevi, estava no meio da organização para ir para Roma para o curso que não tinha nada a ver com corrida, mas eu me conheço, e sabia que não podia deixar para a volta para ver as coisas. Assim, fui olhar hospedagem e as passagens. Passagens eu olhava todos os dias, até que o Péricles encontrou um preço bem bom e compramos. Sem bagagem despachada. Depois paguei. Caro, mas não tinha opção. O Hotel eu comecei a olhar, a Simone e a Ana já tinham reservado, e aí eu me lembrei do perrengue que foi quando fomos correr a meia maratona de Buenos Aires.  Deu tudo certo, mas com incomodação desnecessária. ( https://vidaeumacorrida.blogspot.com/2012/09/viva-la-republica-argentina-simmmm.html ) Eu não

Saga maratona: última semana

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Eis que depois de fazer 34km, a gente tem 28km na semana seguinte, uma distância já quase confortável pelo volume de treinos até agora. E aí na semana da prova o volume despenca. É muito estranho. Tive muita vontade de correr, e eram 3km na segunda, nada na terça, até finalmente tiros de 1km na quarta. Era para um ritmo, fiz mais rápido, numa mistura de ansiedade com vontade de correr mesmo. Depois um trote na sexta, e era isso. Fiz natação, até para relaxar a manter o cardio bem, e um dia de musculação. Então, aproveitei para o corpo descansar, tenho sentido tanto sono que fui dormir cedo mesmo sem ter treino no dia seguinte, me esforcei para tomar mais água, chás, tudo, e ser bem linda na dieta, foi uma noite com uma tacinha de vinho e limpeza total, até para desinchar. Se me sinto preparada? sim. Pronta? sim, totalmente pronta (preparada é diferente de pronta). Mas não estou com o sentimento de algumas pessoas de estar cansada dos treinos, no sentido mais psicológico mesm

Saga maratona: Finalmente o dia ruim

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Faltando uma semana. Finalmente tive um treino que não me deixou feliz durante o percurso. Faltou tudo: sono (noite mal dormida), sal, água na hora certa e no dia anterior... Eram 28km, e foram mais duros do que os 34km da semana passada. Esta semana também me senti mais cansada no geral, um sono incrível às 21h. É o acumulado pegando.  Bom, fui na nutri ontem e descobri que caí numa cilada. Ano passado, eu via o povo treinando e pensava: um dia quem sabe faço uma maratona só para poder comer como esse povo. E era tudo mencheeera!! A gente não come: 1. O que quer; 2. Quanto quer. Na real, a dieta fica bem mais rigorosa, porque tudo tem hora para comer, não fica soltinho. Sabe a máxima da vida paleo, de comer quando tem fome? esqueça.  Eu, uma lowcarb convicta e feliz, reintroduzi mais carbo na vida, mas não qualquer carbo, claro, e não a qualquer hora. É a batata doce, o aipim, o milho, só que um pouco mais, e no pré treino, sendo mais treinos. O doce? hahah, doce é o gel de c

Saga maratona: o longo mais longo - com staff

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Sempre corri sozinha. Quando morava em Blumenau ainda tinha companhia em alguns domingos, geralmente quando todo mundo estava treinando para a mesma prova e tinha que fazer uns percursos meio fora do comum. Mas em BC é bem, bem raro eu ter alguém que vá fazer o mesmo treino, no mesmo horário, no mesmo dia. E a verdade é que sou meio chata para treinar junto. Aprecio uma boa companhia quando o treino é bem relax, sem tempo programado, com morro, praia, etc. Se for um treino normal de asfalto, já me acostumei a correr sozinha, inclusive porque no dia da prova é assim que estarei. Não adianta alguém mais rápido do que eu me puxando, se eu não vou poder usufruir disso na prova. E alguém mais lento do que eu é legal de acompanhar quando a meta não está próxima, ou por um pedaço do treino. Em resumo, é difícil encontrar alguém que vá dá certo para correr junto. E a Gamboa fica com estrutura por um período curto na praia no sábado, para meus padrões, já que começa às 7h. Eu já acordo cedo

A cada semana o recado: corrida mais longa...32km

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Final de agosto...teve post da maratona como treino, lembram? Então, o real está abaixo... Agora é assim, a semana é forte, e completa com o longo. Não tem mimimi, e a verdade é que eu nem penso em reclamar. Eu escolhi, totalmente convicta, entrar nessa. E acho que talvez por causa disso, também não me sinta tão acabada. Eu estou, mas não conto para ninguém, gostando dos treinos. Gosto da ideia de correr todos os dias, diferentes km, estímulos diferentes, e saber que vou terminar a semana com um desafio novo: uma quilometragem que ainda não percorri. É uma viagem, mais uma, rumo ao autoconhecimento, por uma parte meio escura, já que nunca sei exatamente como vai ser o treino, é tudo novo. Eu levo o planejado em termos de suplementação e hidratação, mas pace , sensações, cansaço, só sei durante o treino, e até o 18km, é sempre igual, porque esse está na zona de conforto. Dali em diante é que tenho que pensar. Com isso, quando saio para algo maior de 20km, até o 18km mal me dou

Saga maratona: longos mais longos

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(não esqueçam que é retrospectiva, o abaixo foi escrito em agosto...) Ontem fiz 28km!!! Gente, eu sei  que tem quem faça isso antes do café, mas para mim é muito muito!! É passar 7km de uma meia maratona, que é o que eu achava que era capaz de correr no meu limite. E descobrir que posso ir além, e que o limite está mais à frente, e eu nem sei onde está...realmente é compreensível que o povo fique doido e vá correr ultras, e ultras super maxi ultras, para descobrir seu limite de quilometragem... Não que eu pretenda, e ainda quero ser uma corredora rápida, e quanto mais km, menos velocidade. E esse é o aprendizado mais duro, saber que não adianta sair tocando o terror nos primeiros 10km, porque faltam muitos ainda. Eu dividi em 4x7km, na minha cabeça. Funciona para mim ter vários pensamentos que norteiem o treino. O que eu quero dizer: são 4x7km, então estou correndo pensando nisso, quanto tempo vou fazer cada 7km, o acumulado...mas também combino comigo que vou beber água no

Treinos para maratona: Tiros ou saraivadas?

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A gente faz tiros de 400m, de 500m, de 1km, já chiando, e aí faz de 2km quando treina para meia maratona, e acha o fim da picada. Eis que vem a planilha com tiros de 3km. Só tinha feito uma vez, achei um horror. E qual não é minha surpresa quando me aparecem tiros de 4km?! Isso lá é tiro? Qual a estratégia mental? Bom, a velocidade do tiro não era a mesma de 1km, naturalmente. Nem de 2km. Era praticamente de ritmo de prova. Não de 5km, ou 10km, mas de 21km. E aí me dei conta de que já fiz 21km pra 5' o km, que era o proposto. Então, quem faz 21km, faz 4km, mesmo que seja duas vezes kkkk. E o que aconteceu? Nunca que consegui correr para 5', acabei aumentando a velocidade nos últimos dois km, como se fosse prova, porque queria acabar. Nem foi tão boa ideia assim, porque no dia seguinte tinha mais correria e eu tinha ficado cansada, bem feito. Mas na hora foi confortável, não morry. Pensando já ter visto de tudo, vem a planilha. Com o seguinte: 5km, mais 2x 2km. Ha ha ha

Saga maratona- aumento de volume e meia maratona de Brusque

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Na semana de 21 a 29 de julho Diogo começou a aumentar o volume de treino, e em vez de serem muitos km por treino, são muitos treinos na semana. Na verdade, só tem um dia off. Tem rodagens leves e regenerativos, de 6km, um treino de 12k durante a semana, o treino de tiros, e o longo. O longo era de 20k. A princípio, sem problemas, mas depois de uma semana de treinos todos os dias, inclusive tiros depois da viagem, fiquei meio tensa. Só que ganhei a inscrição para a meia maratona de Brusque, e fazer o treino em uma prova é bem mais legal! O negócio é segurar o ritmo para ser treino mesmo. Mas qual a problema se for muito rápido? Bom, no dia seguinte tem treino de corrida, natação e musculação, e no seguinte tem corrida, e assim segue. Então, se não souber brincar, fico pelo caminho na planilha. Fui para fazer a média de 5'20, e fiz 5'12, achei que não ficou tão fora porque realmente não fiz força. Fiquei feliz o tempo todo, e até o 19km não senti nada, era realmente rit

Compatibilizando maratona com viagem

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Bom, estou fazendo uma retrospectiva, como falei. Ou seja, são postagens que escrevi na época em que aconteceram e fui salvando...esta é de julho, escrevi assim que voltei de Roma. E eis que já tinha uma viagem marcada, que não era para correr, de vinte dias. Para o exterior. Para estudar e depois passear com filho. Em ciclo de treinamento para a primeira maratona...Fiquei três semanas fora. Nas duas primeiras, corri três dias em cada uma, km variável entre 6 e 12km, sempre com subidas e descidas, porque corria até o parque e lá mais um pouco. Parava para fotos e vídeos, sim. E caminhava. Nossa, como caminhei. Roma é uma cidade cujo transporte público não abrange todo o centro, principalmente a parte histórica. E acredito firmemente que o melhor jeito de conhecer uma cidade é caminhando. Por outro lado, correr em cidade grande é sempre desafiador, tinha que levar mapa (no celular, pelo menos), dinheiro para se desse problema, alguma identificação, escolher caminhos, e a perfor

A decisão de encerrar um ciclo com estilo: correr uma maratona

São mais de sete anos de blog. Quando comecei, ser blogueira era ter blog, mesmo que não fosse a sua profissão, vejam só. Desde então, tenho compartilhado experiências, testado tênis, mostrado gel de carbo, falado de provas, roupas, comida...tudo relacionado à corrida. Conversei com pessoas que fizeram provas interessantes, com corredoras que tiveram câncer, com velozes...tive guestpost, apoios, trocas de ideias... Sou uma leitora por excelência, meio ávida, certamente por influência familiar. Meus pais são professores e minhas memórias todas incluem livros perto deles, e de mim. Eu gosto de ler, e de escrever. Gosto da sensação de imaginar o que a outra pessoa está contando. Mas sei que o formato já não é mais o da hora. As pessoas gostam de "assistir" programas, de preferência rápidos, informações que vêm logo, e às vezes são esquecidas ainda mais rapidamente...ou programas mais caprichados, com imagens, como o Programa Fôlego, que eu adoro. Mas não é o que posso fazer a

Observação de uma maratona

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Teve maratona de Floripa (a outra) no domingo. Eu estava inscrita para meia maratona, mas tinha na planilha 32km para fazer, e meu plano era de correr 21km + 11km, mas faltou combinar com a chefia, que, me conhecendo, sabia que eu ia aproveitar a meia maratona do meu jeito, que é tentando fazer o melhor. E não era essa a ideia. A meta é outra, o foco tem que ser outro. Então a sugestão foi largar com o pessoal da maratona, fazer os primeiros 28km com eles, quando então eu passaria pelo pórtico largada/chegada, e depois mais 2km para frente e volta, chegando com o pessoal da meia maratona como se não fosse nada. Bom, paguei a inscrição, nisso não vi problema. Mas é duro você entrar numa prova sabendo com certeza que não vai terminá-la... Tinha que encarar isso e o fato de que provavelmente faria um bom tempo na meia maratona se fosse nela, e no treino o pace era uma incógnita para quem nunca tinha corrido tal distância. E era treino. De luxo, mas treino. Esquece a prova. Difícil

Avaliação: Pegasus 35: realmente nova versão

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Lá vamos nós para mais uma percepção pessoal de tênis. Sugiro enfaticamente que assistam ao Programa Fôlego sobre o modelo, porque o Gustavo Maia fez toda uma análise técnica que, como já sabem, não é meu objetivo, não tenho conhecimento para isso. Como sempre, minha intenção é mostrar aos leitores como eu me senti com o tênis, e quem sabe ajudar quem está na dúvida do que  comprar.  Bom, eu gosto do modelo Pegasus, basta olhar minha avaliação anterior....  Comecei no 32, tive dois pares, assim como do 33, e eles não se acabavam, a durabilidade é incrível.  Embora o 34 não tenha tanta diferença, achei ainda mais confortável, e o par único que tenho conheceu Roma muito bem, usei por tudooooo. Fiz muitas meia maratonas com ele, e agora finalmente ele está ficando com cara de acabado.  E o 35? Agora realmente há mudanças. Bem maiores do que nos modelos anteriores. O legal é que, como a marca promete, mesmo com a influência do magricelo e top das galáxias Mo Farah, o tênis mantém o